"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O que nós gostavamos todos de saber é quanto é que foi, em percentagem e em euros, o aumento para o bolso do contribuinte entre 2011 e 2014 no pagamento pelo Governo a agências de comunicação [e já agora o nome das agências e quem é quem nas "relações perigosas" com o poder] para plantarem notícias nos jornais a enaltecer o espírito de missão e o serviço público e a defesa do Estado social pelo Governo PSD/ CDS, por coincidência e só por coincidência logo logo logo a seguir ao caso dos doentes com hepatite C, danos colaterais "custe o que custar".
Em Portugal há "conflitos de interesses"? Basta visitar os currículos dos deputados à Assembleia da República e maravilharmo-nos com as suas profissões e empregos e as comissões parlamentares que integram; de ondem os ministros vieram e para onde os ex-ministros vão. "Conflito de interesses"? Mas qual "conflito de interesses"? Deixem-se disso, pah!
Numa coisa estamos todos de acordo: "Há um sistema organizado que não se altera por diploma". É o “sistema” que parasita duplamente todos contribuintes em benefício, e para enriquecimento de alguns, quando pagamos 20 e só necessitamos de 10; quando o Estado todos nós comparticipamos 20, de 10 que acabam invariavelmente do caixote do lixo.
Adenda: Assim de repente lembrei-me da entrada de José Sócrates, cheio de gás no primeiro Governo da maioria absoluta, disposto a combater o lobby das farmácias…