O vómito
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Manuel, Dom e Clemente, diz que um paneleiro não pode ser padre. Não é isto que Manuel, Dom e Clemente, diz mas é isto que pensa quando diz que "é completamente desaconselhável aceitar homossexuais no sacerdócio" porque o problema para o sacerdócio não é o impulso sexual, inato às espécies, mas a orientação sexual da espécie e, como vivemos num país livre numa democracia liberal, todo e qualquer matarruano pode dizer o que muito bem lhe aprouver e pode ser padre também e ter tempo de antena e tudo.
Manuel, Dom e Clemente, diz que um padre pai pode continuar a ser pai e padre desde que não coise e tal mais nenhuma vez com a fêmea mãe da criança, que o que está feito está feito e o pai pode continuar a ser padre e o padre pode continuar a ser pai e que a mãe serve para abrir as pernas e satisfazer e depois parir e depois criar e educar, em família monoparental, censurável e condenável aos olhos da igreja de Manuel, Dom e Clemente, excepto se o pai for padre ou se o padre for o pai.
Amém.
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"Baixar o desemprego é bom. Diminuir a tensão social, a crispação, é bom. Haver resultados -- uns são de agora, outros foram preparados antes -- no campo do ensino, é bom. Haver ótimas perspetivas para atividades como o turismo, é bom. Há aqui coisas boas, há alguns sinais de recuperação económica"
[Imagem "Helge Nissen. Leaves Out of the Book of Satan, 1921. Dir. Carl Theodor Dreyer"]
A páginas tantas pergunta José Policarpo: “Quem é que em Portugal já leu o Alcorão?”; ao ver 68 blogues linkados para a notícia e uma caixa com 593 comentários sou levado a crer que quase toda a gente leu. O que ainda assim não impede a quantidade de barbaridades que foram escritas e as interpretações que foram feitas às palavras do cardeal-patriarca de Lisboa.
Parece que José Policarpo disse uma graaaaande mentira. Que as mulheres no Islão têm menos direitos que os animais e que o diálogo inter-religiões implica discutir doutrina e que isso é praticamente impossível com o Islão porque é dogmático da primeira à última página e que tenta sempre impor-se pela força e que a Lei máxima é o Livro ao contrário de Portugal onde é a Constituição.
Só lhes resta mesmo ficarem magoados, porque a argumentação de José Policarpo é imbatível.
(Na imagem, salvo erro, a primeira edição do Alcorão em língua portuguesa pela Europa-América de Francisco Lyon de Castro, com prefácio de Suleiman Valy Mamede e que li quando tinha 16 anos)