"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
A hastag #OGiganteAcordou [O Gigante Acordou] no Instagram, à hora em que publico este post, já leva qualquer coisa como 445 103 e fotos publicadas.
Uma boa base de trabalho para os sociólogos e para a sociologia política.
Adenda: Gastar 9 329 caracteres a escrever sobre "Os perigos do antipartidarismo" sem referir que a principal razão que levou a que milhões de pessoas saíssem para as ruas, dias seguidos, a gritar contra os partidos, se deve ao establishment e à praxis desses mesmos partidos, tendo recebido de volta a polícia, tal e qual ela era no tempo da ditadura militar, e que prendeu e torturou aqueles que agora ocupam a cadeira do poder, é obra! Ou então é-se pago ao metro de papel preenchido.
Anda uma pessoa a aprender na escola e a ler em tudo o que é jornal e a ouvir a toda a hora em tudo o que é debate e entrevista que os custos de produção são os factores com maior peso na competitividade das empresas, para isto.
É uma chatice não ter acontecido em Gaza às mãos dos novos nazis do imperialismo sionista para poder ser usado como bandeira dos mártires ou como esfinge na proa de uma qualquer flotilla humanitária. Diria mesmo, uma chatice do caralho!
«Esta semana, Paulo Rangel denunciou no Parlamento Europeu os ataques à liberdade de imprensa por parte de José Sócrates. Há três meses, Paulo Rangel votou contra uma resolução do Parlamento Europeu que denunciava os ataques à liberdade de imprensa por parte de Silvio Berlusconi. Paulo Rangel é do partido que faz oposição a Sócrates. O partido de Paulo Rangel é do mesmo grupo europeu que o de Berlusconi.»
«A desertificação de um partido por uma liderança, mais do que denunciar a ausência de boas cabeças, indicia a existência de um certo tipo de repressão interna. Por isso, quando o tempo dessa liderança se esgota, não cai apenas o líder e o seu núcleo; também os que compactuaram, copiando-lhe a prepotência e a malcriadez e procurando justificar o que não tem justificação, perdem o seu espaço.»
A propósito destra troca de argumentos entre Maria João e Daniel Oliveira, e não querendo meter o bedelho em conversa alheia, a atenção para o artigo de John Lichfield no The Independent:
Rise of Rachida Dati: The minister, the 'virgin bride' and the row that's dividing a nation
“Under Article 180 of the French civil code, a marriage partner can demand an annulment if his or her spouse fails to fulfil an "essential" part of their pre-wedding agreement.
The court's decision was made public late last week. It was made clear that the crucial point was not the bride's lack of virginity but her lack of truthfulness. She had misled her partner. "Married life began with a lie, which is contrary to the reciprocal confidence between the married parties," the court ruled.”
(…)
“The ruling can be read that way. Fundamentalist Islam does not demand virgin bridegrooms, only virgin brides. The judgement is also, however, a fairly logical application of France's existing marriage law. Several devout Catholic spouses have won similar annulments on the grounds that their partner had lied to them and concealed a previous divorce. Devout Catholics have a right, under French law, to demand undivorced spouses. That does not mean that French courts disapprove of divorce.”
Daniel Oliveira, autor do blogue Arrastão, foi condenado pelo Tribunal do Funchal a pagar dois mil euros de indemnização a Alberto João Jardim por ter publicado um texto onde se referia ao Obélix da Madeira como «Palhaço».
O senhor Alberto João Jardim que não quer ser «Palhaço» e a quem o Tribunal deu razão na acção contra Daniel Oliveira, é aquele senhor cujo desporto favorito é insultar meio mundo e ainda a outra metade, na maior das impunidades e a coberto da imunidade que o seu cargo lhe concede.
Entretanto, e como se não fosse suficiente, Daniel Oliveira meteu-se noutra “alhada”. Circula na net uma petição contra ele, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores Humorístico-Circenses (STHC), que não quer misturas, nem ser confundido com o senhor Alberto João. (Ver aqui quem já assinou, e quem falta assinar).
A primeira imagem é do muro que divide Gaza de Israel.
A segunda imagem é do muro que divide Gaza do Egipto.
São os símbolos da triste realidade do dia-a-dia do comum dos habitantes da faixa mais mediática do planeta.
Ontem o Hamas numa operação que levou meses a preparar, derrubou o muro do lado egípcio. Uma operação desta envergadura, com meses de preparação, tem um objectivo nitidamente mediático.
É censurável um muro como este em pleno século XXI? Sem dúvida. Sem discussão. Mas uma coisa Israel conseguiu com a construção do muro: proteger, não o seu povo, mas os seus cidadãos dos atentados suicidas cobardes, levados a cabo pelo Hamas e outros jihadistas. Custa engolir mas é verdade: desde a construção do muro os atentados suicidas acabaram em Israel. Agora o perigo vem pelo ar, em forma de rockets, disparados do mesmo local donde vinham os bombistas-suicídas.
Fala-se do PC; nem que seja com quase três meses de atraso!
No dia 23 de Agosto apareceu nas páginas do Avante! assinado por Correia da Fonseca um artigo sobre o Muro de Berlim. Na devida altura, e que tivesse dado por isso, só quem chamou a atenção para o artigo foi o João Tunes no Água Lisa (aqui) e o Der Terrorist. Aproveitei até para publicar 12 – posts – 12, baseados na obra de Tony Judt, Pós-Guerra – História da Europa desde 1945; onde a história da Europa no geral, e neste particular, a Alemanha do pós-guerra e toda a envolvente política militar e económica que levaram à construção do Muro são minuciosamente explicadas.
O Diário de Notícias descobriu o artigo de Correia da Fonsecahoje. Antes tarde do que nunca. Mas uma vez que o Daniel Oliveira tinha abordado o assunto na véspera, só posso concluir que João Marcelino e os seus colaboradores são leitores assíduos do Arrastão. E congratulo-me por isso! Como já vem sendo norma, mais uma vez a comunicação social a reboque dos blogues. Parabéns ao Arrastão!
(Foto via Time Magazine)
Adenda: Para os interessados aqui ficam os links para os posts publicados em Agosto / SetembroAinda há quem aposte em distorcer e moldar a História: I; II; III; IV; V; VI; VII; VII; IX; X; XI; XII
Ritinha, uma menina muito saudável que só gosta do fumo dos crematórios de Auschwitz.
"Pessoalmente, apoio algumas ideias do nacional-socialismo. Uma das primeiras campanhas anti-tabágicas foram feitas no III Reich. Os agentes da SS não podiam ser vistos a fumar em lugares públicos porque já havia essa consciência de que era preciso preservar o povo alemão dos seus malefícios..."
Rita Vaz, líder da Juventude Nacionalista ao Público.