Sign O' The Times, LXXVII
Sign O' The Times, Capítulo LXXVI
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Sign O' The Times, Capítulo LXXVI
Sign O' The Times, Capítulo LXXI
Global Climate Strike 20 - 27 Sept. #ClimateStrike in Lisbon
[Aqui]
Using temperature data from around the world, climate scientist Ed Hawkins has built a tool for viewing the “climate stripes” for almost any location, a data visualization that represents the change in temperature over time over the past 100+ years. [Via].
[Na imagem "Europe, Portugal, 1901-2018"]
Nos 80s, com o PCP acabadinho de inventar o Os Verdes para cavalgar a onda "Atomkraft? Nein Danke" e "No Nukes" que começava a ganhar forma como movimento político alternativo na Alemanha e que nos chegava no Verão em forma de carrinhas "pão de forma" ao litoral alentejano, Costa Vicentina e barlavento algarvio, as câmaras municipais CDU plantavam cartazes na borda da estrada nos limites do concelho com "Concelho de tal, livre de armas nucleares", como se isso valesse alguma coisa num país ainda na era das centrais a carvão, o exército equipado com obus OTO Melara dos anos 50, e com uma autoestrada para o sul a terminar em Setúbal. Trinta anos depois o Bloco de Esquerda pede ao Governo que declare "estado de urgência climática" e a cidade de Nova Iorque "declares a climate emergency", a primeira cidade com mais de um milhão de habitantes a fazê-lo nos States. E isto vale o quê? Zero, nada. Circo de que as pessoas estão fartas. Acção e medidas concretas é o que se pede.
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"The Problem With Putting a Price on the End of the World", a capa do The New York Times Magazine.
A capa da M Le magazine du Monde
De um acordo que, por ficar muito aquém daquilo que era exigido, é um fiasco. Imaginemos que era um acordo a sério.
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"Climate change photographer wins the first Jackson Pollock Prize for Creativity"
Da hipocrisia ocidental que deslocaliza industria para o terceiro mundo como forma de contornar legislação ambiental e que fecha os olhos à campeoníssima China das emissões de CO2 e dos atentados ambientais e ecológicos porque há que fazer negócio no império do crescimento de dois dígitos e eles são muitos, consumidores e produtores baratos.
Destruir a floresta tropical e os cursos de água com a exploração petrolífera? Pode. Um VW emitir gasaria acima da média definida por quem destrói a floresta tropical e os cursos de água? Não pode.
Destruir irremediavelmente o Árctico por causa do petróleo e do gás natural? Pode. Um VW emitir gasaria acima da média definida por quem destrói irremediavelmente o Árctico? Não pode.
Desflorestar o Amazonas e a floresta húmida por causa das madeiras que fazem os soalhos e os móveis do luxo ocidental? Pode. Um VW emitir gasaria acima da média definida por quem destrói o Amazonas e a floresta húmida? Não Pode.
Abrir crateras em serras e montanhas, e até em parques e reservas naturais, no saque aos mármores e à pedra que faz o cimento das casas do bem-estar ocidental? Pode. Um VW emitir gasaria acima da média estabelecida por quem abre crateras em serras e montanhas, e até em parques e reservas naturais? Não pode.
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Ainda há pouco tempo a SIC Notícias passou uma reportagem sobre os candidatos ao congresso pelo estado da Califórnia, alguns luso-descendentes, eleitos pelo Partido Republicano contra as políticas restritivas do consumo de água impostas pela administração Obama, com o argumento dos milhões de dólares que deixaram de ganhar anualmente tiveram de prejuízo com o arbítrio que é a intervenção do Estado limitativa do livre empreendedorismo das pessoas e da criação de riqueza e do american way of life e bla-blah-blah.
A capa da Bloomberg Businessweek
Era o nome de um programa de televisão, quando o ambiente e a ecologia ainda não estavam na ordem do dia, e que dava uma vez por semana na RTP a preto-e-branco.
"Só há uma terra" podia ser o lema, mesmo para os negacionistas que, com uma agenda ideológica escondida, ignoram e recusam que o aquecimento global é uma realidade, com o argumento de que obedece… a uma agenda ideológica! Até porque só há mesmo uma terra.
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