Inhumans of Late Communism
O Holodomor não existiu, só na cabeça dos ucranianos, mas "o capitalismo mata deliberadamente".
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O Holodomor não existiu, só na cabeça dos ucranianos, mas "o capitalismo mata deliberadamente".
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Never Settle, Never Done: Nike's campaign for women's football is a rallying cry for equality
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O que começou por ser um problema português, "as tradicionais má organização e gestão portuguesa", "a má imagem que Portugal dava de si ao mundo", "o SEF entrega ao Deus-dará", pior ainda, "a ruinosa gestão socialista", depressa passou a ser um problema europeu, para já ser o caos nos aeroportos norte-americanos, canadianos e australianos. A seguir vão descobrir que a ganância das companhias aéreas e aeroportuárias despediu milhares de funcionários ao nível global, porque a margem de lucro do patrão e do accionista é sagrada e nada as obriga a aguentar uma quantidade de gente à espera que a pandemia passe, de barriga esticada a expensas de milhões em mais-valia acumulados ao longo de décadas, mais que não fosse pela civilização e respeito pelo próximo, em oposição à lei da selva, aquilo que os avaros, gulosos e gananciosos costumam apelidar de "caridade cristã" quando ao domingo se ajoelham para papar a hóstia.
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Se a esquerda, como alega a direita, não tivesse "aversão ao lucro", não estávamos agora a protestar por o preço dos combustíveis não ter descido na bomba na exacta proporção que desceu em imposto cobrado pelo Estado, enquanto vamos lendo que "a Galp multiplicou por seis os lucros no trimestre" e que os "Shell profits nearly triple as oil prices surge".
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Desinformação, racismo, fakenews, aquecimento global, blah-blah-blah, poluição, feminismo, pegada alimentar, igualdade, patati patatá, à cautela o melhor é ir tratando da vidinha, que custa a todos, enquanto não se faz um programa sobre precaridade, exploração extrema, total ausência de direitos e garantias, o capitalismo selvagem elevado à sua máxima potência, que sou uma mulher de causas, muito moderna, muito coerente.
Filomena Cautela protagoniza primeira campanha nacional da Uber
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Reflexo de uma favela num prédio de luxo no Rio de Janeiro.
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"Words that read 'Capitalism is the virus' are seen at an abandoned building as the spread of the coronavirus continues, in New Orleans, Louisiana". Carlos Barria/ Reuters.
mcdonald's newly launched merchandise includes burger-scented candles
coca-cola won't ban plastic bottles because its customers still want to use them
Naomi Klein em No Logo - O Poder das Marcas [em português] já havia demonstrado como os sucessivos cortes orçamentais pela agenda liberal e neo-liberal das administrações norte-americanas obrigaram as universidades a recorrer a subsídios e financiamentos de empresas privadas para sobreviver e, como a consequência da entrada das marcas globais no campus universitário, a adulteração dos currículos e dos cursos, direccionados e orientados consoante a vontade e exigência do pagador, a empresa ou a marca que os subsidia. Como disse uma vez a dona Manuela Ferreira Leite "quem paga é quem manada". Agora, e fazendo honra ao escrito por Marx em 1852 no Dezoito Brumário de Louis Bonaparte, assistimos à repetição da história em farsa, com os cortes orçamentais, na Europa a austeridade, a obrigarem os municípios aceitar o contributo das empresas privadas por forma a conseguirem manter as estradas minimamente aceitáveis e circuláveis.
Um secretário de Estado do Governo da direita radical a fazer a apologia de um inimigo da cobrança excessiva de impostos e de um crítico do capitalismo e da ideologia do crescimento infinito. E agora ninguém se ri, Henry David Thoreau por Francisco José Viegas.
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Recapitulando, o terrorista de Dortmund afinal não é um fundamentalista islâmico, é um fundamentalista do capitalismo finamceiro especulativo, vulgo liberalismo.
[Na imagem "Iraqi prisoners held by 1QLR in 2003", autor desconhecido]
A ideia é simples e universal: empobrecimento geral – que a austeridade é purificadora e liberta o homem e os Estados dos 7 pecados mortais, baixos salários e diminuição dos custos dos trabalho, ausência de direitos e garantias, aumento da mais-valia ao patrão e accionista.
Depois do plano gizado e universalmente aplicado um dos ícones do capitalismo – a Apple, vende 47, 5 milhões de iPhones em três meses – um aumento de 35%, mas não chega, os investidores queriam mais, muito mais do que o aumento de 38% dos lucros e as acções "deslizaram" [bonito termo da novilíngua] 7%.
Não lhes passou pela cabeça baixar o preço final do produto, produzido quase de graça aí num qualquer mercado do crescimento supersónico a dois dígitos, como forma de aumentar as vendas já que do empobrecimento geral e da baixa dos custos de trabalho e da perda do poder de compra não sobra nada ao colaborador ex-trabalhador para se dar ao luxo de transportar iPhone no bolso de trás das calças.
Capitalismo sem consumismo. Pois sim.
[Imagem de autor desconhecido]