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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O Processo de Normalização em Curso

por josé simões, em 17.03.24

 

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Que Augusto Santos Silva corre o risco de não ser eleito deputado e que se tal acontecer é a primeira vez que um presidente do Parlamento em exercício não é reeleito e que tal é consequência de Augusto Santos Silva ter andado a provocar o Chega na Assembleia da República porque os eleitores não gostaram do que viram. Lá mais para a frente, na avença semanal que tem na televisão do militante n.º 1, Marques Mendes também falou qualquer coisa como "meridiana inteligência política" a propósito de maiorias parlamentares e presidências de comissões e assim. E esta coisa é "conselheiro de Estado".

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

E agora?

por josé simões, em 14.03.24

 

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Ouvir Bernardo Ferrão, na televisão do militante n.º 1 com a maior cara de pau, dizer que o taberneiro, coadjuvado pela Rita, se move como ninguém nas redes e plataformas,  dos Facebookes aos TikeTokes passando pelo Tuitas e pelo UotesApes, e que é daí o crescimento exponencial do partido, já que os outros ficaram parados no tempo, agarrados às velhas tecnologias que nem os velhos já usam, depois de termos visto a SIC e a SIC Notícias a todas as horas com o traste em grande destaque por tudo e por nada e ainda a interromperem programação para o ouvir em directo sobre nada e mais alguma coisa. "E agora?" Pergunta a revista Sábado depois da enésima capa com o taberneiro.

 

 

 

 

Os idiotas úteis

por josé simões, em 12.03.24

 

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Agora não tem jeito... A extrema esquerda racista, fascista e a comunicação social mentirosa vão ter que levar com o negão do CHEGA [emoji] Viva Portugal [bandeira nacional]

 

O Twitter de Marcus Santos, Vice-Presidente da Comissão Política Distrital do Porto. Conselheiro Nacional do partido CHEGA. Ex-atleta profissional. Deputado eleito pelo círculo eleitoral do Porto à Assembleia da República. Brasileiro. Estas duas últimas acrescentei eu.

 

E depois os comentários ao tweet:

"Já que vais “representar” o povo português podias pelo menos esforçar te para falar em português.". "vais estar no Parlamento Português, podes por favor começar a falar em Português, o Português de Portugal. Obrigado". "Vi num video que disseste "Portugal aos portugueses". Porque é que estás num partido português, agora deputado, não sendo português?". "Não nos representas. Desaparece". "Aprende a falar português se quiseres representar os portugueses, é o mínimo que podes fazer.". "Não representas nem Portugal nem os portugueses. Foste um erro de casting, uma má escolha que o partido Chega se vai arrepender e muito. O tempo me irá dar razão. Entretanto por favor, tenta não falar muito na AR, é que só sai merda dessa boca fora.". "Sempre vai ganhar mais que o RSI...". "Bosta!". "volta para a tua terra mas é". "O Tio Tom foi eleito?". "vão ter que levar" o quê, meu senhor??? O senhor foi, realmente, alfabetizado em português? Não lhe causa qualquer rubor se expressar, na terra de Camões, tão terrivelmente?". "Vais limpar as retretes da assembleia??". "Vergonha nacional. Que desilusão, foda-se!". "Pretos para a terra deles.". "completamente patético e vergonhoso". "não nos representas, brasileiro."

 

E no fim ficamos todos a saber que os comentários não são de trols eleitores do partido da taberna: "Acho piada aos comentários. A malta de esquerda vem toda aqui para aliviar a azia. O melão é tão grande, que até choram!". Atacado e insultado pelo próprios camaradas que afinal são todos da esquerda ressabiada. Que nome é que se dá a isto? Idiotas úteis, parafraseando o chefe.

 

 

 

 

"Resolver problemas concretos das pessoas"

por josé simões, em 12.03.24

 

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Caos no Serviço Nacional de Saúde, caos na escola pública, falta de profissionais - médicos, enfermeiros, professores, especialistas; greves dia sim dia sim, com os transportes à cabeça a tirarem do sério qualquer um; descontentamento nas polícias, bombeiros e forças armadas, não entrando no problema habitação que passou a ser problema desde que uma casa deixou de ser um bem de primeira necessidade para passar a activo financeiro; o caldo que potenciou a ascensão do partido do taberneiro nas urnas, o tal partido que "não tem capacidade de expor e resolver problemas concretos das pessoas [e que agora fica] com a capacidade de influenciar a agenda da direita moderada na próxima legislatura". O PS, com o senhor à cabeça enquanto ministro das Finanças, obviamente não tem nada a ver com isto. Obrigado Fernando Medina pela lucidez da análise.

 

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No comboio descendente vinha tudo a gargalhada *

por josé simões, em 11.03.24

 

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"Estou contente". "Era preciso fazer qualquer coisa". "Vamos lá a ver desta". "Era preciso mudar". "Eram sempre os mesmos". "Uma vez uns, outra vez os outros". "Anos inteiros nisto". "A gente a trabalhar e eles no subsídio". "Foram para a política para se encherem". E "eles" nem sequer ganharam nada, foram a terceira força política mais votada, mas a dinâmica do discurso é a da vitória e da mudança, e esta percepção na opinião pública já é uma cabazada ao "sistema". Basicamente era este o teor das conversas, hoje no Fertagus, entre pessoas banais, daquelas com roupa das obras, das limpezas, fardas de segurança, pronto a vestir do mercado, nikes e lacostes da candonga. * No comboio descendente vinha tudo a gargalhada, uns por verem rir os outros, e os outros sem ser por nada.

 

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50 anos do 25 de Abril

por josé simões, em 10.03.24

 

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Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
 
 
 
 
 

Não ter a puta da vergonha na cara é isto

por josé simões, em 08.03.24

 

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Depois do regresso ao passado do que de pior a política portuguesa teve nestes 50 anos de democracia, um freak show de carreiristas oportunistas e outros incompetentes e medíocres, montado na campanha eleitoral de Montenegro; depois de ter falhado um encontro acidental com Montenegro na Bolsa de Turismo de Lisboa por causa de uma lata de tinta verde despejada por um imbecil climático, Marcelo faz saber pela habitual fonte da Presidência que tudo fará para evitar o partido do taberneiro no Governo, podem os indecisos ficar descansados e ir à cruzinha sem receio. Não ter a puta da vergonha na cara é isto.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

A Taberna do Papagaio

por josé simões, em 05.03.24

 

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O taberneiro sabe o nome da avó da Mariana, o taberneiro sabe o nome dos "terroristas do Raimundo" e dos "terroristas do Bloco", o taberneiro sabe o nome do gajo que no Twitter lhe vai roubar a eleição nas urnas, o taberneiro sabe o nome da escola dos filhos do Tavares, o taberneiro sabe como recuperar todo o dinheiro da corrupção, o taberneiro sabe tudo sobre a herança da mãe do Sócras, o taberneiro sabe tudo sobre os negócios da Sousa Real dos animais, o taberneiro sabe tudo sobre o percurso do Pedro Nuno desde a escola primária, o taberneiro sabe como tirar o dinheiro da economia paralela, o taberneiro sabe o nome de quem na casa-mãe lhe vai viabilizar um governo, quer o Montenegro queira ou não queira, o taberneiro sabe tudo só não sabe o nome dos financiadores da agremiação a que preside.

 

Havia nos 70's nas Fontainhas em Setúbal a Taberna do Papagaio, com o psittacidae que lhe dava o nome em cima duma lata de bolacha Maria de folha, quando a dita era vendida avulso dentro de um cartucho de papel, a repetir "gatuno! gatuno!" sempre que alguém se afastava do balcão sem pagar.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Uma gamela sem fim

por josé simões, em 05.03.24

 

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Invocar a "estabilidade" e a "ingovernabilidade" do país para justificar uma aliança pós eleitoral com um partido xenófobo, racista, homofóbico, misógino, pejado de neo fascistas, nazis declarados, saudosos do Estado Novo, oportunistas e delinquentes, é tudo o que lhe quiserem chamar menos preocupação com responsabilidade e estabilidade governativa.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O que vos espera

por josé simões, em 04.03.24

 

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O taberneiro descaiu-se e afiançou que uma das "forças vivas" do PSD que quer o bando de delinquentes como solução governativa é Ângelo Correia, o pai da criança Passos Coelho, das "gorduras do Estado" e da "subsidiodependência" e da "peste grisalha", o Ângelo Correia que em 24 de Outubro de 2011 aceitava o "corte de 14% nas subvenções vitalícias de ex-políticos que trabalhem no sector privado" mas não a sua eliminação por se tratar de um "direito adquirido" [link morto], o Ângelo Correria que um ano antes, a 14 de Junho de 2010, defendeu nas páginas do Correio da Manha [sem til]  que "o direito à saúde, ao ambiente, à habitação e à educação deve estar dependente da capacidade financeira do Estado, que "em boa verdade, e numa democracia, "adquiridos" são os direitos à vida, à liberdade de pensamento, acção, deslocação, escolha de profissão, organização política e outros direitos correlatos" [link morto]. É o que vos espera, todos os direitos são adquiridos mas há mais direitos adquiridos que direitos adquiridos na "limpeza de Portugal".

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

"Portugueses de bem"

por josé simões, em 29.02.24

 

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Número três da lista de candidatos pelo Chega de Viana do Castelo é "empresário da noite". [...] estes negócios deverão estar ligados à exploração sexual de jovens sul-americanas.

 

Candidato a deputado do Chega por Castelo Branco foi condenado em 2002 a 3 anos de prisão por roubar esmolas e assaltar casas.

 

Novo deputado a ser eleito pelo Chega em Lisboa usa um nome falso e tem dívida de quase 15 mil euros na Lista Pública de Execuções.

 

Líder do Chega em Aveiro foi condenado, em 2020, a um ano e seis meses de pena suspensa, a pagar 600 euros de indemnização e a frequentar um programa especial para condenados por violência doméstica.

 

Uma denúncia feita por ex-dirigentes do Chega relacionada com o desaparecimento de uma Ata fez com que um juiz de Braga ordenasse uma diligência judicial na sede nacional do partido de André Ventura em Lisboa, pois já não existe sede em Braga por falta de pagamento da renda.

 

[Link na imagem "Rateres na Caravana"]

 

 

 

 

O discurso fez a cabeça rapada ou a cabeça rapada fez o discurso?

por josé simões, em 27.02.24

 

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Diz que o criador entrou na campanha para dar uma mãozinha ao homem sem passado - "O meu passado chama-se Passos", e que entrou na campanha no Algarve por ser o sítio onde a criatura mais ameaça a casa mãe comum, o partido do criador, e passar a segunda força política. E entrou com um discurso securitário e xenófobo, a associar a imigração à insegurança e criminalidade, segundo ele "uma sensação que paira nas pessoas", em vez do discurso pedagógico alicerçado em dados estatísticos fidedignos - "Segundo as nossas estatísticas, 99% dos imigrantes vêm por bem", David Freitas, coordenador da investigação criminal da Unidade Nacional Contra Terrorismo.

E disse mais o criador, disse que "O Luís [Montenegro] não deixará de procurar o que lhe faltar para fazer o que é preciso", que é como quem diz, o homem sem passado quando se vir sem futuro vai dar a mão à criatura, confirmando assim a profecia "Se houver maioria parlamentar de direita, tenho a garantia total - não posso revelar de quem - de que haverá governo de direita. Com ou sem Montenegro.", enquanto se desmascarava como a "força viva" fiadora do contrato.

E se o criador entrou na campanha na base de dar uma mãozinha ao homem sem passado acabou a potenciar a criatura que, mais rápido que a própria sombra e que o próprio Luís, veio surfar o discurso do mestre e colher os louros do elogio, "Basicamente o que Pedro Passos Coelho disse esta segunda-feira foi 'ponham os olhos no Chega'", metendo os crentes a olhar para o original e a fotocópia.

E se Passos, segundo a direita, é o federador da direita, qual é a direita que Passos federa, a que com fato grife e perfume caro enche a Praça do Município em Lisboa e o espaço do comentário "isento e independente" com as avenças nas televisões, ou os anónimos, pés rapados, excluídos do sistema, que não podem com eles nem com molho de tomate?

A direita a brincar com coisas sérias, com a liberdade e a democracia, mas a culpa há-de ser da esquerda.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

"A grande “família” do Chega"

por josé simões, em 25.02.24

 

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Aceitam-se apostas sobre quantas televisões vão abrir telejornais com este trabalho do Público:

 

“A lista de extremistas que, em tempos, se preparavam para entrar no partido e que entreguei em mão ao André tinha nomes ligados ao assassinato de Alcindo Monteiro. Era extrema-direita dura”, recorda ao PÚBLICO o antigo vice-presidente do Chega, Nuno Afonso, que se desfiliou e encabeça a coligação Alternativa 21 por Lisboa. “Já tinha suspeitas de que vagas de pessoas desse género podiam entrar, havia gajos da NOS [Nova Ordem Social], a extrema-direita a sério. Mas quando mostrei a lista ao André [Ventura], a resposta foi: ‘Não faz mal, queremos os votos de toda a gente’”.

 

"A grande “família” do Chega"

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Os bois têm nome

por josé simões, em 23.02.24

 

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Todos os telejornais na televisão do militante n.º 1 - SIC Notícias, a todas as horas certas, abrem com Luís Montenegro.

Todas as emissões na televisão do militante n.º 1 - SIC Notícias, são interrompidas, sejam elas quais forem, para uma directo com uma arruada ou uma papagaiada do taberneiro.

Quando a extrema-direita se alçar ao poder e começar o retrocesso democrático os bois têm nome.

 

[Na imagem o acolhimento no Capitólio antes do início do debate Pedro Nuno Santos vs. Luís Montenegro]

 

 

 

 

Os descartáveis

por josé simões, em 23.02.24

 

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O partido das polícias e da lei e da ordem anda há 24 horas a desmentir e a desacreditar as polícias e a inventar insegurança para criar desordem. São os descartáveis na caminhada até ao poder, por mais hinos nacionais que entoem com a mão direita no coração.

 

[Link na imagem]