||| Da série "As Grandes Reformas Estruturais" para mil anos
"Escolas deixam de poder definir critérios para contratar professores"
[Nuno Crato na imagem]
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"Escolas deixam de poder definir critérios para contratar professores"
[Nuno Crato na imagem]
Não disse que a incompetência do ministro, aliada ao fanatismo ideológico, custaram ao erário público, que é como quem diz aos bolsos dos contribuintes, 50 mil euros, sem contabilizar os prejuízos causados aos alunos, com reflexos no rendimento e aproveitamento escolar, às famílias e aos professores, a juntar à instabilidade familiar e aos desarranjos vários. Recolheu a língua de palmo e meio da "meritocracia" e da "competência" que tinha sempre de fora e bem esticada nos programas de televisão onde era paineleiro-comentadeiro. Diz que «o Governo pagou um "preço político" elevado pelas falhas na chamada Bolsa de Contratação de Escola», não sabemos, só o saberemos lá para finais de Setembro princípios de Outubro, joga com a cumplicidade do Presidente de facção e com a fraca memória na política e nos políticos. Ele, responsável máximo, não pagou. Continua em funções como se nada de especial tivesse acontecido, fez auto-crítica como nos idos do maoísmo e não se fala mais nisso.
[Nuno Crato na imagem]
Desde os idos do PREC que as aulas não começavam depois do dia 15 de Outubro, as que começavam.
Desde os idos do PREC e da chegada dos ‘retornados’ que não tínhamos aulas dadas profs que não eram profs mas que eram profs porque tinham perdido toda a documentação na pressa de fugir para a ‘metrópole’.
Foi na altura em que os futuros ex ministros Nunos Cratos andavam por aí a sanear, contra a burguesia, o fascismo e o social-fascismo.
[Nuno Crato na imagem]
E como não há dinheiro para nada vão pôr o dinheiro do suspeito do costume, o contribuinte, a pagar a ligeireza e a incompetência de um maoísta investido em ministro, a brincar com a vida das famílias, dos alunos e dos professores, ao 'grande salto em frente' na Educação, e onde culpa não é do ministro nem do Governo mas da "administração escolar" e do Estado.
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Um mancebo do Minho ia assentar praça no Algarve ou um mancebo alentejano que ia fazer a recruta à Beira Litoral. Ambos acabavam a combater em Angola, que era nossa, ou na Guiné, que seria sempre portuguesa. Desenraizar para desmoralizar, dividir e reinar.
«Professora de Bragança colocada em Santarém foi agora mandada para o Algarve»
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Só surpreende quem desconhece o modus operandi de um genuíno maoísta, de apagador na mão, a limpar o passado, a pôr e dispôr, a brincar com a vida das pessoas e das famílias, a construir o homem novo.
«MEC dá ordens às escolas para revogarem listas e anularem colocações de professores de dia 12»
Já fez autocrítica, como ensina o Livro Vermelho, já pediu desculpa, pode continuar, alegremente, a martelar no mesmo erro.
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Andar anos e anos e anos a perorar exigência e rigor no ensino; andar anos e anos e anos a perorar exigência e rigor no ensino da matemática; andar anos e anos e anos numa cruzada contra o laxismo e a falta de rigor e a falta de exigência e a falta de disciplina no ensino público e na escola pública, apesar de constantgemente desmentido pelos relatórios PISA; andar anos e anos e anos a fabricar uma aura de exigência e rigor que o levaria de escriba de curiosidades matemáticas, aos sábados no Expresso, e de participações de exigência e rigor, na educação na escola pública e no ensino da matemática, em programas de televisão, ao lado de Medina Carreira, na televisão do dono do Expresso, até ao cargo de ministro da Educação, para ter o seu Princípio de Peter às mãos de uma fórmula matemática.
Mas não se demite, um maoista não se demite, faz autocrítica e segue em frente. "Uma incongruência na harmonização da fórmula". Justiça poética é isto.
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