"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Na outra guerra, a do impacto das imagens na opinião pública ocidental, de lágrima no canto do olho no sofá frente à televisão, e que cresceu com brinquedos inócuos, nada de "children´s toys", o Hamas continua na frente e a marcar pontos. A campanha "The Jacket" da Zara, concebida em Julho, fotografada em Setembro, por pressão da opinião pública é retirada em Dezembro, apesar de não ter nada a ver com nada. Não adianta, é o que temos.
[Ainda é possível encontrar imagens disponíveis online apesar de alguma imprensa da especialidade já as ter retirado. No The Daily Front Row só mesmo através da cache, por enquanto]
No anúncio da campanha para a poupança da água aparece uma torneira aberta e um gajo, um boneco, a lavar o carro, não aparece um campo de golfe. E isto é o mesmo princípio do Marcelo a gozar connosco, que só falou do decote da senhora porque estava realmente constipado, cof-cof.
"Todos os dias jornais e revistas são lidos por mais de 500 mil pessoas aos balcões de cafés, pastelarias, restaurantes, colectividades. Não leia o jornal que encontra em cima de um balcão ou de uma mesa. Um jornal lido num estabelecimento de restauração ou numa colectividade é um jornalista desempregado". Isto dava um bom anúncio de televisão, mas a cabecinha não lhes permite mais.