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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Essa é que é essa

por josé simões, em 22.10.16

 

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Vai grande rebuliço no tuita e no feice coise e no velhinho ai faive, agora tá gade, a dark web dos fugidos ao controlo parental, entre os discípulos e apaniguados e apóstolos e camaradas do Moreira de Sá de Passos Coelho, dos perfis falsos nas redes sociais e da proliferação de blogues, anónimos ou nem por isso, das chamadas telefónicas para o tudo o que era fórum nas rádios e televisões, das suspeições levantadas e falsos testemunhos e da boataria generalizada e da merda nas ventoinhas, quanta mais melhor, por o Prémio Pulitzer, pela descoberta do Estripador de Lisboa depois da Grande Entrevista ao Capitão Roby, ter desvendado o maior mistério da blogocoisa portuguesa desde os idos em que a blogocoisa era a blogocoisa e toda a gente ir todos os dias ler o Abrupto do Pacheco Pereira e por ter finalmente descoberto a careca ao Miguel Abrantes, que afinal não é o Miguel Abrantes, nem sequer o Sócras himself a escrever sob pseudónimo, mas um tal António Peixoto, pago pelo Sócras, por interposta pessoa um tal de Rui Mão de Ferro, quiçá com dinheiros do contribuinte e sem passar recibo nem descontar para a Segurança Social, e que não é maneta mas que administra, a meias com Carlos Santos Silva, com a tal da mão, tudo o que seja malabarice do Sócras.


O problema, se é que alguma vez existiu um problema, não é o anonimato do Abrantes, que afinal não é Miguel mas Peixoto, António, descobriu a Cabrita, Felícia, nem sequer se o dinheiro veio do contribuinte ou do Carlos Santos Silva, por via das trafulhices feitas pelo Sócras, como já ficou provado nas páginas do Correio da Manha [sem til] e transitou em julgado nas redes sociais depois de condenado pelo tribunal da opinião pública, nem sequer se o Abrantes Peixoto passou recibos, nem tampouco se o Miguel António descontou para a Segurança Social, que se calhar nem sabia da obrigatoriedade de o fazer e que como ele há muitos e que tal nem sequer é impeditivo de aspirar a ser um dia primeiro-ministro de Portugal, não.


O problema é que tudo o que foi escrito e está escrito no Câmara Corporativa, que ao contrário dos blogues do Moreira de Sá de Passos Coelho não correu a apagar posts, cache incluída, são verdades, bem fundamentadas e detalhadas, com cruzamento de dados, coisa que as televisões os jornais e as rádios do pensamento único dominante deixaram de fazer, tudo sem recorrer ao insulto, à calúnia e à difamação, e essa é que é essa.


[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

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||| O superior interesse nacional

por josé simões, em 29.10.15

 

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«O presidente da República arrasta consigo a ideia de que ele, talvez só ele, sabe interpretar o que significa o «interesse nacional», ou melhor, o «superior interesse nacional». Todas as ideologias e as políticas, excepto as suas, são obstáculos a essa ideia difusa de «interesse nacional» que tem conduzido o país, como está à vista, ao pugresso.


Mas o que verdadeiramente chamou a minha atenção é esta enfática declaração de Cavaco Silva: «Como sabem nunca tive nem tenho qualquer interesse pessoal». Deduz-se que, por exemplo, Cavaco Silva não teve «qualquer interesse pessoal» na «inventona de Belém». Ou que, por exemplo, não teve «qualquer interesse pessoal» na manutenção, contra tudo e contra todos, de Dias Loureiro no Conselho de Estado. Ou que, por exemplo, não teve «qualquer interesse pessoal» quando optou pelas duas pensões de reforma que aufere (do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações) em detrimento do vencimento de presidente da República. Ou que, por exemplo, não teve «qualquer interesse pessoal» quando as únicas críticas feitas ao governo de Passos & Portas (colóquio em Florença, discurso sobre a espiral recessiva, etc.) coincidiram com os cortes nas pensões, momento em que se lastimou que poderia não conseguir pagar as suas despesas com rendimentos superiores a dez mil euros mensais. É, de facto, um homem muito desprendido.»


«O superior interesse nacional»


[Imagem]

 

 

 

 

||| A Grécia como paradigma

por josé simões, em 13.02.15

 

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«(…) Todos aqueles que, por cá, dizem que “nós não somos a Grécia” ou são ignorantes ou apenas querem esconder o que estamos a caminho de ser: porque a Grécia não é um “caso” excepcional, é um paradigma e um laboratório. Nela podemos ver a antecipação e a forma extrema (isto é, aquela onde uma realidade ainda imprecisa se revela) da reconfiguração em marcha das sociedades ocidentais, onde já se começou a passar ao acto e a planificar a eliminação lenta, discreta e politicamente correcta dos supranumerários, cuja existência faz ascender ao vermelho as somas necessárias para manter os dispositivos de protecção. Velhos, reformados, doentes crónicos, deficientes, desempregados dificilmente recicláveis, imigrantes, segmentos da juventude não qualificada: todos eles representam heterogeneidades parasitárias que não podem ter lugar no quadro ideal de crescimento e produção de riqueza exigidos pelo capitalismo ultraliberal. Impõe-se, por isso, a sua eliminação. É o que está a acontecer, aqui e agora, diante dos nossos olhos: o campo como paradigma biopolítico, com as suas práticas de eliminação subtil, está em expansão acelerada; e da sorte funesta reservada às existências que são como empecilhos começamos a ter testemunhos cada vez mais frequentes. Até os mais distraídos já perceberam que é só uma questão de tempo para chegar a sua vez. E os que não forem eliminados servirão para alimentar uma regressão organizada às claras a formas de exploração que têm muitas afinidades com as que alimentaram a expansão do capitalismo no século XIX.»


[Aqui]

 

 

 

 

||| Todos inocentes...

por josé simões, em 17.10.14

 

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O Sol¹ publica hoje excertos da gravação de uma reunião do conselho superior da família Espírito Santo. A peça arranca assim: «O aumento de capital do BES decorria e aparentemente tudo corria bem. Mas a holding do grupo estava em falência técnica há muito — mais de seis mil milhões de passivo — e os investidores queriam ser reembolsados. A família tenta tudo para arranjar capital.»


Durante a reunião, os presentes tomam conhecimento de que a Procuradoria-Geral da República do Luxemburgo tinha acabado de anunciar que três sociedades do Grupo Espírito Santo com sede no grão-ducado estavam sob investigação. A reacção de Ricardo Salgado dá uma ideia do ambiente que se gerou na sala: «Isto agora vai piar mais fino, temos aqui um problema sério. Pode ser dramático para o BES. Vai ser muito difícil segurar o grupo nestas circunstâncias».


Impunha-se uma actuação mais célere. André Mosqueira do Amaral defende a necessidade de uma linha de crédito extraordinária, que só poderia vir de um auxílio público. Sugere para tanto que uma comitiva do clã faça «um pedido de ajuda às autoridades», numa «narrativa de humildade».


Mas a situação de emergência obriga a saltar formalidades. Decide-se que Ricardo Salgado telefone ao governador do Banco de Portugal para que este convença a Caixa Geral de Depósitos a abrir os cordões à bolsa. Carlos Costa não aceita apoiar a iniciativa, com justificação de que era preciso evitar o contágio do sistema financeiro.


É então que José Manuel Espírito Santo sugere baterem a outra porta: «O Moedas, o Moedas! Eu punha já o Moedas a funcionar». Salgado liga-lhe no mesmo minuto: «Carlos, está bom?» Pressuroso, o então secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro pôs-se mesmo a funcionar: diz a Salgado que não só se predispõe a falar com o presidente da CGD como vai tentar pô-lo em contacto com o ministro da Justiça do Luxemburgo, de quem é «amicíssimo». O telefonema acaba com Ricardo Salgado a agradecer ao Moedinhas: «Obrigado, Carlos, um abraço».

 

Acontece que a ordem de trabalhos da reunião do conselho superior da família Espírito Santo continha um outro ponto explosivo: a sucessão de Ricardo Salgado. Na abertura dos trabalhos, o então presidente do BES leu uma carta que havia enviado, a 31 de Março, ao governador do Banco de Portugal. Nessa carta, que, segundo o Sol, estava escrita «num tom claro de chantagem», alertava-se para «os riscos sistémicos» que o banco e a banca portuguesa enfrentariam se a família fosse afastada da governação do BES antes do aumento de capital — que só terminaria a 9 de Junho.


Foi então que Ricardo Salgado fez questão de recordar aos presentes que «tem acesso a uma rede de contactos políticos conceituados». «Essa carta li depois ao presidente da República, ao primeiro-ministro, à ministra das Finanças e ao José Manuel Durão Barroso».


A reunião do conselho superior da família Espírito Santo decorreu no dia 2 de Junho de 2014.


À luz deste relato da reunião, como é que o Presidente da República, o alegado primeiro-ministro, a ministra das Finanças, «o José Manuel Durão Barroso», «o Moedas» e o governador do Banco de Portugal puderam depois continuar a sustentar que o BES estava sólido? E como é que Cavaco Silva pôde afirmar e reafirmar que apenas teve acesso a informação através de Passos Coelho?


[Miguel Abrantes, Câmara Corporativa]


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¹ A Newshold de Álvaro Madaleno Sobrinho controla o i e o Sol, que estão a sobreviver à custa do caso BES.

 

 

 

 

||| Translate Google/ Google Tradutor

por josé simões, em 30.11.13

 

 

 

O virtuosismo, o génio, a mente brilhante, a excelência, a competência, o mérito de Vítor Gaspar, que é como quem diz, a primeira página do Diário de Notícias explicada aqui.

 

 

 

 

 

 

|| Trabalho de jornalista feito por um blog

por josé simões, em 22.09.13

 

 

 

Algo vai mal no "reino" quando um blog substitui a comunicação social na sua função. Tudo isto é grave, muito grave.

 

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|| O senhor Silva, reloaded

por josé simões, em 26.06.13

 

 

 

Lembram-se dos idos do "Portugal bom aluno" do senhor Silva primeiro-ministro, quando, e a propósito facilitar as comunicações e os transportes internacionais e as transacções económicas e sei lá mais o quê, nos regemos pela mesma hora do centro da Europa, quando no Inverno se chegava ao trabalho às 9 da manhã e era noite cerrada e no Verão se estava na praia até às 11 da noite e com protector solar; do stress na vida dos cidadãos, e nas crianças em particular, no caos instalado, com os portugueses a andar às avessas do Sol? Continuamos a ser bons alunos, só mudaram os lunáticos. E não tem a ver com a "hora lunar".

 

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|| Como diz o spot: "Expresso, há 100 a fazer opinião"

por josé simões, em 05.11.12

 

 

 

Estranho, no mínimo, não é Henrique Raposo escrever no jornal Expresso, estranho, no mínimo, é haver quem compre um jornal onde Henrique Raposo escreve.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Como diria o excelentíssimo senhor Silva, em Portugal a imprensa é muito suave [*]

por josé simões, em 30.07.12

 

 

 

Surpreendente não é o que aqui se dá conta, surpreendente é ninguém na comunicação social pegar no que aqui se dá conta.

 

[*]

 

 

 

 

 

 

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 20.03.12

 

 

 

"Há limites à contenção de custos"

 

Que é como quem diz é «à vontade do freguês»

 

[Imagem "Circus Women With Rollerskating Monkey", StanleyKubrick, 1948]

 

 

 

 

 

 

|| Olha, acordou agora da sesta…

por josé simões, em 21.10.11

 

 

 

Vasco Correia Guedes, o próprio, hoje no Público.

 

 

 

 

 

 

 

|| O mundo dos simples

por josé simões, em 22.02.11

 

 

 

 

 

Desculpem que mal pergunte mas, onde é que enviar quatro – 4 – quatro caças F-16 para fazer guarda de honra a um terrorista-ditador-genocída se enquadra na «simples diplomacia, ou [nas] relações económicas»?

 

A haver uma “alínea” nos acordos assinados que a isso obrigasse, devia ser dado conhecimento aos cidadãos. De cá e de lá.

 

 

 

 

 

 

 

|| Bisca lambida

por josé simões, em 06.07.10

 

 

 

E eu tenho o baralho todo – the real McCoy.

(Não me perguntem é como)

 

 

 

 

|| Big Brother e argumentação manhosa

por josé simões, em 01.06.10

 

 

 

Não tem nada a ver com ultraliberalismo. E se tiver, a partir deste momento, eu sou um ultraliberal (o que quer que isso signifique) ferrenho. Tem a ver com direitos, liberdades e garantias. Ninguém, e muito menos o Estado, tem alguma coisa a ver por onde é que eu ando ou deixo de andar. Ninguém é culpado até prova em contrário; é dos filmes. E o argumento do telemóvel também não cola. O telemóvel posso sempre deixá-lo em casa, ou no banco do jardim, ou no caixote do lixo; também como nos filmes. O carro preciso dele para a minha mobilidade. Isto sim, um verdadeiro argumento à PCP.

 

(Ver Big Brother)

 

(Imagem, cartaz soviético de propaganda “Vivat to the great union of the brotherly nations of the USSR”)

 

 

 

 

|| A bondade do regime

por josé simões, em 31.10.09

 

 

 

“Só” 799.455 pessoas fuziladas por motivos políticos.

Tiraram-me as palavras da boca.

 

(Imagem de Yevgeny Khaldei via Corbis)