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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Viveu e morreu com isto

por josé simões, em 29.11.17

 

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Morreu o homem que advogava a mão-de-obra barata como forma de criar emprego, e que filosofava só ser possível pagar salários alemães em Portugal quando os portugueses fizessem três ou quatro vezes mais por hora, como fazem os trabalhadores alemães na Alemanha, para onde emigram os portugueses que recusam o modelo de baixos salários e precariedade por ele defendido, para ganharem três ou quatro vezes mais por hora, pagos por empregadores alemães que os preferem como os melhores trabalhadores do mundo e com isto demonstrando por A + B que o problema é a classe patronal portuguesa e não os índices de produtividade de quem empregam. Viveu e morreu com isto.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| O ritual

por josé simões, em 29.11.15

 

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O ritual cumpriu-se este fim-de-semana os dois dias em que as contas bancárias de Alexandre Soares dos Santos e de Belmiro de Azevedo ficaram mais recheadas graças ao bom coração e aos espírito solidário do português anónimo sem que haja da parte do 2.º e 3.º homem mais rico de Portugal, respectivamente, qualquer contribuição para a causa. Lucro, lucro, lucro, a caridadezinha cumpriu a sua função, os escuteiros desempoeiraram as fardas e venderam calendários para 2016 e algumas consciências vão agora dormir descansadas. Até à próxima campanha.


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||| Mercearia fina é outra loiça

por josé simões, em 30.11.14

 

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Com as bolsas fechadas por causa do fim-de-semana, foi este o fim-de-semana em que os bolsos de Belmiro de Azevedo e Alexandre Soares dos Santos ficaram mais gordos, às custas dos bolsos, na sua maioria, de quem vai trabalhar todos os dias sem colocar o gosto no prato da balança e para receber pouco mais do que os 500 euros mensais que não dão para nada, mas ainda dão para pôr comida no prato dos outros que não se conhece de lado nenhum, e sem que se veja uma contrapartida da parte dos merceeiros para a sociedade por dois dias de vendas em duplicado.


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||| "Um vintém é vintém e um cretino é um cretino"

por josé simões, em 07.03.14

 

 

 

O que o "camarada" Belmiro não explicou foi porque é que os trabalhadores portugueses, os melhores do mundo, segundo os empresários e patrões bifes e boches, e segundo também o Governo, quando quer puxar dos galões para se armar ao pingarelho, os mesmos que prestam pouco, ou mesmo para nada, cá, produzem lá, na Alemanha e na Inglaterra, "de facto", "uma coisa igual, parecida", ou até melhor, que "um trabalhador alemão ou inglês, seja o que for", a trabalhar menos horas por dia, com mais dias de férias, com mais regalias, dadas pelas empresas, com apoios e protecção social, para os próprios e para as famílias, da parte do Estado, e com um salário incomparavelmente mais elevado.

 

Tem razão o "camarada" Belmiro, é "através da educação das pessoas", e, em Manuel Machadês, "um vintém é vintém e um cretino é um cretino":

 

«Belmiro de Azevedo: Salários só podem aumentar quando portugueses aumentarem produtividade»

 

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||| A cadeia alimentar

por josé simões, em 01.12.13

 

 

 

Este foi aquele fim-de-semana em que, graças ao humanismo e à solidariedade dos portugueses, o n.º 2 e o n.º 3 no top 25 da lei da selva ficaram um pouco mais gordos para o ataque ao n.º 1.

 

«Banco Alimentar recolhe mais de 2000 toneladas de produtos»

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| O Clube do Bolinha

por josé simões, em 19.03.13

 

 

 

Substituir "menina" por "inteligência".

 

 

 

 

 

|| "Quando o povo tem fome, tem o direito de roubar"

por josé simões, em 19.03.13

 

 

 

Como ainda me lembro da fome e dos salários de miséria em atraso no Vale do Ave, e do inversamente proporcional parque Ferrari, consigo lembrar-me de coisas muito mais recentes. Se calhar o senhor engenheiro é que mudou de opinião. Ou então não lhe interessa porque lhe está a correr de feição: "Diz que não se deve ter economias baseadas em mão-de-obra barata... Não sei por que não. Se não for a mão-de-obra barata, não há emprego para ninguém".

 

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|| A Santa Casa, capítulo II - Não ter um pingo de vergonha na cara

por josé simões, em 23.11.10

 

 

 

 

 

 

“neste momento é muito difícil investir em Portugal por causa da falta de financiamento»

A partir do minuto 15:34

 

Belmiro de Azevedo (Lucros da Sonae disparam para 98 milhões nos primeiros nove meses do ano) e Alexandre Soares dos Santos (A Jerónimo Martins, grupo retalhista proprietário da cadeia de lojas Pingo Doce, terminou 2009 com um lucro de 200,3 milhões de euros, mais 22,8% que no ano anterior).

 

(Imagem via Getty Images)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

|| A Eugenia versão Sonae

por josé simões, em 01.06.10

 

 

 

Num mundo perfeito, ambas as margens do Sado seriam um enorme resort administrado por um engenheiro e o seu clã, livre de desdentados, e habitado por “gente bonita” wearing Gant & Lacoste by day, e Hermés & Saint Laurent by night, servidos por figuras pálidas e andrógenas pagas a recibos verdes.

 

Não tem respeito por quem cria as mais-valias daqueles que lhe engordam a conta bancária alimentam o sonho. Não merece a água que bebe quanto mais tempo de antena.

 

(Na imagem do fotógrafo setubalense Américo Ribeiro, “Tendas feitas com velas de bateiras, remos e varas na Caldeira de Tróia, década de 1950”, no local onde o senhor engenheiro planeia construir mais um condomínio privado e por onde passam os catamarãs e ferries que não fazem mal nenhum aos roazes corvineiros)

 

 

 

|| O milagre da multiplicação, segundo S. Belmiro

por josé simões, em 15.03.10

 

 

 

Tendo como referencial o salário médio de um empregado, perdão, de um colaborador da Sonae, descontando no final do mês a prestação da casa, conta da água da luz e do gás, mais TV cabo e telefone e/ ou telemóvel; partindo do princípio que é um casal sem filhos e que a maior parte dos dias da semana vão almoçar a casa dos pais ou almoçam um rissol e uma bica, de pé e virados para a parede com espelho, no snack-bar ao fim da rua, o que é que sobra para “consumo”?

 

«Belmiro de Azevedo defende medidas para aumentar consumo e rejeita subida de impostos»