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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Democracia é quando a direita quiser

por josé simões, em 03.06.25

 

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Um terrorista-bombista não foi eleito vice-presidente do Parlamento e o taberneiro teve um choque de frente com a realidade e com a democracia, uma deslealdade para com o segundo partido, disse ele, depois de na legislatura anterior toda a sua bancada se ter literalmente cagado para a lealdade e boicotado a eleição do presidente do Parlamento, deputado oriundo da bancada maioritária. E depois foi comovente ver um bronco saído da série interminável produzida pelas jotas partidárias, alçado líder de grupo parlamentar, bem sucedido na vida à pala do cartão do partido,  ao telefone com o taberneiro a alinhavarem acertos de contas com o voto privado dos deputados das respectivas bancadas. E ainda mais comovente foi ver a segunda figura da hierarquia do Estado, eleita inter pares, a explicar-se na bancada do partido da taberna no fim do plenário, depois de na anterior legislatura ter sido enxovalho, na eleição e na legislatura, pelos apóstolos do taberneiro.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

"Cumprir Abril"

por josé simões, em 25.04.25

 

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No final do habitual chorrilho de mentiras em alta gritaria o taberneiro disse que ele e o partido da taberna é que iam "cumprir Abril" sendo efusiva e longamente aplaudido de pé pela bancada do grupo de excursionistas que chefia para gáudio dos capitães de  Abril presentes nas galerias.

 

 

 

 

Morder a mão de quem lhe deu de comer

por josé simões, em 13.03.25

 

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Pedro Nuno Santos fez pior à democracia em seis dias do que Ventura em seis anos

 

O PS meteu Carlos Costa no Banco de Portugal; o PS meteu Marcelo na Presidência; o PS meteu José Pedro como segunda figura do Estado. Do que é que o PS se queixa concretamente?

 

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Um Governo de manhosos, suportado por uma bancada parlamentar de manhosos

por josé simões, em 11.03.25

 

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Tentar transformar a discussão de uma moção de confiança proposta pelo Governo na discussão de uma comissão parlamentar de inquérito decidida por um partido da oposição; às claras,  na cara do Parlamento e com todo o povo a assistir pelas televisões, propor uma negociata de bastidores para evitar a moção de confiança levada a plenário pelo Governo; na 24.ª hora disponibilizar-se para responder a todas as dúvidas dos deputados, depois de duas semanas a fugir às questões levantadas, pelos deputados e pela comunicação social, enquanto se desviava para canto com respostas a perguntas que nunca ninguém colocou ou a enrolar conversa em questões de resposta directa; propor uma comissão parlamentar de inquérito nos modo e no tempo decididos pelo objecto da inquirição - o primeiro-ministro; depois de todos os expedientes dilatórios frustrados, começar uma operação concertada de atribuir culpas ao maior partido da oposição por causa das trafulhices cometidas pelo líder do partido no Governo e primeiro-ministro.

 

Quem tem medo de uma comissão parlamentar de inquérito ao ponto de provocar uma crise política e ir a eleições? O que é que Luís Montenegro e Hugo Soares têm a esconder dos portugueses? O que é que o PSD teme do deslindar deste modo de vida que é governar a vidinha não pelo mérito profissional mas pela posição que se ocupa, que se ocupou, ou que se venha a ocupar na vida política? É que as inquirições nas comissões parlamentares de inquérito são como as cerejas, uma trás da outra, e mais gente vai aparecer por arrasto, daí os 15 dias propostos.

 

Um Governo de manhosos, suportado por uma bancada parlamentar de manhosos, um partido de manhosos.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O Guião

por josé simões, em 06.03.25

 

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Luís Montenegro, primeiro-ministro sem saber ler nem escrever, que até há coisa de um ano o único contributo para a cousa pública tinha sido desempenhar o papel de "ponto" de Passos Coelho e, como o profissional que fica dentro de uma caixa na boca do palco e dá as dicas aos actores quando se esquecem das falas, profissionalmente dava as dicas pré-acordadas com o primeiro-ministro para este poder discorrer longamente quão boa e maravilhosa era a sua governação, ao invés da oposição que o confrontava com questões incómodas, continua na boca de palco, escondido no guião pré-estabelecido, captado pela lente do fotojornalista da Agência Lusa Manuel de Almeida. Está politicamente morto e ninguém no partido tem coragem de lhe dizer.

 

"Às vezes, tenho mais que fazer do que estar a responder-lhes todos os dias, senhores deputados". Sobre a percepção, tema que lhe é caro, do que é uma democracia parlamentar estamos conservados conversados.

 

 

 

 

Por quem se governa

por josé simões, em 28.02.25

 

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O Parlamento foi desafiado por Bacelar Gouveia a clarificar a lei para impedir prescrição do denominado Cartel da Banca. Propõe o constitucionalista "lei interpretativa" para sublinhar o que a lei já prevê: que processos ficam suspensos em Portugal enquanto são apreciados no Tribunal de Justiça da UE. No Reino Unido os bancos assumiram o "erro", em Portugal não, contestaram a investigação, litigaram em tribunal. Partindo daqui podemos apostar que este apelo vai entrar pelo parlamento a 100 e sair a 200, podemos até adivinhar quais os partidos que vão votar a favor e quais os que vão votar contra. E num país com um mínimo de cultura cívica e democrática, de exigência cidadã, estes partidos seriam fortemente penalizados nas próximas eleições.

 

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A mesma coisa

por josé simões, em 19.02.25

 

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Presidente de clube, sob vigilância da UEFA e com as receitas futuras hipotecadas, proibido pelo antecessor de estar presente no seu funeral, faz comunicado a acusar os rivais de não marcarem presença no funeral onde não pode ir, nem de sequer enviarem uma nota de condolências pela morte de quem os considerava inimigos e não adversários, e que passou todo o consulado a instigar o ódio e a fomentar a divisão.

 

Chefe de partido pejado de malfeitores - de ladrões de igreja a ladrões de malas, passando por acusações de pedofilia, ódio racial, tentativa de homicídio, falsificação de identidade, violência doméstica, e um longo et caetera, aproveita suspeita sobre idoneidade do primeiro-ministro para avançar com moção de censura ao Governo no Parlamento.

 

Podem parecer coisas diferentes mas são a mesma coisa.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Feios, porcos e maus

por josé simões, em 14.02.25

 

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"É muito feio gozar com as pessoas", eu, criança, pela mão da avó Ilda. "Nunca faças aquilo", quando nos cruzámos na rua com alguém que estava a ser achincalhado por outrem. "a bancada do Chega teceu inúmeros insultos a vários deputados e contra a deputada Ana Sofia Antunes, a quem declararam injúrias como "aberração", "drogada" ou "pareces uma morta"". "Mais feio que gozar com alguém é gozar com alguém portador de uma deficiência", exaltou-se a minha mãe uma vez com dois ou três gandins que na escola atormentavam um miúdo que tinha uma deficiência motora. "Os portugueses quando nos elegeram não nos elegeram para sermos polícias uns dos outros". Não receberam educação em casa, um e os outros. São feios, porcos e maus, apesar de usarem fato de corte italiano e se deslocarem em alta velocidade. Mal-formados. Merecem desprezo. Não prestam.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Da ética na taberna

por josé simões, em 24.01.25

 

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Os deputados que estão sentados ao lado do agressor de um árbitro de futebol num torneio infantil; os deputados que estão sentados ao lado de um devedor ao fisco com o nome na Lista Pública de Execuções e que usa identidade falsa; os deputados que estão sentados ao lado de um condenado por roubo de caixa de esmolas; os deputados que estão sentados ao lado de um detido duas vezes nos States por "fraud immigration"; os deputados que estão sentados ao lado de um arguido por prestar falsas declarações em tribunal; são os deputados que não querem estar sentados ao lado de um alegado ladrão de malas em aeroportos. Espectáculo!

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

100 anos de Mário Soares

por josé simões, em 06.12.24

 

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E o taberneiro meteu Mário Soares a dizer coisas que Mário Soares nunca disse; e o taberneiro descontextualizou coisas ditas por Mário Soares para proveito da sua arenga; e o taberneiro acusou Mário Soares pela descolonização que o regime fascista não quis fazer e que esteve na génese da revolução que o havia de derrubar; e o taberneiro só disse as merdas que disse, diz, e há-de continuar a dizer, porque Mário Soares lutou para que isso pudesse acontecer. E esteja lá onde estiver Mário Soares deve estar satisfeitíssimo com o palavrório do taberneiro na evocação do seu centenário.

 

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Adenda: Onde se recupera um post escrito aquando da morte de Mário Soares, Mário Soares on the beach

 

 

 

 

"Ridi, Pagliaccio, e ognun applaudirà!"

por josé simões, em 30.11.24

 

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Quando um palhaço se muda para um palácio, o palhaço não se converte num rei, o palácio é que se converte num circo

 

Provérbio turco

 

 

 

 

O "desprestígio das instituições"

por josé simões, em 18.10.24

 

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Depois de chumbado o nome proposto pelo PSD para o Constitucional, uma meritíssima juíza que acha haver "um conflito entre a vida intrauterina e o direito da mulher dispor do seu corpo", Hugo Soares, um bronco carreirista com zero de substância que acha que os direitos, o bem estar e a felicidade de terceiros, devem ser referendados, no caso da co-adopção e adopção de crianças por casais do mesmo sexo, proposta prontamente chumbada pelo tribunal Constitucional, e que enquanto líder da jota defendeu o fim da educação e saúde gratuitas, apareceu feito sonso com o "motivo de desprestígio das instituições" e que o chumbo de Maria Tomé "coloca em causa aquilo que é o normal funcionamento deste tipo de eleição", sabendo perfeitamente que as instituições se prestigiam aos olhos dos cidadãos quando as matérias são decididas e votadas às claras, sem arranjinhos de bastidores, com os deputados a votarem de acordo com o que a sua consciência lhes dita.

O guião seguido pelo Partido Republicano nos States, de a pouco e pouco ir minando o Constitucional com, entre outros, "juízes de visões conflituosas entre a vida intrauterina e o direito da mulher", até ao ponto da maioria republicana que o domina considerar Trump inimputável por crimes cometidos enquanto presidente, para já está a falhar em Portugal.

 

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O estado da danação

por josé simões, em 04.10.24

 

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Quando podes chamar porco fascista a alguém que esse alguém só vai reclamar do porco.

 

Nota: Post escrito ao abrigo da "liberdade de expressão" defendida pela segunda figura do Estado, José Pedro Aguiar-Branco, presidente da Assembleia da República

 

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Mães, Esposas, Noivas de Portugal

por josé simões, em 11.09.24

 

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O peso do sexo feminino é hoje superior a dois terços, ou perto de 90% se considerada a faixa etária até aos 30 anos. Esta circunstância constitui um fator de constrangimento em caso de gravidez, gravidez de risco, gozo de licença parental e licenças de amamentação

 

Lucília Maria das Neves Franco Morgadinho Gago, Procuradora-Geral da República, aos 11 dias do mês de Setembro do Ano da Graça de 2024 em audição perante os deputados na Assembleia da República.

 

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"Dia 4 às 15 horas"

por josé simões, em 01.07.24

 

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Na convocatória para a cercadura ao Parlamento, a páginas tantas, o taberneiro diz "dia 4 às 15 horas" enquanto faz com a mão direita o gesto três dedos e um zero que, em linguagem gestual, todos já vimos no canto do ecrã a tradução, significa "dia 4 às 15 horas" e não o símbolo White Power dos supremacistas brancos e, por coincidência e só por coincidência, também o símbolo do Movimento Zero nas polícias, aqueles senhores e senhoras que nos grupos WhatsApp, Telegram e contas fechadas no Facebook se dedicam a insultar imigrantes e gente de outras cores, para, mais rápidos que a própria sombra, os ditos zeros responderem ao apelo do chefe e gritado presente. Nas televisões, rádios, jornais, que andaram com o senhor ao colo e o engordaram, ninguém deu por nada, mesmo depois de elevados à categoria "Inimigos do Povo". Espectáculo!