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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Quem vai à guerra dá e leva!

por josé simões, em 08.12.07

 

“O comissário europeu para o Desenvolvimento, Louis Michel, reagiu hoje à proposta do líder líbio Muammar Kadhafi que exige “indemnizações para os povos colonizados”, considerando que os “colonizadores já pagaram” e “não têm lições a receber”.

“Os colonizadores já pagaram somas consideráveis durante décadas”, disse Michel aos jornalistas pouco antes da abertura da cimeira UE-África.” (Aqui)
 
Com licença sff, senhor comissário:
 
O terrorista-campista-que-já-não-é-terrorista-e-até-é-amigo-dos-amaricanos, e por culpa de quem já fui uma vez preso em Veneza, não se safa assim com tanta facilidade; não é chegar e largar bocas. Então nós não sofremos a ocupação / colonização islâmica durante 200 anos? Alguns dos barbudos / entrapados que há época por aqui andaram de cimitarra na mão, não vieram dum sítio agora chamado Líbia?
 
Venha mas é para cá o dinheirinho, que o pessoal por aqui anda muito necessitado.
 
 

Cimeira estranha

por josé simões, em 08.12.07
“A sensação que tenho desta cimeira entre chefes europeus e chefes africanos é que, de África, vieram não os descendentes dos escravos libertos mas dos chefes tribais que os vendiam aos negreiros europeus. E que os representantes políticos dos povos europeus são gente de negócio a representar, com nojo contido, uma espécie de política de hipocrisia condescendente baseada no racismo altruísta. Enquanto África não veio a Lisboa, continua lá, em África.”
 
Bem visto pelo João Tunes no Água Lisa.
 
 

A voz do povo (IV)

por josé simões, em 08.12.07

 

(Atenção à especificidade de ser passado em Setúbal)
 
Setúbal, mercado do Livramento, bancada do peixe, esta manhã:
 
- À pá Pálinhe, sabes o nome dum perrêto que tá lá na cimêrra de Lesboa?!
- Nã… (enquanto amanha uma Pata Roxa)
- É o Cônárré!!!
 
(Gargalhada geral na pedra, nas pedras ao lado, e nos clientes)
 
Metendo o bedelho na conversa alheia, o vendedor de Alcorrazes da pedra do lado:
- No mê tempe, quando andava ò márre e passávames ali em ferrente à  perraia dos nedistas da Galé, havia o côná bombórrede!
 
(E desta vez a gargalhada foi até às lágrimas)
 
 

Cimeira Europa-África

por josé simões, em 07.12.07

 

A propósito da Cimeira Europa – África que hoje começa, escreve o meu amigo Eduardo Dâmaso no Correio da Manhã:
 
“A situação em que se encontra o continente africano é de tal modo dramática que o pouco que, em regra, resulta das cimeiras já é qualquer coisa. Seja como instrumento de pressão em matéria de respeito dos direitos fundamentais, denúncia de regimes ditatoriais ou de delapidação dos fabulosos recursos naturais do continente.”
(Na integra aqui)
 
Desde os tempos do Liceu, que vimos pontualmente discordando nalguns temas, a maior parte das vezes mais na forma que no conteúdo. Permite-me então a minha “visão minimalista” da coisa: O que está em jogo nesta cimeira não são os direitos humanos, fundamentais, ou como lhe queiras chamar; nem é tão pouco a denúncia “de regimes ditatoriais”, isso já é feito todos os dias pela chamada sociedade civil; nem sequer vai haver alguma espécie de pressão; isso é para inglês ver, para o povo ficar em paz de espírito e pensar: Os nossos governantes preocupam-se! Com mais ou menos Live Aids à mistura. O que está em jogo é a “delapidação dos fabulosos recursos naturais do continente”; vamos – a Europa – apanhar o comboio em andamento, naquelas carruagens que ficam do meio para trás, agora que os chineses já tomaram conta da máquina e do maquinista.
 
O factor China foi o que veio baralhar as contas. Não era suposto as coisas andarem tão rápido. África seria sempre aquele continente de reserva na perspectiva de globalização das multinacionais, vulgo marcas. Quando na Ásia se atingisse um nível de desenvolvimento e de bem-estar social considerável, comparativamente aos padrões ocidentais, seria a altura de atacar em força em África. Mas aconteceu aquele irritante “se…”, que dá pelo nome de China, e vamos ter de antecipar jogadas.
 
Leitura aconselhada: No Logo – O poder das marcas, Naomi Klein, Relógio d’Água 1999.
 
Post-Scriptum: Faz um favor a ti próprio; deixa de andar a engonhar e escreve o que te vai na alma! Isto de jogar para o empate dá sempre em derrota.
 
Adenda: Como já por aí li algures, Lisboa será por este fim-de-semana um dos lugares mais mal frequentados do mundo.
 
 
(Foto fanada na Time Magazine)
 
 

Cimeia Europa-África

por josé simões, em 20.09.07

Ora aqui está uma grande primeira página!