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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Violência atrai violência

por josé simões, em 11.04.12

 

 

 

E, aparentemente [sublinho aparentemente], a polícia é ignorante nestas coisas da sabedoria popular e nem sequer lhe passa pela cabeça que só a sua presença, ostensiva, junto de grupos de protesto do linguajar anti-sistema/ anti-autoridade/ anti-capitalismo/ anti-globalização das marcas, que fez de No Logo de Naomi Klein uma Bíblia, eventualmente violentos e, pela sua natureza intrínseca, desenquadrados das organizações políticas e/ ou sindicais, seja o suficiente para espoletar situações de confronto. Surpreendente seria a polícia admitir que contribuiu para o sucedido ao sobreavaliar «a ameaça que poderia constituir um grupo de pessoas detectado no início da manifestação de 22 de Março, em Lisboa,  durante a qual ocorreu uma carga policial».

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

 

|| É uma chatice a democratização e a massificação do telemóvel que filma

por josé simões, em 03.04.12

 

 

 

O ministro Miguel Macedo que, mais rápido que a própria sombra, apareceu nas televisões a comentar as imagens, devidamente encomendadas e trabalhadas, da carga policial, recebeu ontem o relatório do processo de averiguações aos incidentes e, estoicamente, conteve-se a aparecer triunfante nas aberturas dos telejornais, para estar amanhã no Parlamento e a pedido.

 

Se pedirmos, educadamente, talvez comente o relatório à actuação provocatória dos infiltrados da polícia na escadaria da Assembleia da República, e as agressões, da parte de polícias à paisana, a cidadãos na Calçada da Estrela durante a greve geral de Novembro.

 

[Imagem de David Delahunty, via]

 

[Na íntegra o vídeo da carga policial no Chiado]

 

 

 

 

 

 

|| Noções de normalidade democrática, segundo a Polícia de Segurança Pública, sob o mandato de Sua Excelência o Senhor Ministro Miguel Macedo, ilustre militante do PSD

por josé simões, em 23.03.12

 

 

 

"[…] para a necessidade de [os jornalistas] se identificarem, colocando-se sempre do lado da barreira policial que os separa dos manifestantes em geral"

 

E os turistas nas esplanadas dos cafés todos com o passaporte na mão, erguido à altura dos olhos da polícia.

E os nativos, também nas esplanadas dos cafés, com os jornais que estejam a ler, com os telemóveis com que estejam a enviar sms, com os iPhones e os iPads com que estejam no Tuita ou no Feiçe Buque, bem erguidos à altura dos olhos da polícia.

Os outros transeuntes, em geral, levam pela mesma medida dos sindicalistas, comunistas, anarquistas e outros subversivos, terminados ou não em "istas", que é para aprenderem a não andar na rua de um lado para o outro sem nada que fazer e a empatar o serviço aos agentes infiltrados. O país está mal e precisa é de gente a trabalhar, não é de reivindicações e protestos, para isso está cá a Lusoponte e a EDP, entre outras.

 

[Imagem de David Gill]