|| Do bom senso
Não deixa de ser no mínimo curioso ver quem se entreteve desde 2005 a perseguir e a multar actividades de carácter artesanal e de subsistência familiar, e cujas origens se perdem nos fundos dos tempos, como os [raros] produtores de medronho nas serras algarvias que escaparam à eucaliptização, e os [poucos] produtores de azeite nas aldeias da Guarda, quase todas desertas pela emigração, passando por outras mais recentes, completamente inócuas, e que fazem parte do imaginário colectivo de todos os portugueses, que vão desde os vendedores de bolas de Berlim nas praias até aos galheteiros, colheres de pau ou pão destapado dentro das cestas em cima das mesas dos restaurantes, apelar para o bom senso «num caso que consideram ser “imoral e leviano”».
Bom senso no vocabulário da ASAE. Deixa-me rir.
[Imagem de autor desconhecido]