||| CSI São Caetano à Lapa
Nos episódios CSI a isto chama-se "cena do crime processada":
«Ministério do Emprego não encontra processos da ONG de Passos Coelho
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Nos episódios CSI a isto chama-se "cena do crime processada":
«Ministério do Emprego não encontra processos da ONG de Passos Coelho
Qual é o perímetro do "passa pela cabeça"? Dito de outra maneira, quantos portugueses cabem dentro do "passa pela cabeça"?
"se ninguém apresentar provas em contrário, não passa pela cabeça que o primeiro-ministro mentiu"
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Pedro Passos Coelho que não se lembrava de nada uma semana depois lembrou-se de tudo e não foi uma semana para pensar se tinha ou não tinha fugido ao fisco, foi mesmo para se lembrar que não foi na Tecnoforma, que não foram 5 mil euros mensais, que foi numa ongue e que foi à factura, foi ao Porto, foi a Bruxelas, que foi a Cabo Verde estudar uma universidade à séria, nada de cursos à lá Relvas, trouxe as facturas dos táxis e das tripas e da cachupa e apresentou para o reembolso, não apresentou as dos grogues que bebeu além mar porque isso também já era abusar do pro bono e da boa fé da ongue. Não falou antes porque quis confirmar antes de falar se não tinha cometido nenhum ilícito que deve ser a mesma razão pela qual a ongue nunca é mencionada no currículo de cidadão ex-deputado e actual primeiro-ministro.
Na dimensão paralela onde habitam eles acreditam que nós acreditamos e ficam felizes com isso.
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De pin com a bandeira portuguesa na lapela:
"independentemente de ele poder ter sido entretanto prescrito ou não"
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Quando o pantomineiro que ocupa a cadeira de primeiro-ministro vier outra e outra e outra vez, porque vão haver mais vezes, tantas quantas a comunicação social acéfala e capturada lhe permitirem usar a voz grave e o ar compungido sem ser confrontado logo ali na altura e em directo, com a conversa do é preciso "olhar para os últimos 25 anos de aplicação dos fundos" europeus recebidos por Portugal, para "fazer um balanço rigoroso do que se passou" e para "evitar os erros que foram cometidos no passado", lembrem-se de que não é só de controladores para aeródromos na zona centro de que fala, não. É muito mais ardiloso e engenhoso:
«O ex-dono da Tecnoforma, antigo patrão de Passos Coelho, admite que criou uma ONG com o objectivo de candidatar projectos a financiamento comunitário, que depois teriam a participação da sua empresa. Passos abria "todas" as portas para estes negócios, garantiu [...].
Fernando Madeira, que foi ouvido no final do ano passado pelo Ministério Público – no âmbito de uma investigação de projectos de formação profissional pagos à Tecnoforma com fundos comunitários –, conta [...] que Passos Coelho era uma peça-chave naquele processo.
«O ex-sócio maioritário da Tecnoforma refere que o actual primeiro-ministro chamou para fazer parte dos órgãos sociais do Centro Português para a Cooperação – uma organização não-governamental (ONG) financiada pela Tecnoforma – "pessoas com influência", como o então líder parlamentar do PSD, Luís Marques Mendes, e os também social-democratas Ângelo Correia e Vasco Rato (nomeado recentemente pelo Governo para presidir à Fundação Luso-Americana). Fernando Sousa, na altura deputado do PS, e Eva Cabral (então jornalista do Diário de Noticias e actualmente assessora do primeiro-ministro) estiveram igualmente na fundação desta ONG.
Em entrevista [...], Fernando Madeira diz que o objectivo de Passos Coelho em rodear-se de personalidades influentes era "abrir ou facilitar a vinda de projectos para a ONG no âmbito da formação profissional e dos recursos humanos, e que depois esses projectos pudessem ter a participação da Tecnoforma".
O empresário garante que Passo Coelho sabia que a ONG era criada com esse intuito e conta pormenores de um encontro com o então comissário europeu João de Deus Pinheiro e de um negócio fechado com Isaltino Morais.
"O projecto precisava também da aprovação de Isaltino, era o presidente da Câmara de Oeiras. O Pedro desbloqueou isso, fez o papel que se esperava dele. Tivemos uma reunião com o Isaltino Morais que aprovou o projecto e foi essencial para a candidatura a um programa financiado pela União Europeia", exemplifica.
Fernando Madeira não se recorda se pagava a Passos Coelho e, [...], durante a entrevista fez parar o gravador nesta questão durante 13 minutos. Na altura em que presidia à ONG, o actual primeiro-ministro era deputado em regime de exclusividade no Parlamento […]»
Antigo dono da Tecnoforma: "O Pedro abria as portas todas"
«[…] os três únicos projectos por ela promovidos […] foram desenvolvidos em Portugal entre 1997 e 2000 e foram financiados em cerca de 137 mil euros pelo Fundo Social Europeu e pela Segurança Social.»
Da Tecnoforma já foi quase tudo dito?
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