"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Quando era criança, havia à porta do cemitério de Nossa Senhora da Piedade em Setúbal um maluco que, esperava a chegada dos funerais, para, juntamente com o cortejo fúnebre, entrar a chorar que nem uma Madalena atrás do caixão, como se fosse familiar ou amigo do defunto. E repetia a operação quantos funerais houvessem durante o dia; durante os dias do ano.
No dia 22 lá estive em Montemor-o-Velho. Apesar de não ter recebido nenhuma notificação do Tribunal, por carta registada com aviso de recepção, por carta normal, por e-mail, ou sequer por sms. À hora aprazada fui chamado em voz alta pelo meirinho e encaminhado para a sala das testemunhas de defesa. Em voz alta tornei a ser chamado a depor perante a juíza, a delegada do Ministério Público, advogados e restante sala pouco composta. Depois de dizer quem era, jurei dizer a verdade e só a verdade, sem Bíblia que isto não é a América. E disse. Fui dispensado, e que se voltassem a precisar de mim avisavam. Não sei como, já que daquela vez não tinham avisado.
Não me foi pedido qualquer tipo de identificação, nem sequer o cartão de sócio do Vitória de Setúbal. Isto num país em que é preciso fazer prova de vida para tudo e mais alguma coisa.
À imagem do “maluco do Cemitério” não se arranja por aí um “maluco do Tribunal”, ali à porta, disponível para fazer as vezes das testemunhas que por não terem sido convocadas não aparecem, mas ainda assim são chamadas em voz alta pelo meirinho?
No meu caso era “muitos em um”: evitava a multa por faltar à audiência, evitava faltar ao trabalho, evitava ter de sair de casa ás 6 da manhã, evitava papar 550 quilómetros ida e volta, evitava gastar 50€ em combustível, e evitava pagar 30€ de portagens…
O que se segue foi integralmente copiado no Apdeites. É ler o texto do João Graça e, acima de tudo, ver as imagens. Nada mais tenho a acrescentar. Cada um que tire as suas conclusões:
«Já toda a gente ouviu falar de Hollywood, essa extraordinária máquina de produzir barretes, mas se calhar ainda pouca sabe que existe uma imitação palestiniana da “Meca” cinéfila.
De facto, há muito quem diga que em Pallywood se produzem também esplêndidas peças de cinema que, ao contrário dos estúdios originais americanos, se destinam não às salas de espectáculos mas antes aos mais insuspeitos meios de comunicação social.
Como todos sabemos, os banhos de sangue na Palestina entram-nos casas adentro, via imagens de TV e notícias de jornal, de uma forma tão intensa e constante que não nos deixa qualquer tempo para pensar: por exemplo, poucos se interrogarão como será possível que as balas e os mísseis israelitas apenas acertem infalivelmente em civis inocentes e que as bombas palestinianas não façam mais do que uns buracos no chão, por regra sem matar ou sequer ferir seja quem for.
Não será pelo menos um pouco estranho que existam sempre tantas filmagens e fotografias de um lado e quase nada do outro? Como se pode explicar que em diversas situações de tiroteio, de emergência, de aflição extrema, apareçam sempre tantos grandes planos das mesmas cenas?
Será possível que o horror possa servir como arma de propaganda? Haverá algo mais do que a guerra por detrás das terríveis notícias que nos chegam do Médio Oriente?»
MANIFESTO EM DEFESA DA LÍNGUA PORTUGUESA CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO
(Ao abrigo do disposto nos Artigos nºs 52º da Constituição da República Portuguesa, 247º a 249º do Regimento da Assembleia da República, 1º nº. 1, 2º n.º 1, 4º, 5º 6º e seguintes, da Lei que regula o exercício do Direito de Petição)
Ana Isabel Buescu António Emiliano António Lobo Xavier Eduardo Lourenço Helena Buescu Jorge Morais Barbosa José Pacheco Pereira José da Silva Peneda Laura Bulger Luís Fagundes Duarte Maria Alzira Seixo Mário Cláudio Miguel Veiga Paulo Teixeira Pinto Raul Miguel Rosado Fernandes Vasco Graça Moura Vítor Manuel Aguiar e Silva Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho Zita Seabra
«O Mais Gasolina é um directório interactivo de postos de abastecimento de Portugal, com a localização de vários postos, o preço actualizado dos combustíveis e outras informações úteis aos automobilistas.»
“Confesso que, pessoalmente, não gosto nem um bocadinho da personagem. Estou no meu direito, não é assim? Sempre o vi, qual campeão de defesa das minorias, na chamada linha da frente do combate ao chamado “racismo”, mas a um “racismo” um pouco sui generis porque apenas funciona para um lado. Qualquer agressão ou violência policial que envolva negros ou ciganos, por exemplo, e lá está ele, de preferência devidamente escoltado pela comunicação social. Contudo, se houver uma qualquer bernarda de gangs de negros, uns contra os outros, ou assaltos destes contra vítimas isoladas de raça branca, aí já não se vê nada, nem o dito senhor nem a sua pressurosa organização aparecem ou sequer se manifestam, pelo contrário, costumam optar por um comprometedor e mais do que prudente silêncio. Para a obscura organização da qual a dita personagem é a face mais mediática e visível, apenas existem três raças humanas à face da Terra: os pretos e os ciganos (que são os bons) e os racistas (que são os maus). E isto explica, de forma extremamente simplificada, voltando ao início, porque é que não gosto da personagem: é que não aprecio particularmente, não detesto, Deus me livre de odiar mas, sinceramente, não aprecio aqueles que me julgam pela cor da minha pele.”
“Digo eu, agora mesmo: e anda tudo a discutir se se pode fumar ou não nas prisões? Chutar na veia, pode. Pendurar quinquilharia em qualquer parte do corpo, pode. Fazer gravuras rupestres em si próprio, pode. Usar camisinha, não vá o companheiro de cela engravidar, ou assim, pode. Usar vaselina, sem ser propriamente para olear as fechaduras, pode. Mas lá fumar o seu cigarrito, não, isso é que não pode.
"A Internet é um espaço de liberdade ou um tugúrio de libertinagem? Os blogs democratizaram a difusão da informação ou apenas servem para lançar a confusão? Deverão os bloggers ser responsabilizados por todos os conteúdos que publicam, incluindo os comentários de terceiros que permitem nos seus blogs?
Estas são três questões na ordem-do-dia, que dizem respeito a todos nós e de cujas respostas depende a sobrevivência deste meio de comunicação. No entanto, essas três questões poderiam facilmente ser condensadas em apenas uma, fundamental, radical e definitiva: a blogosfera tem futuro?
A resposta, infelizmente curta, é: não!" (Ler mais aqui)
Pergunta: O que é preciso fazer para uma visita de um primeiro-ministro português ter repercussão na imprensa norte-americana?
Resposta: É preciso fazer o que fiz nessa altura: para ter repercussão, fala-se com o lóbi judeu, que é muito forte na imprensa de referência norte-americana. Foi assim, por exemplo, que consegui uma entrevista ao primeiro-ministro feita por Lally Weymouth, a filha de Katherine Graham, dona (já falecida) do Washington Post.
Veja-se a transposição do conceito de lóbi para o microcosmo dos blogues, neste excelente artigo de JPG no Apdeites V2.