O fiscal da Câmara, update
Municípios vão ganhar poder sobre a ASAE
[Imagem de autor desconhecido]
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Municípios vão ganhar poder sobre a ASAE
[Imagem de autor desconhecido]
Tudo está a venda, tudo é comerciável e negociável, e tudo se pode regatear, desde que seja público.
Alínea a) Com excepção da dívida pública
Alínea b) Com excepção dos contratos PPP
Alínea c) Com excepção das rendas ao sector energético
Alínea d) Com excepção do financiamento aos colégios privados com contrato de associação que, ao contrário do que previa o memorando de entendimento com a troika, viram a verba do Orçamento do Estado aumentada.
O Governo a brincar ao "ir às compras a Marrocos" com o dinheiro e a educação dos portugueses:
"Uma das novidades presentes na proposta é o chamado "factor de eficiência" que premeia as câmaras que trabalhem com um número de docentes inferior ao tido como necessário para o respectivo universo escolar.
Assim, num município em que o número de docentes necessários seja, por exemplo, de 400, mas em que o número real de docentes seja 399, a autarquia passaria a receber um "prémio" de 12.500 euros por ano lectivo. Isto assumindo que esse docente custaria por ano ao ministério 25 mil euros, o custo estimado para um professor em início de carreira.
[...]
Trata-se de uma aritmética que "permitirá aos municípios trocar professores em troca de dinheiro""
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O dia em que cientistas franceses, através da revista Nature, deram a conhecer ao mundo que as «pulgas ancestrais eram "gigantes", mas não saltavam», é o mesmo dia em que os cientistas do PS, secundando e corroborando cientistas do PSD, deram a conhecer aos cidadãos portugueses que as "pulgas" podem saltar. De Câmara Municipal em Câmara Municipal, quiçá até ao domicílio fiscal das construtoras e das diversas empresas fornecedoras, que são assim uma espécie de parasita da pulga, mais pequeno mas não menos poderoso parasita, e essencial à sobrevivência da pulga. Bloco central rocks!
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Se é legítimo defender que a dívida dos municípios deve ser analisada «tendo em conta o número de habitantes dos mesmos», é também legitimo argumentar que a dívida dos municípios deve ser paga pelos respectivos habitantes, a dividir pelas cabeças dos munícipes, segundo uma fórmula [a inventar] em que entrem as variáveis "permilagem ocupada" e "rendimento mensal ilíquido", por exemplo? Não. Por todas as razões e pelo princípio da coesão e da unidade do território nacional, e da solidariedade inter-regiões.
E é nestas alturas que a regionalização deixa de ser a salvação da pátria, e é também nestas alturas que os cidadãos deviam pensar duas vezes, antes de fazer a cruzinha no boletim de voto, no quadradinho do campeão da betonização do espaço público, a que se convencionou chamar de progresso e desenvolvimento.
[Imagem de autor desconhecido]
Quando em tempos de crise, de cortes orçamentais e de apertar o cinto, o espectável seria acabar de vez com os Governos Civis que ninguém sabe para que servem, o Governo resolve retirar competências às Câmaras Municipais e justificar assim a fonte de rendimento dos boys asilados.
Antena 1, 2 de Julho de 2010, noticiário das 18h - Edição de Luís Soares (a partir do minuto 06:08)
(Imagem de autor desconhecido)
Dito de outra maneira: há lixo que suja mais que outro lixo (*).
É desde o ano de 2002 que a recolha do lixo em Setúbal e a limpeza das ruas no centro histórico e nos bairros, são efectuadas por uma empresa privada. Com evidentes melhorias para a cidade e para a população.
Talvez seja importante referir que a adjudicação aos privados foi feita por uma Câmara de executivo comunista. E não houve greves nem os sindicatos reclamaram.
(*) Consoante as mãos que mexem no lixo.
(Imagem via Reuters)