"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
"Quanto aos locais mais comuns de abuso, destacam-se por ordem decrescente: seminários (23% dos casos), igreja sem outra especificação (18,8%), confessionário (14,3%), casa paroquial (12,9%) e escola religiosa (6,9%)". In Dar voz ao silêncio, Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa. Relatório Final. Lisboa, Fevereiro 2023, Sumário Executivo, Página 10.
Depois são precisos mais psiquiatras, e psicólogos também, para acudir a quem teve mais tempo de confessionário. É a chamada hóstia de rabo na boca.
Reza a História que, por os gregos não conceberem a ideia de orientação sexual como identificador sexual, como é prática na moderna sociedade ocidental, e por não fazerem a distinção entre desejo e comportamento sexual na base do género os intervenientes, o acto sexual entre membros do mesmo sexo era prática comum na Grécia Antiga. E reza também a História que o acto homossexual entre mestre e aluno era encarado como forma de transmissão do conhecimento, simbolicamente o esperma depois da penetração.
Depois disso muito "conhecimento" foi transmitido, leia-se Paulo de Tarso andou pelo Mar Egeu e Constantino abraçou o Cristianismo, e as coisas nunca mais foram a mesma coisa, com a novel religião a servir mais como código de conduta, novo manual dos bons costumes.