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Luís Montenegro já falava com o taberneiro antes de haver partido da taberna. Se quando conseguirem perceber isto conseguem perceber tudo.
[Imagem de autor desconhecido]
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Luís Montenegro já falava com o taberneiro antes de haver partido da taberna. Se quando conseguirem perceber isto conseguem perceber tudo.
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Perto da zona dos Anjos, três jovens que gritavam “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais” acabaram por ser agredidos por manifestantes. Rapidamente a Polícia interveio, imobilizando no chão duas das vítimas das agressões, um rapaz e uma rapariga, que foram detidos
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O dia em que os patrões fizeram vir a público que fechar portas à imigração seria devastador para a economia; o dia em que se soube que os estrangeiros ganham importância na sustentabilidade da Segurança Social, com uma subida de 44% nas contribuições; foi o dia em que um bando de inomináveis desfilou contra a imigração, em Lisboa, capital do país de emigrantes por excelência. O dia que envergonhou Portugal.
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"Turistas olham e não compram nada", aqueles que ainda não perceberam que podem, por metade do preço, fazer férias na outra margem do Guadiana, gasolina e portagens incluídas, nalguns casos em regime de alojamento superior ou praticado deste lado. Vai daí, a propósito de um Orçamento do Estado, o partido da taberna quer um referendo aos que asseguram a alegada baixa rentabilidade do negócio e de todas as empresas à volta, e os greetings enviados do Algarve para todas as partidas do mundo. O português é um bicho estranho...
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O motorista do mini bus, "vai-vem" circuito urbano, era uma motorista. Brasileira. "Pode descansar que quando chegar na paragem eu aviso o senhor para sair".
O varredor da rua era uma varredora. Moldava. "Isso é uma guerra perdida, por mais que limpe está sempre sujo", lanço, depois do "bom-dia". "O que é que o senhor quer? Alguém tem de fazer isto...".
O caixa do supermercado era brasileiro. "Até que horas ficas aqui?", pergunto. "Até às 9 da noite". "Depois vais beber uns copos para limpar a cabeça...". "Depois vou para casa, que tenho a cabeça em água e ainda ficamos cá mais uma hora a repor".
Chego à varanda com um livro numa mão e uma mini na outra ao mesmo tempo que descia o elevador de transporte dos pintores que fazem as obras no condomínio. "Querem uma?", pergunto. "Se faz favor. Ele não, que é muçulmano". "Fica com esta que eu vou buscar outra para mim. São de onde?". "Eu sou da Guiné, ele é do Senegal". "Obrigado, chefe". "Não sou chefe de coisa nenhuma, amanhã à mesma hora".
No restaurante, "Então, oh C, como é que está coisa este ano?". "Está mau...". "Como assim "está mau..." se isto é gente por todo o lado?". "Está mau, tivemos de reduzir um turno, não temos empregados e dos candidatos não aparece ninguém que fale português".
E assim, por causa destes perigosos bandidos que roubam empregos aos naturais, os verdadeiros algarvios, os descendentes daqueles que vieram por aí abaixo atrás de D. Afonso III enxotar o Califado Almôada para a margem sul do Mediterrâneo, não os outros, os descendentes dos marroquinos, argelinos, e outros talibãs que tais, foram a correr votar no partido da taberna, que há-de obrigar os "empresários" a pagar ordenados decentes aos indígenas e meter estes manhosos, ocupadores de território e substituidores de população, na ordem. Amém.
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Interessante seria saber quantos dos abrangidos por esta medida, ou que a breve prazo venham a levar com ela em cima, são eleitores do partido da taberna, pela cruz no boletim de voto, ou por terem ficado em casa no dia das eleições. "É tudo uma cambada de ladrões!", "Querem é todos tacho!", "É tudo a mesma merda!", "A minha política é o trabalho!". Os malandros, manhosos, calaceiros do subsídio de desemprego, que ali se deixam ficar, porque sim e não por um azar da vida, que usufruem duma benesse do Estado, do nosso dinheiro, e não porque descontaram para isso, para o caso de se verem nesta situação. Quem vai procurar activamente emprego com o[s] filho[s] ao colo, o Governo que opta pelo mais fácil - cortar, ao invés de cumprir a sua função - responder às carências das populações, a infância roubada pela ausência de interacção com os outros da mesma idade.
O ódio da direita aos pobres na arte de conseguir com que os menos pobres achem esta uma medida justa e racional.
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[...] as redes sociais que, embora facilitem a comunicação e o acesso à informação, também amplificam a desinformação e a polarização. A rapidez com que as informações – verdadeiras ou falsas – se disseminam torna difícil filtrar a verdade. A ausência de mecanismos eficazes para verificar a veracidade das informações contribui para a propagação de narrativas enganosas, que alimentam preconceitos e divisões. Assim, as redes sociais não só amplificam os conflitos, como também criam novos desafios para a coesão social e a integridade do debate democrático.
Quando os políticos e os cidadãos não conseguem dialogar de forma respeitosa e construtiva – ou seja, concordar em discordar de maneira saudável – a democracia enfraquece. A polarização extrema que temos assistido nos últimos anos leva à demonização do adversário político, transformando-o num inimigo que deve ser eliminado a todo custo, em vez de um oponente a ser debatido. O discurso de ódio e a retórica divisa apenas servem para alimentar a violência. Este ambiente tóxico impede qualquer tipo de colaboração e compromisso, factores essenciais para o funcionamento saudável de qualquer democracia.
A gente lê e não acredita. Álvaro Costa, deputado municipal em Matosinhos pelo partido das fake news nas redes sociais, das narrativas enganosas, do preconceito e da divisão, do discurso do ódio, ao estrangeiro e ao diferente, da demonização do adversário, da divisão da sociedade, do medrar em ambiente tóxico, no pasquim nacional.
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Na convocatória para a cercadura ao Parlamento, a páginas tantas, o taberneiro diz "dia 4 às 15 horas" enquanto faz com a mão direita o gesto três dedos e um zero que, em linguagem gestual, todos já vimos no canto do ecrã a tradução, significa "dia 4 às 15 horas" e não o símbolo White Power dos supremacistas brancos e, por coincidência e só por coincidência, também o símbolo do Movimento Zero nas polícias, aqueles senhores e senhoras que nos grupos WhatsApp, Telegram e contas fechadas no Facebook se dedicam a insultar imigrantes e gente de outras cores, para, mais rápidos que a própria sombra, os ditos zeros responderem ao apelo do chefe e gritado presente. Nas televisões, rádios, jornais, que andaram com o senhor ao colo e o engordaram, ninguém deu por nada, mesmo depois de elevados à categoria "Inimigos do Povo". Espectáculo!
O cerco ao Capitólio foi arquivado pelo Ministério Público, o tal, o das escutas anos a fio, saídas para a opinião pública descontextualizadas, sem jeito nem trambelho, a dias certos, na maior das coincidências. Agora os polícias voltam a ser chamados a montar cercas, por dentro e por fora, desta feita à casa da democracia, símbolo maior do Estado de direito democrático, eles que estão obrigados a assegurar a legalidade democrtática, depois do partido que os convoca já ter à civil "cercado" o Tribunal Constitucional. Pé ante pé...
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O taberneiro pode insultar toda a gente, o taberneiro pode levantar falsos testemunhos, o taberneiro pode mentir com quantos dentes tem na boca [porque estamos na era do pós-verdade], o taberneiro pode dizer coisas e a seguir dizer que nós não o ouvimos dizer aquilo que disse, o taberneiro pode dizer tudo isso e o mais que lhe aprouver, mas ninguém pode dizer nada ao taberneiro, ninguém pode apontar nada ao taberneiro, ninguém pode dizer "o senhor diz e faz exactamente o contrário daquilo que diz quando está ao balcão da taberna" porque isso entra na categoria de ataque a um deputado eleito por um partido com assento parlamentar na casa da democracia, coitada da democracia.
A Rússia pode invadir um Estado soberano, porque sim, porque aquilo é tudo União Soviética, e "por causa da intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia"; a Rússia pode bombardear áreas residenciais, infantários, escolas e hospitais, porque aquilo estava tudo pejado de azoves, como reportou o excelentíssimo militante do PCP jornalista tuga, que viu e fotografou uma bandeira nazi e um exemplar do Mein Kampf em todas as casa onde em que entrou no Donbass, e que continua a ver mesmo sem lá estar; a Rússia pode fazer isso tudo e ainda ameaçar os vizinhos da Ucrânia com uma invasão e o resto do mundo com uma guerra nuclear; a Ucrânia não pode efectuar ataques cirúrgicos em território ucraniano ocupado pela Rússia - Donbass e Crimeia, por causa da morte de civis inocentes e porque isso é o envolvimento da Ocidente, da União Europeia, da NATO, e dos Estados Unidos, não necessariamente por esta ordem, no ataque a um estado soberano, a Rússia.
A Rússia financia partidos que se sentam no Parlamento Europeu ao lado do partido do taberneiro. O Partido Comunista da URSS Rússia apoia a política de Putin contra a Ucrânia e o resto do mundo. O Partido Comunista Português não é putinista.
Ventura não tem "vergonha nenhuma" sobre como inquiriu a mãe das gémeas luso-brasileiras
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O taberneiro foi em campanha até ao sítio do país com mais imigrantes por m2 falar mal dos imigrantes e encontrar a dona de uma lavandaria que vive de lavar roupa para os imigrantes, cheia de medo dos imigrantes que são o seu ganha pão e lhe dão qualidade de vida, "passam aqui e olham fixamente para a montra, onde é que já se viu? Agora vou ter de pintar os vidros de preto para ninguém ver saber que aqui há uma lavandaria. Isto estava muito melhor quando caminhava para ser um deserto de gente e de areia e eu me preparava para imigrar para Lisboa, agora isto é tudo deles, ocuparam as lojas, nem sequer pagam renda ao dono", ia dizer a senhora da querida lavandaria mas não teve oportunidade porque, de imediato, as televisões se viraram para o taberneiro que exige imigrantes a falarem português e a partilharem os nossos valores, tal e qual os imigrantes do deputado eleito pelo partido da taberna a que preside, e que na plantação de espargos de que é proprietário só emprega falantes de português, adoradores de Jesus Cristo, da Nossa Senhora de Fátima, da Irmã Lúcia, e tementes a Afonso de Albuquerque, que os mantinha na ordem e lhes fazia ver o que era bom para a tosse.
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Dizem que o partido da taberna é o partido de um homem só, que se desdobra em comentários, aparições televisivas, sobe ao palanque no Parlamento, dá a cara por tudo, aparece por todos, 49 em 1, e que no dia em que o taberneiro desaparecer desaparece com ele o fenómeno. Só que entretanto aparecem as europeias e quem vai a debate é o cabeça de lista, é agora o descalabro, um negacionista da covid, um chalupa da teoria da conspiração, os judeus dominam o mundo, o Japão só não invadiu a América na segunda guerra por causa dos John Wayne em cada esquina, desafiar Putin para um combate de artes marciais, ninguém no seu perfeito juízo vota em alguém sem uma ponta de juízo, as vergonhas que Portugal deve ter passado durante o consulado como embaixador, lucy in the sky with diamonds. E depois sai a sondagem e dá o chalupa em terceiro lugar com uma estimativa eleitoral de 15% e 3 a 4 deputados. E como é que se explica isto?
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Ontem tivemos uma fundação, alegadamente isenta e sábia, a enfiar-nos pelos olhos dentro a bondade e a virtude de mais da transferência de rendimentos do trabalho para o capital aka trickle-down, como se tivéssemos todos nascido ontem. Hoje temos o sindicato dos patrões a clamar por unanimidade para mais transferência de rendimentos do trabalho para o capital, por causa da competitividade, do crescimento económico, dos salários, do investimento estrangeiro, com o estudo da fundação, alegadamente isenta e sábia, na mão, que o "demonstra de forma inequívoca". Lá para domingo ninguém se espanta se os dois ex-líderes partidários da direita - Mendes & Portas, no espaço de agit-prop, denominado "análise isenta", que detêm em horário nobre, canal aberto, e sem contraditório, aparecerem a vender a virtude do estudo da fundação, alegadamente isenta e sábia, como eles, e como os patrões das empresas necessárias para o crescimento económico, a creação de riqueza e blah blah blah [criação em português antigo porque é desde esse tempo que nos prometem isto].
Aguiar-Branco, o erro de casting que calhou ser segunda figura do Estado na pele de presidente da Assembleia da República, depois de cair na real e ter visto a merda que fez [ao abrigo da liberdade de expressão, honi soit qui mal y pense] em vez de recuar e, num acto de humildade democrática, reconhecer que errou, sem precisar pedir desculpa, seguir em frente e emendar a mão quando a ocasião se propiciar outra vez, e não vão faltar vezes, ensaia uma fuga para a frente e tenta emporcalhar mais gente no turbilhão [também ao abrigo da liberdade de expressão, honi soit qui mal y pense], chamando uma embaixada de sábios em seu socorro. Lá para domingo ninguém se espanta se os dois ex-líderes partidários da direita - Mendes & Portas, no espaço de agit-prop, denominado "análise isenta", que detêm em horário nobre, canal aberto, e sem contraditório, aparecerem a defender a posição de Aguiar-Branco e a apontar o dedo à esquerda castradora.
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O senhor Milei falou na língua dele, assim como a senhora Le Pen na língua dela falou, o doutor Ventura, o Patriota, foi a Madrid auto-empossar-se primeiro-ministro de Portugal... em castelhano, na convenção do Vox, aquele partido que celebra a "hispanidad" com um mapa do império filipino, o da península Hispânica, não, nunca, o da Ibérica, construída por quem o doutor patriota invoca quando lhe dá jeito "traições à Pátria", aquela que não precisava pedir autorização a Castela para auto-empossar chefes de Estado em Lisboa.
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