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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Direitos Humanos por medida

por josé simões, em 08.02.08

 

O embaixador do Irão em Espanha, Seyed Davoud M. Salehi, defendeu a aplicação da pena de morte e o corte de mãos para os delinquentes.
 
“As nossas leis estabelecem que se ampute a mão a quem rouba. Isto não é aceite pelo Ocidente, mas no campo dos Direitos Humanos há que ter em conta os costumes, as tradições, a religião e o desenvolvimento económico do país. É necessário aceitar algumas leis para preservar a saúde da sociedade.
 
Seyed Saleh comparou a amputação de membros por decisão judicial com a decisão de um médico em amputar uma extremidade para deter um processo de gangrena.
Seyed Saleh é embaixador do país que condenou à morte por lapidação duas irmãs de 27 e 28 anos, e um homem de 49 anos por crime de adultério.
 
Diz o embaixador que “a arrogância do Ocidente utiliza este discurso para descredibilizar a imagem do Irão”.
"¿No creen que [Occidente] está aprovechando el instrumento de los Derechos Humanos en contra de los pueblos?"
(link)
 
A isto chama-se medo. O medo do porta-voz dos ayatolas; o medo dos ayatolas, tem um nome: liberdade. Liberdade de expressão; liberdade de decisão; liberdade de organização. Liberdade de dizer “Não!”.
 
Quem descredibiliza a imagem do Irão são eles. Quem atenta contra a liberdade dos povos são precisamente aqueles que lhes negam “el instrumento de los Derechos Humanos”.
 
Adenda: no entanto continua a haver por cá muita gente “insuspeita” que considera o Irão uma democracia
 
(Na foto, via Le Fígaro, enforcamento público numa praça de Teerão de condenados à morte por homosexualidade)