Vou abandonar porque tenho consulta às cinco
Era assim a revista Forbes, Europa, em 2018. O dinheiro compra tudo, só não compra a decência.
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Era assim a revista Forbes, Europa, em 2018. O dinheiro compra tudo, só não compra a decência.
Esta debandada halloweenica do CDS tem pouco ou nada a ver com a alegada falta de democracia interna, com a pulsão autoritária do líder ou o desvio protoditatorial do infantil Chicão, num partido habituado a conviver com refugiados do fascismo nas suas fileiras desde o dia da sua fundação, mas tudo com a irreversível irrelevância política do partido, da sua inutilidade enquando porta de acesso ao poder, porta giratória privdo-público e rampa de lançamento para negócios à sombra do Estado. Parem de insultar a inteligência dos portugueses.
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Uma mulher, deputada, é substituída no Parlamento, por um deputado, homem, suspeito de violência doméstica e de perseguição à namorada. Isto sim, é uma mudança de paradigma.
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"Sinto-te uma fotocópia, prefiro o original
Edição revista e aumentada, cordão umbilical
Exclusivo a morder a página em papel jornal"
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Resistiram a suspeitas de corrupção e compadrio na liderança do partido; resistiram a dirigentes com simpatias declaradas pelo fascismo e saudosos do Estado Novo; resistiram a promiscuidades várias entre negócios, banca e política; resistiram a inflexões e reviravoltas plasticínicas [inventei agora, uma mistura de coluna vertebral de plasticina com cinismo] na linha política do partido; resistiram ao populismo xenófobo e racista do líder em campanha com o Correio da Manha [sem til] na mão; a tudo isto eles resistiram, só não resistiram às suspeitas de serem definitivamente arredados do poder com a morte do partido que se adivinha.
[Imagem de autor desconhecido]
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Francisco Mota, conselheiro nacional do CDS, ex líder da Juventude Popular, candidato a vereador na Câmara de Braga por abaixo-assinado, no Facebook apela a um golpe de Estado que ponha fim ao regime democrático.
Juntem o cravo branco do CDS ao cravo preto do Chega e temos o Portugal que que eles gostariam de comemorar: o Portugal a preto e branco de 24 de Abril.
[Na imagem, com link, Paula Celeste Caeiro, a mulher que "inventou" o cravo vermelho na revolução]
[Via]
Voltando à narrativa da direita, com Rui Rio à cabeça, na noite das presidenciais a levantar a voz de eufórico, que a esquerda tinha sido "esmagada" [que o PS tenha indicado o voto em Marcelo, um pormenor], que o eleitorado comunista no Alentejo e nas antigas cinturas industriais se tinha transferido para o Chaga, o que a sondagem ISCTE para a SIC e Expresso, efectuada entre os dias 5 e 13 de Abril, nos diz é que "com esta ou aquela flutuação, aquilo que mudou desde as legislativas foi fundamentalmente a descida do CDS e a subida do Chega", uma transferência de todos, portanto.
Juventude Popular [JP] – Protesto contra José Sócrates [Ericeira, 14 de Abril de 2021]
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Fugido à justiça, acusado de roubo, dois doutoramentos inventados, suborno de ministro em Cabo Verde, a Food and Drug Administration norte-americana em cima da empresa, facturação empolada, financiamento ilegal de partido político, a jogar em dois tabuleiros, o da extrema-direita declarada e o da extrema-direita encapotada no "sentido de Estado" e "arco da governação".
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Primeiro foi o Chicão, alegado líder do partido de Jacinto Leite Capelo Rego, do caso Portucale arquivado, das escutas que davam um banqueiro a pagar o salário do líder, dos submarinos sem corrompidos em Portugal pelos corruptores julgados e condenados na Alemanha, vir a terreiro que "o sistema judicial está doente".
Dias depois aparece o doutor Rui 'banho de ética' Rio, eleito chefe de facção pelo sindicato dos votos dirigido por Salvador Malheiro, do PSD desde o PPD a acumular casos até ao apogeu no cavaquismo, tantos que para referir tudo era preciso um blogue só dedicado à causa, clamar que "o regime está muito doente".
A lata. Quarenta e tal anos de construção de um monstro emaranhado jurídico, a meias entre PS e PSD com a prestimosa colaboração do CDS, com mais buracos de fuga que um queijo suíço e escapatórias para pesados que uma auto-estrada, chegando ao ponto da contagem de uma data ser passível de duas interpretações. "o sistema judicial está doente". "o regime está muito doente". Adoeceu sozinho. Ou então é tudo culpa do 'gonçalvismo', há muito tempo que ninguém fala nisso.
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O PSD vai apresentar um projecto de lei para a exclusividade dos advogados-deputados e obrigar a divulgação da lista de clientes para quem trabalham na declaração de interesses? Não, o PSD quer obrigar políticos a revelar pertença a associações como a Maçonaria e a Opus Dei.
António Lobo Xavier foi ao Ministério Público formalizar denúncia com nomes e elementos de prova das perseguições e extorsões de que são vítimas os seus clientes por parte de alegados membros da Maçonaria? Não, o Conselheiro de Estado foi a um programa de parlapié na televisão pago a peso de ouro dizer umas coisas e levantar umas suspeitas.
Enquanto se fala na Maçonaria e na Opus Dei não se fala no "homem invisível" que se movimenta e governa a vidinha dentro do "arco da governação" mesmo que contra o interesse público comum.
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[Link na imagem, minuto 38:18]
O que menos se espera ouvir de um dos partidos donos da democracia era uma discussão sobre voto secreto depois de 46 anos a atirar o voto de braço no ar à cara do PCP.
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