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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| O III Reich em Lisboa

por josé simões, em 29.05.12

 

 

 

 "nunca tinham sido feitas sequer em animais"

 

[Richard Baer, Dr. Josef Mengele, and Rudolf Höss na imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Inocentes vs. Culpados

por josé simões, em 23.02.12

 

 

 

Culpadas todas as mães e todos os pais que ousam denunciar os abusos sobre os seus filhos quando deviam ficar calados.

Culpadas todas as crianças e jovens adultos que ousaram denunciar os abusos de que foram vítimas quando deviam ficado calados.

Inocente o legislador pelo edifício jurídico cheio de portas falsas e alçapões e esconderijos que vai construindo ao longo dos tempos.

Inocente o investigador pela displicência e superficialidade com que alinhava provas.

Inocente o acusador pelo enfado que estas coisas lhe parecem causar.

 

Culpados também todos nós porque um é daqui, o outro é dali, e aquele outro é não sei quem, e mais o outro que é não sei quantos.

Inocentes também todos nós porque um é aquele, o outro é não sei quem, e aquele outro que é dali e mais o outro que é dacolá.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Qual foi a parte que eu não percebi?!

por josé simões, em 10.09.10

 

 

 

Um sistema judicial que permite que um advogado transite directamente do gabinete jurídico de uma televisão tablóide, líder de audiências nas notícias sobre uma rede de pedofilia, para a defesa de um dos arguidos no processo; um sistema judicial que permite que durante 6 – seis – 6 longos anos advogados de defesa empastelem um processo e um julgamento invocando todas as questões imaginárias e aquelas que estão para além da imaginação; um sistema judicial que permite que um processo possa ter 900 – novecentas – 900 testemunhas, é o mesmo sistema judicial que tem de se explicar perante a opinião pública, contra o risco de criar dano na imagem que a opinião pública tem da Justiça, por causa de um erro informático que deu azo a que o acórdão do julgamento seja entregue com uma semana de atraso em relação ao previsto. Qual foi a parte que eu não percebi?!

 

 

 

 

|| Nem melhor nem pior, antes pelo contrário

por josé simões, em 05.09.10

 

 

 

O problema é ser tudo muito pequeno - e nem estou a referir a dimensão fisica - uma proximidade (ia escrever promiscuidade mas arrependi-me) muito grande entre poder político, poder judicial e jornalistas (basta ver o tratamento de excepção que os agora condenados, e nomeadamente Carlos Cruz, tiveram nos media enquanto durou o processo,comparativamente com as vítimas), que não permite olhar e ao mesmo tempo manter uma distância de segurança e a necessária independência.

 

Ao contrário do que se diz por aí, e bastava estar minimamente atento às conversas cruzadas na rua, nos cafés ou nos transportes públicos, a surpresa foi o ter havido culpados e condenados. O resto, e voltando ao início, é conversa do sítio onde tudo é muito pequeno.

 

(Na imagem Alfred Hitchcock por Sandro Becchetti)

 

 

 

 

|| Corporativismo, boa imprensa e pressões sobre a Justiça

por josé simões, em 29.07.10

 

 

 

 

 

Comparativamente com as vítimas e os outros arguidos, é incrível o tempo de antena que o senhor Carlos Cruz tem nos jornais, nas rádios e nas televisões, todos os dias e a todas as horas.

 

É imaginar o que seria o mesmo lobby a mesma pressão com um líder dum partido ou um primeiro-ministro, por exemplo, numa qualquer outra situação. Haja respeito.

 

(Imagem de autor desconhecido)