Tratado de acção política para totós
Quarenta e sete anos depois do 25 de Abril, e quarenta e cinco a contar das primeiras eleições autárquicas livres e democráticas, este modo de fazer política ainda funciona?
[Link na imagem]
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Quarenta e sete anos depois do 25 de Abril, e quarenta e cinco a contar das primeiras eleições autárquicas livres e democráticas, este modo de fazer política ainda funciona?
[Link na imagem]
Que o Governo não impediu o negócio das barragens do Douro "porque não quis" já todos tínhamos percebido assim como também todos tínhamos dado pela coincidência de o negócio se ter realizado depois de uma alteração cirúrgica na legislação dos benefícios fiscais, agora que o Governo mesmo que o quisesse fazer não o faria porque "caía o Carmo e a Trindade", um Governo a governar, cof, cof, em função do que lhe possa cair em cima - a não governar, apesar de mandatado pelos eleitores, em eleições livres e democráticas, abstendo-se da defesa do bem comum e com isso beneficiar uma entidade privada e os seus accionistas, essa é que é a novidade. "Socialismo" e "ética republicana", uma conjugação fantástica no Partido Socialista. Um artista este alegado ministro do Ambiente.
[Link na imagem]
António Costa podia ter sacudido para longe e metido tudo na ordem, preferiu carregar a suspeição em cima das costas. São opções.
Seixas da Costa foi o embaixador português na UNESCO responsável por convencer aquela entidade de que a Barragem de Foz Tua era compatível com o Alto Douro Vinhateiro, Património Mundial. Um ano depois foi trabalhar para a Mota-Engil, uma das construtoras da obra. Hoje é administrador da EDP Renováveis.
Paulo Portas, na altura líder do CDS/PP, foi o Ministro dos Negócios Estrangeiros que nomeou Seixas da Costa para o cargo. Paulo Portas vai agora para a Mota-Engil.
Assunção Cristas, do mesmo partido, era a Ministra do Ambiente quando autorizou o abate de 1104 sobreiros e 4134 azinheiras. Prestou declarações erradas ao Parlamento, em 2011, dizendo que o paredão estaria feito, quando nada havia no terreno. Podia ter parado a barragem. Assunção Cristas, hoje presidente do CDSPP, vinha do escritório de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, onde trabalhou antes de ir para o Governo. Este firma de advocacia tem como cliente a concessionária da barragem de Foz Tua, a EDP.
[Imagem de autor desconhecido]
E tem de haver equidade na repartição dos sacrifícios e ignorar o memorando de entendimento ir mais além do que a troika e enganar os estrangeiros e o cidadão-contribuinte indígena.
[Imagem]