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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| Desmantelar o Estado social

por josé simões, em 27.05.14

 

 

 

A propina, paga em cash, em imóveis ou em propriedades para os mais ricos e para se ter acesso a um quarto ou a uma cama, as mensalidades para classe média e classe média alta em creches e infantários construídos para servir bairros sociais, e  a sopinha dos pobres, rebaptizada de "cantina social", o estigma e a exclusão para os mais pobres e miseráveis.

A Igreja Católica de regresso 100 anos após instauração da República.

 

«As misericórdias atravessaram incólumes os últimos anos de crise económica. Apesar das persistentes queixas de falta de dinheiro, nenhuma fechou e o número de funcionários até aumentou. Actualmente são cerca de “75 mil” os colaboradores que prestam apoio a um universo da ordem das “150 mil pessoas por dia”, desde idosos em lares, crianças em creches, pessoas com deficiência e programas de apoio alimentar, como cantinas sociais»

 

«[…] em 2011, no grupo das instituições da chamada economia social, as misericórdias tinham sido o maior beneficiário do Instituto da Segurança Social, com 306,9 milhões de euros.»

 

O Governo não tem um modelo de baixos salários para o país e o Governo também não quer destruir o Estado social, só quer que ele chegue aos mais necessitados e que as instituições que estão no terreno e conhecem a realidade e as pessoas e blah blah blah sejam as intermediárias do Governo, mesmo que isso implique retroceder até à década de 50 do século passado.. Em Junho de 2011 os portugueses fizeram uma escolha. Allahu Akba.

 

[Imagem "A Devout Pilgrim Makes Her Devotions, Fátima, 1950" by George Pickow]

 

 

 

 

 

 

|| Plebs Frumentaria

por josé simões, em 15.02.12

 

 

 

Aumentam-se as taxas e os impostos, confisca-se uma parte do salário, liberalizam-se os despedimentos, reduz-se a protecção no desemprego, destrói-se a economia e, por consequência, aumenta o exército de desempregados, que não é de todo indesejado pois vai servir como forma de pressão sobre os que têm emprego, mas que é necessário alimentar para manter a ordem e a paz pública.

 

E nada disto é novo, e tudo isto já foi inventado. Por volta do ano 70 a. C., era a plebs frumentaria, o exército de 40 000 desempregados do Império Romano que recebia pão gratuitamente do Estado. E veio sempre a aumentar [em 275 d. C. eram já 300 000] até à destruição do Império para a qual deram o seu contributo.

 

O problema é que a Direita tecnocrata que governa a Europa não estudou História, uma disciplina menor, estudou Economia e mal, só vê números à frente dos olhos, e no imediato.

 

Vai rebentar pelas costuras, é uma questão de tempo.

 

[Na imagem uma Tessera Frumentaria, um selo com a efígie do Imperador e que dava ao seu portador o direito a receber o "subsídio" do Estado]