"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O alegado presidente do PS aconselha Costa a remodelar o Governo para o partido não ser castigado nas urnas quando o pagode for chamado a votos, novas pessoas, diz ele. E diz ele também que "é preciso associar a experiência de uns com o entusiasmo de outros". O que ele não diz, e se lhe passou alguma vez pela cabeça se calhar nunca iremos saber, é como é que após um ano de acção governativa do primeiro Governo paródia da história da democracia, o "entusiasmos de outros" e "a experiência de uns", lhes vai ditar a se enterrarem e enlamearem a imagem num saco de gatos de incompetências e falta de senso, de lutas internas partidárias sem rei nem roque, de traições e facadas nas costas. Dito de outra maneira, se consegue Costa captar fora do próprio círculo dentro do Rato.
A César-espertice de Carlos César, uma variante da popular Chico-espertice, que arranjou emprego a metade da família, a invocar cargos de eleição como atenuante para a monarquia norte-coreana em que se transformou o PS. Alguém faça um desenho para explicar a Carlos 'Chico-esperto' César que as manas Mortágua foram eleitas, assim como o pai e a irmã de Marques Mendes, não são a mulher, a nora e o irmão de César, nomeados politicamente. E ficamos só pelos Açores, que a piada do PS mandar Carlos César a terreiro em defesa da honra está mesmo aí
"Os políticos têm de ser bem pagos, blah blah blah, senão qualquer dia isto é só medíocres. blah blah blah, andamos a afastar os melhores com esta conversa de populista, blahblah blah", e qualquer dia ainda querem que o líder parlamentar do PS ande de Clio. Já para os outros, os que elegem deputados e pagam os políticos, é a economia, a produtividade, o crescimento económico, a inflação, a meta do défice, a sustentabilidade da segurança social e o diabo a quatro e quem não quiser pode emigrar.
Como levar a sério um político cuja mulher foi escolhida sem concurso pelo Governo regional, do PS, a nora foi nomeada por uma secretária do Governo regional, do PS, o irmão exerce a profissão de jornalista como assessor de comunicação no governo, do PS, e no Parlamento, na bancada do PS, a sobrinha foi contratada por uma empresa municipal de uma Câmara, PS, e que é reembolsado por viagens de avião que não paga ao serviço do grupo parlamentar, do PS? Tudo legal, nada por onde se possa pegar. Assim como legal é o desinteresse dos cidadãos pela política, reflectido no cada vez maior abstentismo, em standby à espera de um qualquer populista com discurso anti-partidos.
Entre outras, paga do seu bolso as propinas (fora “o resto”) dos seus filhos no ensino público gratuito, e paga, por via dos impostos, a bolsa de estudo (por encomenda) do filho do “carenciado” e ultra-periférico Malaquias.
Já ouvi e li, desde os blogues aos media, malhar no Bokassa da Madeira por todas as razões e por mais aquela. E boas malhações razões, diga-se de passagem.
Depois do "BASTA!" de José Sócrates a Alberto João Jardim, acompanhado do ralhete que ninguém está acima da lei, e que as leis quando são feitas é para toda a gente as cumprir; Carlos César, Presidente do Governo Regional dos Açores, em entrevista à RDP/ Açores, declara a sua intenção de não aplicar as taxas de internamento criadas pelo Ministro da Saúde, Correia de Campos, nos hospitais da região autónoma por si presidida.
Todos sabemos que Carlos César não é Alberto João, assim como Mota Amaral também não o era, que a região Autónoma dos Açores tem um déficite de desenvolvimento comparativamente com a Madeira.
Também sabemos que Carlos César é militante do PS.
Mas, como dizia o assaltante na anedota: "O que está dito, está dito!". E foi José Sócrates que o disse...