Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| O primeiro-ministro no exílio também vai ter uma corte no exílio

por josé simões, em 01.03.16

 

tong.jpg

 

 

Quatro anos a colonizar o aparelho do Estado com boys, "técnicos" e "especialistas", na base do mérito e da competência achada na blogosfera pré 2011, perdão, quatro anos a nomear chefias para o aparelho do Estado na base do mérito e da competência e nas necessidades, não gordurentas, do Estado, alguns nomeados já em "período de descontos concedido pelo árbitro", para agora chegai o PS e agir como se fosse "o dono disto tudo" e pôr um ponto final à reforma estrutural que Pedro Passos Coelho e Paulo Portas queriam de provisória para efectiva, o PSD e o CDS como agências de colocação de emprego. Parece que o primeiro-ministro no exílio também vai ter uma corte no exílio.


[Imagem]

 

 

 

 

||| Princípios do totalitarismo

por josé simões, em 11.07.14

 

 

 

Aquilo que em todas as democracias ocidentais é o normal funcionamento do Estado de Direito, pela separação de poderes e fiscalização do governo e da governação, de modo a não atentar contra valores que supostamente deve garantir e promover, os famosos checks and balances que n' América não só são muuuuuito bons mas o melhor do mundo e que em Portugal são [só] submissão aos tribunais.

 

"Vamos ter de ter um Governo de maioria depois das eleições. E não acredito que nenhum aceite governar no estado de submissão aos tribunais que este aceitou"

 

[Imagem]

 

Nota: E não me venham cá com a Lei de Godwin por causa da foto que ilustra o post. Lei de Godwin é Telmo Correia, escudeiro de Paulo Portas, a comparar o Partido Socialista com os partidos trotskistas, na Assembleia da República no debate "o estado da Nação"; Lei de Godwin é Teresa Caeiro, nos frente-a-frente do telejornal que já foi do Mário Crespo, a insultar todos os oponentes de esquerda de estalinista e norte-coreanos para cima.

 

 

 

 

 

||| Consensos e o Inferno cheio

por josé simões, em 02.02.14

 

 

 

O pormenor é que a gente, do lado de cá, já começa a ficar com muitos anos disto, são muitos estudos com as equivalências certificadas:

 

Um:

 

«Hugo Soares, o recém-eleito presidente da JSD, defende que o Estado deve recorrer mais às universidades para obter apoio jurídico em vez de contratar sociedades de advogados.»

 

Dois:

 

«Como o exemplo deve vir de cima o documento prevê algumas reformas dos ministérios […] uma integração gradual e respeitando especificidades das funções jurídicas e contenciosas dos ministérios, o Estado precisa de se capacitar juridicamente para defender o interesse público e não deve recorrer ao outsourcing, não deve ir buscar fora do Estado a qualidade jurídica para defender o interesse público, pode e deve fazê-lo a partir de uma agregação de departamentos de contencioso e departamentos jurídicos que existem nos vários ministérios, ganhando escala, ganhando recursos.»

 

Três:

 

«O líder do PS sustenta que o Estado (ou parte dele) está capturado e defende como medida de transparência que seja revelado o custo e o motivo dos organismos recorrerem a pareceres de consultórios de advogados externos.

 

"Não estou seguro que o Estado português esteja imune a interesses. Há partes do Estado que estão capturados ou em vias de o ser", afirmou António José Seguro.»

 

Quatro:

 

[A aguardar]

 

Cinco:

 

[A aguardar]

 

Seis:

 

[etc.]

 

 

 

 

 

 

||| Estamos conversados

por josé simões, em 01.02.14

 

 

 

Quando o "simbolismo" da imagem de seriedade que se quer passar para o eleitorado passa por convidar Vítor Bento para o palanque, assim de repente, o Vítor Bento trabalhador-invisível das promoções por mérito, o Vítor Bento da suspensão da democracia, estamos conversados.

 

[Imagem]

 

 

Adenda: Ainda com uma secreta esperança de ser hoje o dia em que João Proença denuncia o acordo de concertação social por o Governo continuar a não cumprir e a adiar as medidas para o crescimento e emprego, esta parte foi copiada de um discurso de Pedro Passos Coelho, não foi?!

 

«Mas isso, acrescenta, "não pode ser feito de um dia para o outro". O plano é associar essa recuperação ao "crescimento" da Economia e a uma política rigorosa na gestão de recursos. Emagrecer as estruturas para conceder outras condições aos funcionários públicos. E ao mesmo tempo avaliar a carga fiscal através da "diminuição do IRS, IVA e IRC". Perante os resultados dessa cura de emagrecimento do Estado se avançaria então.»

 

 

 

 

 

 

||| A obra-prima e a prima do mestre-de-obras

por josé simões, em 31.01.14

 

 

 

Alguém merecedor de uma interrupção de férias nas ilhas adjacentes:

 

«O Presidente da República não se deteve na sua dimensão de escritor, de "virtuoso das letras", a que "em definitivo acabará por impor-se", mas quis antes realçar um outro aspecto da sua biografia que "corre o risco de ser ofuscado": Refiro-me à figura do intelectual, do cidadão empenhado, que ao longo das últimas décadas tanto contribuiu para a valorização da nossa vida democrática.»

 

 

 

 

 

 

||| O Zé Manel taxista

por josé simões, em 26.01.14

 

 

 

"Fazer diferente", e um "novo contrato de confiança com os portugueses", era propor, por exemplo, que os ministros saíssem obrigatoriamente das listas dos deputados eleitos para a Assembleia da República, para o cidadão saber antecipadamente ao que ia e para evitar a arrogância e a impunidade do "eu não fui eleito coisíssima nenhuma", e não o populismo barato, e de efeito rápido, da redução do número de deputados.

 

«Redução do número de deputados defendida em conferência do PS»

 

 

 

 

 

 

|| O dia da raça deles

por josé simões, em 10.06.12

 

 

 

As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas [e do Reino dos Alarves daquém mar] primaram este ano pela originalidade. Tivemos um discurso inteligente e um discurso modo reportagem sobre as cheias no Reguengo do Alviela ou sobre a neve na Serra de Estrela, está sempre actual, é só uma questão de acertar a data e ter cuidado para a película não ficar sépia, dá trabalho aos decifradores de hieróglifos de serviço e, acima de tudo, ocupa tempo televisivo até entrar o bloco publicitário. A que horas é que começa o futebol?

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Tomates

por josé simões, em 03.02.12

 

 

 

Por muito que chateie as editoras e os negócios e um mercado de 192 milhões de potenciais produtores.

 

«[…] para não aplicarem o Acordo Ortográfico (AO) e para que os conversores - ferramenta informática que adapta os textos ao AO - sejam desinstalados de todos os computadores da instituição.»

 

A falar é que a gente se entende e, toda a gente, do Minho a Timor, percebeu perfeitamente.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

 

|| Saia da minha frente, Satanás! Você é como uma pedra no meu caminho para fazer com que eu tropece […] Mateus 16, 13-23

por josé simões, em 22.01.12

 

 

 

A semana em que o comandante do Costa Concórdia tropeçou e caiu no salva-vidas foi a mesma semana em que Vasco Graça Moura tropeçou e caiu no CCB, dois dias depois de João Proença ter também ele tropeçado e ficado de caneta na mão no Conselho da Concertação Social, e uma semana depois de Celeste Cardona ter tropeçado e dado por ela sentada ao "colo" de Eduardo Catroga num gabinete na praça Marquês de Pombal em Lisboa. Decididamente há um problema com a Lei da Gravidade.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

 

|| Respeito

por josé simões, em 28.03.09

 

Não sei o que é mais lamentável, se a falta de respeito de José Sócrates pelos restantes espectadores, sabendo de antemão que o seu atraso iria atrasar o início da ópera; se a falta de respeito da organização pelo público pagante, ao atrasar o início do espectáculo por causa do primeiro-ministro.

 

De uma forma ou de outra o desconsiderado foi o suspeito do costume: o público, o cidadão anónimo, o que paga um serviço do seu bolso.

 

Mas nem tudo é mau, nem tudo é “lamentável”, recorrendo ao léxico usado por José Sócrates em situações mais ou menos recentes em que foi alvo de vaias e apupos. Talvez perceba agora que as pessoas não gostam de ser desconsideradas e desrespeitadas, e percebe-o logo numa situação em que não pode fazer uso do discurso do costume do “esses manifestantes eu conheço-os bem. São militantes e simpatizantes do PCP e os seus métodos são sobejamente conhecidos.

 

Banda sonora do dia.

 

(Imagem de Ray Harryhausen via Time)