"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
E não se pode aplicar este princípio ao Acordo Ortográfico? Quem quiser escrever português como sempre escreveu paga 12€ e não se fala mais nisso.
Com a crise que por aí vai em que todos os euros contam, mais a chatice que é perder uma manhã na burocracia simplex duma repartição pública, estava encontrada a solução.
«Desenvolver um sistema de informação que possibilite a associação electrónica da identidade do cidadão (expressa nos certificados digitais no chip do Cartão) aospapéis que o mesmo desempenhe na sociedade - por exemplo, - Engenheiro, Presidente de uma Instituição, Administrador, entre outros.»
No mínimo estranha esta oficialização do título, efectuada quando é Governo um partido que se reclama da Esquerda Republicana e dos ideais da República.
Como escreveu um dos maiores parlamentares da história de Portugal, liberal à moda antiga, e curiosamente um dos 50 subscritores de um protesto contra a proposta de 1850 sobre a liberdade de imprensa, mais conhecida como a “Lei das Rolhas” (dá que pensar…), Almeida Garrett:
“Foge, cão, que te fazem barão. Para onde? Se me fazem visconde.”