"Não foi um crime de ódio racista"
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O "vai para a tua terra!" que terá sido proferido pelo assassino de Bruno Candé antes de ter disparado os tiros, do mesmo programa "ciganos em acampamentos de luxo e os portugueses a passarem mal" ou de um alentejano que manda um setubalense para a terra dele, eu não sou racista mas na minha cabecinha, mais inteligente que a dos pretos, não entra que um preto possa ter nascido à beira Sado ou em Moscavide, ou até ter andado a passear pelo Terreiro do Paço no primeiro quartel do séc. XVII, de espada a cintura em amena intimidade com um branco, ou querem ver que o que está de espada é um mânfio xunga de Chelas que vai assaltar alguém com o chino da época, à espadeirada?... Ou outro lá mais atrás, de chapéu emplumado e capa vermelha, que parece estar a mercar qualquer coisa enquanto dá indicações a um pajem branco, ou querem também ver que é um dealer da Quinta do Mocho a dar ordens a um pequeno traficante de rua? [assinalados por mim na imagem que ilustra o post], são deduções perfeitamente banais e passíveis de traduzidas em posts no albergue de alucinados racistas e xenófobos que dá pelo nome de Parler, ou em qualquer conversa de café que invariavelmente começa e acaba com "não querem fazer nenhum". Agora a sério, há quanto tempo andamos a fazer os pretos malandros e manhosos e a mandá-los para a terra deles?
No Parler, "Free Speach Social Network", também conhecido por Fachobook, a rede para onde a direita radical está a migrar por causa da "Censura imposta pelo FoiceBurqa" [sic] agora que o Facebook, timidamente, começa a impor restrições ao discurso do ódio e às contas falsas criadas pelos minions de Trump, Bolsonaro e pelo Ventas do Chaga, ainda que para isso tenha sido obrigado por via da quebra de receitas publicitárias imposta pela grandes marcas pressionadas pelos consumidores. Um albergue de alucinados só comparável ao hospício de Twelve Monkeys.