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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Polícia Internacional e de Defesa do Estado

por josé simões, em 25.10.10

 

 

 

«cinco membros da JCP, quatro raparigas e um rapaz, foram detidos pela PSP quando procediam à pintura de um mural na Rotunda das Olaias, em Lisboa; levados para a esquadra, foram insultados, ameaçados e... obrigados a despir-se. Repito: obrigados a despir-se.»

 

(Via)

 

 

 

 

 

|| Confundir a bandeira do partido com a bandeira duma potência estrangeira

por josé simões, em 02.11.09

 

 

 

Fez-se-me um click quando num belo dia em que se jogava um CCCP – Portugal de apuramento para o Mundial do México e vi uma sala cheiinha de setubalenses de Setúbal de mais de 4 gerações a saltar e a vibrar e a gritar golo de cada vez que o esférico entrava na baliza de Manuel Galrinho Bento. Os “amaricanos” são muito terra-a-terra nestas questões, chamam-lhe traição à Pátria e não se fala mais nisso, mas como o termo “Pátria” foi usado e abusado por Salazar & fascharia limitada é melhor não entrar por aí.

 

Sempre me fez muuuuuita confusão aquela estirpe de portugueses nascidos em Portugal que tomam como suas as dores dos outros e fazem gimnásticas para justificar e o injustificável.

 

(By yhe way, podia ter sido 1 – um – 1 só assassinado por motivos políticos para ser grave demais)

 

 

 

|| A bondade do regime

por josé simões, em 31.10.09

 

 

 

“Só” 799.455 pessoas fuziladas por motivos políticos.

Tiraram-me as palavras da boca.

 

(Imagem de Yevgeny Khaldei via Corbis)

 

 

 

|| Deixa-me rir! (*)

por josé simões, em 10.06.09

 

O gargalhar quando escuto ou leio que, as «leis dos partidos políticos e do respectivo financiamento têm, desde a primeira hora» como objectivo último «atacar o PCP e a sua forma de organização e regras de funcionamento». A presunção; o grau de importância em que o PCP se tem. Como se para “atacar” o PCP fosse necessário recorrer a uma qualquer Lei manhosa. Ou sequer o haver a necessidade de “atacar” o PCP. É d’outro mundo (o PCP). Para “atacar” o PCP basta a contagem de votos no dia das eleições depois de encerrarem as urnas.

 

Se o PCP tivesse um mínimo de honestidade política recusava que a sua Festa do Avante! fosse usada como álibi para o fartar vilanagem, de bombordo a estibordo, que a nova Lei do Financiamento dos Partidos vai proporcionar, e, no dia da votação, tinha votado contra, e com declaração de voto desmascarava a farsa. Assim sim o PCP subia muitos pontos aos olhos da opinião pública.

 

Deixa-me rir!

 

(*) Banda sonora do post

 

(Imagem de Dita Alangkara para a AP)

 

A verdade a que temos direito

por josé simões, em 09.01.09

 

 

Ao contrário do que escreve a contra-informação, o resultado do disparo de um rocket é aleatório e este por acaso atinge qualquer alvo. Desde uma escola a uma viatura; desde uma habitação a um (ou vários) transeuntes; desde uma estrada sem ninguém a uma rua repleta de gente na hora de ponta. Há uma diferença – substancial – entre o “só por acaso atinge o alvo” e o “por acaso atinge qualquer alvo”. E uma diferença ainda maior – enorme – entre o míssil que, por erro humano, falha um alvo.

 

Não sei se posso considerar um privilégio durante a minha passagem por aqui ter tido formação em PCT. Não, não são as iniciais de um partido político; means Posto de Comando de Tiro.

 

(Imagem via Rex Features)

 

 

 

 

Aprender, aprender, aprender sempre

por josé simões, em 25.11.08

 

 

Graças a um comentário na caixa de comentários deste post, com dois links que remetem para dois textos, descobri que o revisionismo não é exclusivo daqueles que negam o Holocausto.

 

 

 

Há muros e muros; ou os muros bons vs. os muros maus

por josé simões, em 12.08.08

 

Interessante ponto de vista de alguém militante de um partido que, nas páginas do órgão oficial, e de modo saudosista, classifica a construção do Muro de Berlim como uma tentativa para estancar a hemorragia de saídas de inocentes e ingénuos cidadãos alemães, atraídos à parte ocidental ao engano, pelos “grandes carros”, pelos «jeans», pelas aparelhagens sofisticadas, pelas “Barbies”(!), ao mesmo tempo que servia de tampão para travar o alastramento da “infecção” que ameaçava a parte oriental da cidade.

 

(Às vezes dou por mim a pensar como é que ainda perco tempo a linkar tamanhas barbaridades!)

 

 

 

O Paraíso na Terra!

por josé simões, em 31.05.08

 

Milhares de anos depois da expulsão por Deus, de Adão & Eva do Paraíso, foi Deus expulso do Paraíso pelos descendentes de Abel.

A remake, versão mesh-up, do Paraíso na Terra no Avante! e no Castendo.

 

E já que estamos numa de Paraíso, são tantos os "frutos do bem", que dava para escrever uma Bíblia.

Gosto particularmente deste apontamento sobre a Sibéria:

 

“(…) Cujas vastas extensões foram exploradas e literalmente transformadas graças ao trabalho heróico de milhares de trabalhadores, entre os quais numerosos voluntários

 

Contas por baixo, dois virgula oito milhões de voluntários à força. Estaline era como um Pai (dos povos). E a um Pai não se diz não.

 

(Foto de Evelyn Richter via Guardian)

 

 

 

Liberdade e Democracia: os "pequenos" partidos"

por josé simões, em 24.01.08

 

António Vilarigues faz um apelo no seu blogue, à participação na “Marcha – Liberdade e Democracia”, convocada pelo PCP para o próximo dia 1 de Março em Lisboa. Um dos pontos na convocatória à marcha é, entre outros, e segundo o Avante!:
 
“Assistimos agora à solicitação, por parte do Tribunal Constitucional, da prova da existência de um número mínimo de 5 000 militantes de inscritos nos partidos, accionando um preceito da Lei que pode pôr em causa o direito inalienável à reserva das opções individuais de cada um.
Com a aplicação da Lei estamos perante mais um passo no já vasto e preocupante condicionamento e limitação das liberdades democráticas.”
 
As voltas que o mundo dá! Em Novembro de 1974 era o camarada Vasco Gonçalves primeiro-ministro é aprovado um decreto-lei que exige aos partidos políticos um mínimo de 4 000 filiados. Não sei se por distracção minha, mas na altura não dei notícia do PCP ter convocado uma “marcha” de protesto…
 
Nunca passou pela cabeça do camarada Vilarigues ter de vir para a rua lutar contra uma lei, menos restritiva ao direito de associação, que outra aprovada nos idos do ícone Vasco Gonçalves. Aposto!
 
Curioso como lá para os lados da Soeiro Pereira Gomes o conceito de Liberdade e Democracia varia consoante os ventos da história. É que em 1974 haviam muitas foices e martelos, em variadas bandeiras vermelhas, a morderem nos calcanhares ao PCP
 
Uma vez que a manif tem como mote “Liberdade e Democracia”; uma vez que um dos princípios bases das democracias é a aceitação no seu seio daqueles que perfilham ideias diferentes, mesmo até daqueles cujo objectivo último é o fim da democracia; uma vez que na convocatória se pode ler:
 
Marcha que está aberta à participação de todos os que, preocupados com a situação do País, querem um futuro de liberdade, democracia e progresso social.
 
uma dúvida me assalta: assim como quem não quer a coisa, se outros pequenos partidos também afectados por esta lei, por exemplo o PPM, o MRPP, o POUS ou o MPT, decidirem aderir à Marcha, e, uma vez que o entendam, demonstrar“expressamente, incluindo com o cartão de militante”, “num acto livre e não imposto”, qual vai ser a reacção do PCP?
 
(Foto via Time Magazine)
 
 

O verdadeiro artista (III)

por josé simões, em 15.06.07

A nudez crua da verdade: A greve geral convocada pela CGTP-IN traduziu-se na maior jornada de luta que este Governo já enfrentou.”

 

António Vilarigues no Público de dia 12 de Junho.