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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Camden em chamas

por josé simões, em 10.02.08

 

Camden In Shock After Market Blaze
 
Se a memória e o sentido de orientação não me falham, foi este o quarteirão que ardeu em Camden Town.
(Lá ao fundo é o canal).
 
 
 
 
Mais concretamente este café, onde no terraço, era possível beber uma half pint, na companhia de personalidades tão ilustres como David Bowie, Joe Strummer, Janis Joplin, Jimi Hendrix; ou até dormir uma sesta, no aconchego de um fugaz sol londrino, numa tarde de Maio, na companhia de Sid Vicious.
 
Há anos que a zona vinha sendo sujeita a uma forte pressão imobiliária. Derrubar para construir condomínios privados de luxo. Acabar com a “Feira da Ladra” para construir e abrir lojas “de marca”; gama alta.
 
No Futur para Camden?
  

Retratos de Londres (VI - José Mourinho e eu)

por josé simões, em 13.05.07

Foi polémico e deu que falar. Num jogo do campeonato inglês, a dada altura, José Mourinho chamou “filho da puta” ao árbitro. Foi caçado pelas câmaras da tv, que se encarregaram de descobrir (ajuda de um português?) com um especialista em ler nos lábios, o que Mourinho havia dito. Foi um escândalo em terras de Sua Majestade, que obrigou o técnico português a vir a terreiro esclarecer que era uma força de expressão e nunca devia ser interpretado literalmente. Assim ao jeito do very british “Fuck Off!”. Pois…

Um mérito a coisa teve: Ensinou uma expressão em português, a um povo que chega a raiar a arrogância no que toca a exprimir-se noutras línguas que não a sua. Passo a explicar.

Sábado, 5 de Maio. Mercado de Camden em Londres. Vou descontraidamente pela rua a falar em português com uns amigos. Sou abordado por um nativo com ar chunga, «Hey!.. Italian!.. Give me a cigarette!» (sem o “please” da praxe) Olho para o cromo e respondo-lhe «I’m not an italian!», «Spanish?!» pergunta o personagem com um ar apalermado. «No!» respondo; viro-lhe as costas e prossigo o caminho e a conversa. Cerca de 100 metros mais à frente, ouvimos gritar, lá do fundo, onde o crava havia ficado: «Filho da Puta!».

Obrigado José Mourinho! Ficas a dever-me uma.