QAnon comunista
Bill Gates, George Soros e Israel. O QAnon comunista tuga no "Cultura, terreno de combate" por Filipe Diniz no Avante! [exclusivo assinantes].
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Bill Gates, George Soros e Israel. O QAnon comunista tuga no "Cultura, terreno de combate" por Filipe Diniz no Avante! [exclusivo assinantes].
EUA, NATO e União Europeia reúnem-se por estes dias em Bruxelas para avançar ainda mais no militarismo, prolongar o conflito na Ucrânia e reforçar as medidas coercivas contra a Rússia.
O "Militarismo e sanções são gasolina na fogueira" no órgão oficial do PZP.
[Link na Imagem]
Porque é que é necessário que "muitos milhares de pessoas" visitem à 90.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, que "foi preciso coragem para pôr de pé", sem fazer estardalhaço com a Direcção-Geral da Saúde;
Porque é que é importante já estarem 28 mil bilhetes vendidos, de um pacote mínimo de 50 - cinquenta - 50 mil, para a corrida de Fórmula 1 no Autódromo Internacional do Algarve, sem pruridos de saúde pública em Rui Rio, no CDS e outros palermas avulso;
Porque é que a Festa do Avante! , num recinto onde cabem 100 mil, e num máximo de 33 mil proposto pela organização, só pode comportar 16.563 pessoas e a venda de bebidas alcoólicas vai ser proibida a partir das 20 horas, depois de semanas a fio de ruído em tudo o que é meio de comunicação?
Se calhar é melhor fazer a vontade a Marcelo e votar noutro partido que ressuscite uma DGS para meter os comunistas na ordem, pública. A bem da nação.
[O "Contra Avante" na imagem]
Um exercício simples de fazer: imaginar esta inócua, incolor e indolor, notícia no Avante!, podia ter saído no Público ou no Diário de Notícias, sobre as manobras militares lideradas pelos Estados Unidos em Moçambique ao largo de uma "província onde aldeias remotas estão desde há um ano a ser atacadas por grupos armados que já provocaram 140 mortos", um exercício que "ensaia o combate à pirataria e ao «tráfico ilícito de drogas, de produtos da flora e fauna bravia e de seres humanos»", região onde as "petrolíferas norte-americanas (Andarko e Exxon Mobil) lideram investimentos em curso para extrair gás natural dentro de quatro a cinco anos, a partir dos maiores depósitos submarinos do mundo", se o poder não fosse exercido por um "partido irmão", a prosápia e o desfilar de chavões sobre o imperialismo e o neo-colonialismo e "os assaltantes de gasolineiras do mundo", com os piratas que operam entre as costas de Cabo Delgado e da Somália promovidos a frente de libertação nacional e heróis anti-imperialistas.
[Fidel Castro e Samora Machel na imagem]
Dão-se alvíssaras a quem encontrar nas páginas do Avante! escritos críticos e assinalar de efemérides sobre o Pacto Molotov- Ribbentrop que dividiu a Polónia entre a Alemanha nazi a a Rússia dos Sovietes e a Lituânia, Letónia, Estónia, Finlândia e Roménia, em esferas de influência alemãs e soviéticas.
"No final de Setembro de 1938, Adolf Hitler, Neville Chamberlain, Édouard Daladier e Benito Mussolini (líderes da Alemanha, Reino Unido, França e Itália) assinaram o Acordo de Munique, que a História recorda como traição de Munique."
Uma ano depois a assinatura do "Tratado de Não Agressão entre a Alemanha e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas" foi, de certeza, para as fechar.
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Estes milhares de fugidos da fome, da miséria e da morte na Venezuela a aguardar atribuição de nacionalidade em Portugal, são pessoas que não lêem o Avante! , caso contrario sabiam que está tudo bem, deixavam-se ficar quietinhos lá no seu sítio e não fugiam, para Portugal ou qualquer outro país, na Europa ou ali à volta do seu.
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No intervalo entre saudações o PCP podia dedicar algum tempo num quadradinho de página no Avante! para nos explicar a diferença entre as chapeladas eleitorais de Nicolas Maduro do "socialismo bolivariano para o século XXI" e as de Salazar e Caetano no fascismo do Estado Novo, por exemplo. E também por exemplo a diferença entre a supressão de direitos, liberdades e garantias, a censura da imprensa, e encerramento de jornais, televisões e rádios, as "conversas em família" do líder revolucionário Maduro uma noite por semana na televisão, a perseguição à oposição e os presos políticos do "socialismo bolivariano para o século XXI", a tortura praticada pelas milícias, polícias e forças militares em total impunidade, o poder judicial submetido ao poder político, e a ditadura fascista do Estado Novo de Salazar e Caetano de que os comunistas e o PCP foram as principais vítimas.
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Já não é o elogio, nem a apologia, nem a saudação, é uma notícia, em forma de notícia, atrás do "Breves", na secção "Internacional", logo a seguir à abertura, feita com um israelita bom.
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«EUA projectam reforço militar no Leste europeu
Cerco imperialista à Rússia»
«Mugabe denuncia
potências ocidentais»
«16 de Junho de 1963
– Valentina Tereshkova torna-se
a primeira mulher a ir ao espaço»
[Na imagem a manutenção da múmia de Lenine]
Ver o Avante! , órgão oficial do Partido Comunista Português, a dar voz ao back in the USSR de Vladimir Putin e a passar a perna ao Partido Comunista da Federação Russa, partido irmão de Guennadi Ziuganov e herdeiro do PCUS, é algo absolutamente delicioso.
«Rússia não será outra Jugoslávia»
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Há quem tenha chorado de alegria com as imagens da queda do Muro de Berlim na MTV.
E há quem chore baba e ranho com saudades das imagens do Muro de Berlim da miséria, da infelicidade, da dor e da morte alheia, ainda a preto-e-branco.
Quando vierem com a lengalenga da "política patriótica e de esquerda" a gente lembra-se da "reacção e da social-democracia" a celebrar «mais do que a queda do muro de Berlim» e, na hora de optar e fazer escolhas, as pessoas votam na "reacção" porque não querem para elas aquilo que não gostam de ver fazer aos outros.
Obrigado PCP, vanguarda da classe operária e sempre, sempre ao lado do povo.
«Perante a campanha anticomunista de intoxicação da opinião pública desencadeada a pretexto da passagem de 25 anos sobre a chamada «queda do muro de Berlim», o PCP considera necessário afirmar o seguinte [...]»
Para quem quiser, ainda que por breves instantes, regressar à realidade surrealista socialista do Portugal de 1974 continua a ler aqui. Para quem nasceu depois de 1974 e só pela boca de terceiros teve contacto com a realidade surrealista socialista do Portugal de 1974 continua a ler aqui.
A divisão da Polónia entre Estaline e Hitler só foi assinada «depois de os soviéticos terem perdido todas as esperanças numa aliança com ingleses e franceses para travar o nazismo», a ocupação das repúblicas bálticas [Estónia, Letónia, Lituânia] só aconteceu «depois de os soviéticos terem perdido todas as esperanças numa aliança com ingleses e franceses para travar o nazismo», o massacre de Katyn na Polónia só aconteceu «depois de os soviéticos terem perdido todas as esperanças numa aliança com ingleses e franceses para travar o nazismo», o compasso de espera ordenado por Estaline ao Exército Vermelho nas margens do rio Vístula para dar tempo enquanto os nazis na outra margem acabam a operação de limpeza só aconteceu «depois de os soviéticos terem perdido todas as esperanças numa aliança com ingleses e franceses para travar o nazismo», que quase metade dos 23 milhões de soviéticos mortos durante a II Guerra Mundial tenham sido vítimas de um Estaline paranóico e com a mania da perseguição, dedicado a purgar as cúpulas das forças armadas substituídas por fiéis e acéfalos comissários políticos que de guerra não sabiam nada, também foi só «depois de os soviéticos terem perdido todas as esperanças numa aliança com ingleses e franceses para travar o nazismo». A Pátria do PCP parece ser a URSS. É o que temos.
[Na imagem poster soviético de propaganda]
A mesma maçã riscadinha de Palmela que o banco do Estado, pejado de administradores nomeados pela maioria PSD/ CDS-PP, decidiu "condenar", enquanto salvava da condenação o projecto falido, de uma imobiliária falida, para o entregar de mão beijada ao "camarada" Belmiro de Azevedo, como aqui se dá conta.
É o mui famoso "regresso à terra" e investimento na agricultura que este Governo, com especial ênfase para os ministros do CDS, Paulo Portas, Assunção Cristas, Pires de Lima, não se cansam nunca de papaguear.