"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Só um irracional e profundo ódio a "Lisboua", à moirama, pode explicar as bojardas de alguém que anda há dezenas de anos no futebol e conhece como ninguém o comportamento dos adeptos bifes nas deslocações ao estrangeiro e a países sem restrição de venda de bebidas alcoolócias.
A violência no desporto é um problema. A violência no desporto é um problema. A violência no desporto é um problema. A violência no desporto é um problema. A violência no desporto é um problema.
O nacional-parolismo de um Presidente da República que convoca um Conselho de Ministros extraordinário para o palácio presidencial, com a presença dos representantes do pontapé-na-bola nacional, para celebrar a conquista de uma final da Champions na capital, e com a exaltação de um dos instrumentos da meritocracia nacional de uso corrente - a cunha, o presidente da Federação é vice na UEFA e o organizador da prova um tuga de gema, Marcelo dixit, o edil Medina aplaude, a companhia aérea de bandeira já está a bombar às portas de Portugal enquanto sobrevoa a paisagem.
O nacional-parolismo do primeiro-ministro que a dedica aos profissionais de saúde, "um prémio merecido" por se terem sacrificado, a vida, a família, as férias, as folgas e os tempos livres, na luta contra a pandemia em defesa da saúde pública, amanhã as pitonisas do Costa explicam a relação entre uma coisa e outra, entre o dever do distanciamento social e manadas de hooligans a consumir álcool e a cuspirem-se uns aos outros;
A nacional-irresponsabilidade da Direcção-Geral de Saúde, convertida em Direcção-Geral do Poder Político, "quantos mais visitantes, melhor será para o país", que venham muitos, os civilizados da bola, que já fechámos os bares do Jamaica e andamos em cima de festas privadas e ajuntamentos nas ruas com pessoas que não sejam da mesma família.