Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Não ter a puta da vergonha na cara é isto

por josé simões, em 06.06.23

 

trapezista.jpg

 

 

Quando Isabel Castelo Branco, secretária de Estado do Tesouro do governo de Passos Coelho, deu à costa em 2015 para anunciar que as taxas de rentabilidade dos produtos do Estado iam sofrer um corte a partir de Fevereiro, ao gajo, ao doutor gajo, à época líder da bancada parlamentar do PSD e que hoje afiança o seu passado responder pelo nome de Passos, não se lhe ouviu pedir um justo equilibro nem papaguear que a nova série de certificados de aforro penalizava a classe média e era contrária ao interesse da maioria dos portugueses. Não ter a puta da vergonha na cara é isto.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

"Um esforçozinho"

por josé simões, em 04.06.23

 

marcelo salgado.jpg

 

 

No dia a seguir ao Governo ter baixado o juro nos certificados de aforro para ver se o pagode fugia com as poupanças para a banca Marcelo pediu à banca "um esforçozinho" para um aumento das taxas de juro nos depósitos porque o pagode está a fugir para os certificados de aforro, quando toda a gente esperava que a caixa, o banco do Estado, aumentasse as taxas de juro sobre os depósitos e assim pressionar a banca privada.

Quatro dias levou o ministério de Medina, o ministro que só o é por ter perdido as autárquicas em Lisboa,  a responder ao pio do "homem da cadeira" do Banco CTT sobre os certificados de aforro e mais de seis meses de resposta a autorizar a compra de vacinas para o plano nacional. E quem disser isto e se atrever a fazer esta relação temporal é corrido de populista para cima.

 

"Um esforçozinho" para não sentir uma vergonha imensa pelo Presidente fala-barato que age como se fosse primeiro-ministro e como se todos os actos da governação de si dependenssem; "um esforçozinho" para não sentir uma vergonha imensa por um Governo alegadamente socialista mais rápido que a própria sombra a satisfazer desejos de banqueiros e uma eternidade perante a degradação do Serviço Nacional de Saúde e da saúde dos portugueses.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Por quem e para quem se governa

por josé simões, em 02.06.23

 

tubarao.jpg

 

 

"Governo deveria "interromper emissão de Certificados de Aforro" e reiniciá-la mais tarde", João Moreira Rato, chairman do Banco CTT, apresentado como economista.

 

"Estado suspende a subscrição de Certificados de Aforro. Vai surgir uma nova série [...] com uma remuneração mais baixa [...]"

 

Ainda assim foi preciso esperar quatro longos dias para atender a voz do dono.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| O Governo amigo

por josé simões, em 23.02.15

 

 

 

Não bastou o resgate aos bancos alemães e franceses mascarado de "ajuda a Portugal e à Grécia"; não bastou a transformação da dívida privada em dívida pública; não bastou a "linha de recapitalização da troika"; não basta o financiamento dos bancos pelo Banco Central Europeu a uma taxa de juro negativa, inferior à inflação, para despois emprestarem aos Estados a taxas de juro substancialmente mais altas; não. Ainda foi preciso o Estado, que precisa de financiamento como de pão para a boca, cortar nas taxas de remuneração dos seus produtos fiinanceiros – Cerificados de Aforro e Títulos do Tesouro, de forma a torná-los aos olhos dos depositantes e aforradores menos apetecíveis que os depósitos a prazo e os produtos e aplicações da banca privada, os mui famosos "produtos tóxicos" que deram origem à crise financeira.


Quem é amigo dos bancos, quem é?