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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| O liberalismo em todo o seu esplendor

por josé simões, em 19.11.13

 

 

Da Imigração

por josé simões, em 13.01.09

 

A esta prosa que cheguei via João Tunes, e cujo post assino por baixo, só me resta acrescentar uma coisa.

Todos os anos são milhares os portugueses que trilham novamente os caminhos da imigração. Tudo seria muito mais saudável – para os que partem e para os que por cá ficam – se, ao invés da imigração ser aos milhares, fosse às unidades.

 

(Foto fanada no Times)

 

 

 

Lindo!

por josé simões, em 10.09.08

 

“(…) os docentes portugueses de todos os níveis de ensino são os que mais tempo têm de permanecer nas escolas, razão por que é provável que sejam dos que têm menos tempo para preparar as aulas ()”

 

Se há coisa linda de ser lida é este pedaço de prosa no editorial de hoje do Público e assinado por José Manuel Fernandes (JMF).

 

Fazendo aqui um exercício simples, com base em dados que já vi por aí num qualquer relatório da OCDE; e ao gosto de JMF: “os trabalhadores portugueses de todas as categorias profissionais são os que mais tempo têm de permanecer nas fábricas e nos locais de trabalho, razão por que é provável que sejam dos que menos tempo têm para passar com a família”.

 

Ali a culpa é do ministério e do “sistema”; aqui a culpa não é do ministério (leia-se empresário/ gestor) nem do sistema (leia-se métodos de gestão e baixos salários); é dos trabalhadores – esses malandros! -, e, como tal, é preciso trabalhar mais porque vêem aí os chineses e o diabo a sete. Sábados, Domingos e dia de Natal incluídos.

 

Faça-se a relação entre a situação no ensino e a situação no mundo do trabalho e talvez o ministério da Educação seja absolvido em 50%.

 

(Foto roubada na Time Magazine)

 

 

 

O circulo vicioso

por josé simões, em 23.05.08

 

Não se aumentam os salários por causa da baixa produtividade. A produtividade não aumenta devido aos baixos salários. Ninguém trabalha “para aquecer”; e está no seu direito. Trabalhar para aquecer significa esfalfar-se todo durante um mês, para levar menos de 1000 euros para casa no dia 30 (quando não é ao dia 5, 6 ou 10 do mês seguinte…); olhar para cima – administração e gestores – e constatar os salários generosos, mais todo o tipo de mordomias: cartões, viaturas, gasóleo, telemóvel (acho que não me esqueci de nada).

 

Talvez seja um problema – a produtividade – que o novo Código do Trabalho venha a resolver, da pior forma: pelo medo. A favor do empregador ou do patrão. Porque ao nível salarial vai continuar “tudo como dantes, quartel-general em Abrantes”. Então aí sim, atingiremos o modelo chinês em toda a sua plenitude, e passaremos a ser uma economia competitiva.

 

A chave do problema, a meu ver, reside aqui:

 

“a organização da empresa, os métodos de gestão. Há uns anos, se se dissesse que também os empresários tinham baixas qualificações, seria quase um escândalo. Hoje, é uma realidade que entra pelos olhos dentro”

(Link)

 

E não é só ao nível das qualificações; é também ao nível das mentalidades.

Mas quer-me cá parecer que esta vai ser aquela parte da entrevista que ninguém leu….

Como quando numa conversa, se chega àquela parte em que se diz que os trabalhadores portugueses, “lá fora”, são os melhores do mundo… (porque será?!)

 

(Foto de Bettmann Corbis)

 

 

 

Falar verdade

por josé simões, em 01.02.07

 

Recentemente na Hungria, foram semanas a fio de manifestações e protestos nas ruas a exigir a demissão do primeiro-ministro, por ter admitido que mentira ao eleitorado.

 

Em Portugal exige-se a cabeça do ministro da Economia por ter falado verdade.

(Independentemente do anedótico que é,  ir à China argumentar com baixos salários).

 

À cabeça dos que, pedem a cabeça do ministro, surgem aqueles que protestaram e mais desconfianças levantaram, por o salário mínimo nacional ter sido actualizado; que as empresas não aguentavam, e que iriam perder competitividade e o diabo a sete.

 

É preciso ter lata!