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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Sinais exteriores de riqueza

por josé simões, em 06.10.22

 

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Cresci num bairro de pescadores em Setúbal onde a miséria era mais que muita, eles "ao mar", elas nas fábricas de conservas, ou "a dias", como então se dizia, os filhos na escola até à 3.ª/ 4.ª Classe e ala para o mar ajudar o pai na traineira, ou o orçamento familiar, que se faz tarde, com muito boa sorte aprender um ofício que lhes permitisse fugir às redes e a andar descalço ou de chinelos de enfiar no dedo antes de haver havaianas. Quando a vida melhorava para alguns, o "elevador social" como agora se usa, o sinal exterior de riqueza era um carro, de preferência 'amaricano', os europeus não davam nas vistas e os japoneses tinham a chapa que era uma merda, um toque e ficava tudo amassado, bate-chapas e tinta Robiallac, quem era pobre, um degrau acima de miserável, andava de pasteleira. Lembrei-me disto por ver a reportagem no El Mundo sobre Salt e Gerona, "Ciudad pobre, ciudad rica", ilustrada por uma foto onde o símbolo da riqueza é ir de bike com o filho à pendura. As voltas que o filho da puta do mundo dá.

 

 

 

 

Mais um discussão da treta

por josé simões, em 16.08.21

 

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Até há duas dezenas de anos os putos aprendiam a andar de bicicleta com os pais nos parques e jardins, antes disso aprendiam na rua, a brincar uns com os outros. Agora que o Governo decidiu apostar na vertente ciclismo no desporto escolar e que são anunciados três milhões de euros em bicicletas para distribuir pelas escolas, para que os alunos do 2.º ciclo aprendam a andar já este ano, a discussão é sobre o dinheiro que o Governo vai "deitar à rua", "esbanjar", nos "amigos" que vão ganhar dinheiro, e o caralho, e não como nos demitimos todos, como é que chegámos até aqui. Continuem com discussões da treta que vão bem encaminhados.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Um monumento a excelência da gestão do empresário português

por josé simões, em 30.08.19

 

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Conseguir falir uma marca cinquentenária quando o mercado se encontra em expansão acelerada à escala global e com a carteira de encomendas repleta. CLAP! CLAP! CLAP!

 

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||| A fórmula mágica

por josé simões, em 29.07.15

 

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A fórmula mágica para o crescimento supersónico de dois dígitos ao ano, para o infinito e mais além: baixos salários, ausência de direitos e garantias, reivindicações laborais e contestação social inexistentes, sectores chave da economia nas mãos do Estado [chinês], ginástica laboral e, tal como nas escolas, bicicletas para o povo.


«Os portugueses não comem estudos de 3 milhões de euros sobre a caracterização das deslocações dos funcionários públicos», podia ter dito Pedro Passos Coelho, mas não disse.


[Imagem]

 

 

 

 

||| Baixos salários, bicicleta e ginástica laboral

por josé simões, em 28.06.15

 

Learn from Pan Dongzi how to be a good child of th

 

 

Todos os dias, religiosamente às 10:30 a. m. , toca a sirene nas fábricas e nos escritórios e uma voz marcial convoca todos os trabalhadores colaboradores para a ginástica laboral.


Podem tirar Nuno Crato do maoísmo mas o maoísmo nunca há-de sair de nuno Crato.


«O Ministério da Educação e Ciência (MEC) quer incentivar os alunos a utilizar a bicicleta nas deslocações casa-escola e pôr as crianças e os jovens a ter mais atividade física nos recreios [...]»


[Imagem cartaz chinês de propaganda]

 

 

 

 

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 05.09.12

 

 

 

«E se em vez de se financiarem passes escolares se oferecesse aos alunos uma bicicleta?» Beatriz & Ana, Pereira.

 

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