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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| Envergonha a democracia

por josé simões, em 04.06.14

 

 

 

E envergonha e descredibiliza o sistema político português.

A Assembleia da República, ao invés de órgão de fiscalização da acção governativa, como correia de transmissão do Governo num incidente inventado com o Tribunal Constitucional, de contornos pouco claros e cujo objectivo ainda falta perceber.

 

Depois, no day aftter das eleições legislativas, abundam as análises muito profundas à roda do tema "ah, e tal, a abstenção aumentou, os portugueses estão desligados dos partidos e descrentes da política”. Ninguém diria.

 

[Imagem fanada ao Nicholas]

 

 

 

 

 

 

||| O poder das marcas

por josé simões, em 13.02.14

 

 

 

O princípio é sempre o mesmo. Não há dinheiro para a educação? As escolas e as universidades que façam parcerias com "as marcas". Mão há dinheiro para a saúde? Os hospitais que façam parcerias com "as marcas". Não há dinheiro para a investigação? Façam parcerias com "as marcas". E depois, com "as marcas" dentro do campus, dentro dos hospitais, dentro dos centros de investigação, se "as marcas" quiserem ditar as políticas educativas, as políticas de saúde, o que deve ou não deve ser investigado, isso é lá com "as marcas", assim como é de "as marcas" o dinheiro que financia e patrocina as escolas, as universidades, os hospitais, os centros de investigação, já que ao Estado, pela ausência, cabe a função de facilitador de negócios, às "as marcas".

 

Que a senhora presidente da Assembleia da República queira estender estes mui liberais princípios a um órgão de soberania, eleito pelo voto popular, não devia estranhar a ninguém, afinal é só mais um personagem da tralha cavaquista, saída das listas dos liberais que são social-democratas/ dos social-democratas que são liberais [riscar o que não interessar], com a reforma patrocinada pela marca "Contribuinte" e a tentar fazer com a casa da democracia o que o Governo, suportado pela bancada parlamentar de onde saiu, faz com o país.

 

«A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, colocou em cima da mesa a hipótese de recorrer ao mecenato (patrocínio) para suportar os custos financeiros de algumas iniciativas para assinalar o próximo 25 de Abril.»

 

 

 

 

 

 

||| Daqui a nada em modo FIFA

por josé simões, em 29.11.13

 

 

 

Proibir o povo de entrar na casa do povo e da Democracia era lenha para a fogueira desta amostra de democracia, em serviços mínimos, e ainda assim requisitados. Por isso vai haver reflexão, reflexão, e mais reflexão, e vão falar muito e interminavelmente, tipo reunião de condomínio, e depois vão continuar a reflectir, com alguns deputados e grupos parlamentares na casa dos espelhos. E, no final da reflexão, vão acabar por adoptar as directivas da FIFA para quando há bordoada nas bancadas dos estádios: não autorizar a transmissão de imagens. Quem não sabe é como quem não vê, vox pop.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Perfeitamente de acordo

por josé simões, em 11.07.13

 

 

 

Os senhores deputados não foram eleitos para ter medo e, além de outras coisas, também foram eleitos para serem respeitados. Acontece que os cidadãos que elegem deputados que formam maiorias que constituem governos, também não podem ser vítimas de políticas de medo e de estratégias manhosas de divisão da sociedade entre público e privado/ velhos e novos, da parte de quem recebeu o seu voto para entrar na casa da Democracia, nem o seu sentido de voto deve ser desrespeitado por quem, em campanha eleitoral, prometeu uma coisa e depois de eleito faz exactamente o seu contrário. Só lhes resta então gritar e receber de volta insultos, na forma de "metáforas" estapafúrdias, de quem em idade activa se encontra no passivo a expensas do dinheiro dos seus impostos.

 

[Imagem "Fuck Slut" by Devitt Brown]

 

 

 

 

 

 

|| Da cobardia

por josé simões, em 24.04.13

 

 

 

Além da maçada que é para o actual poder político [Presidente da República e Governo] celebrar a Liberdade, o Dia da Liberdade, e ouvir o povo olhos nos olhos, saudosos que são do respeitinho e da vénia com a espinha bem dobrada.

 

[Imagem]

 

Adenda: Se dúvidas houvessem de que o actual poder instalado não é representativo da vontade popular, a presidente da Assembleia da República fez questão de nos lembrar e confirmar.

 

 

 

 

 

 

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 29.01.13

 

 

 

Nas universidades de Verão do PSD não ensinam aos petizes o significado dos termos "Democracia" e "Estado de Direito", nem sequer e os seus princípios básicos e funcionamento, depois dá nisto, ataques de desespero e birra:

 

 

«Se isso acontecer, será o mais violento ataque ao funcionamento da nossa democracia, ao respeito pelas regras do nosso Estado de Direito e pelo funcionamento do nosso sistema político e de Governo previsto na Constituição»

 

[Imagem de Thomas Michael Alleman]

 

 

 

 

 

 

|| O que a gente vê, daqui, do lado de fora

por josé simões, em 02.05.12

 

 

 

E o que mais impressiona no affair Conde Rodrigues é… Conde Rodrigues himself. Acossado por todos os lados e de todos os quadrantes, continua impávido e sereno, como se não fosse nada com ele, sem sequer lhe passar pela cabeça manifestar publicamente a sua indisponibilidade para ocupar o cargo e, consequentemente, retirar a candidatura. Ah, valente! [ironia].

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Coisas inconcebíveis em Portugal

por josé simões, em 15.02.12

 

 

 

Carnaval sem cabeçudos, Governo sem cabeçudos, Parlamento sem cabeçudos.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| O Donaltim

por josé simões, em 09.02.12

 

 

 

O Donaltim era aquele boneco que aparecia na televisão a preto-e-branco sentado ao colo de um senhor a dizer coisas que na realidade não dizia e que eram ditas pelo senhor ao colo do qual se sentava, e que tinha o braço enfiado por dentro do pobre boneco, à laia de coluna vertebral, ao mesmo tempo que com a mão lhe dava movimentos à boca enquanto desenvolvia ele próprio um discurso, com a boca fechada e sem mexer os lábios.

 

O Donaltim não podia ser imputado porque não tinha culpa de nada, não tinha culpa de ser boneco.

 

«a "praxe parlamentar que ao longo do tempo poupa o primeiro-ministro de ir às comissões", a "fixação [no regimento] do debate quinzenal", e a "racionalidade no modo como se exerce o controlo político do Governo pelo Parlamento"»

 

CAPÍTULO III

FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO

 

Artigo 15.º

(Audições)

 

4. Cada grupo parlamentar pode utilizar uma vez, por sessão legislativa o direito potestativo de requerer  a audição de membros do governo ou de qualquer entidade.

 

 

 

 

 

 

|| As lições do menino Tonecas

por josé simões, em 21.06.11

 

 

 

Primeira lição aprendida: quem manda na coligação não é o mais votado, é o mais inteligente e o mais astuto.

 

Segunda lição aprendida: apesar dos partidos e das negociatas pré-eleitorais, quem manda no Parlamento são os parlamentares

 

Para começo não está mal.