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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Enquanto a inflação vai e vem

por josé simões, em 27.02.23

 

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Como cidadão admite que esteja a haver especulação com os preços e que "há algum aproveitamento deste efeito inflacionista". Se como "empresário" e presidente vitalício do sindicato dos patrões fica contente com esta inesperada mais-valia e aumento da riqueza não disse e também ninguém se lembrou de lhe perguntar.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O regresso do indigente

por josé simões, em 27.01.22

 

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É possível e desejável diminuir o número de funcionários públicos

 

 

 

 

A puta da lata

por josé simões, em 10.12.21

 

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O presidente vitalício do sindicato dos patrões, que viu a empresa salva duas vezes pelo Estado, em Março de 2016;

o presidente vitalício do sindicato dos patrões, depois de meses a chorar que o dinheiro da bazooka para as empresas é pouco.

A puta da lata.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Da honestidade patronal

por josé simões, em 21.10.21

 

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Ouvir o presidente do sindicato dos patrões à saída da audiência com o primeiro-ministro acusar o Governo de alterar a legislação laboral no Parlamento para fugir à responsabilidade na Concertação Social, depois de décadas de sucessivos governos a usarem a Concertação Social para fugirem às responsabilidades na Assembleia da República, como se a Concertação Social fosse uma câmara alta parlamentar e não uma conversão do corporativismo à democracia, como forma de desresponsabilizar os governos perante parlamentos democraticamente eleitos.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O ódio que as múmias têm ao bem estar do povo

por josé simões, em 23.08.21

 

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Com cara de sonso pergunta o presidente do sindicato dos patrões "como é possível que com as colónias e um império tivéssemos cento e tal mil funcionários e agora tenhamos mais de 700 mil?" deixando de fora da equação a escola pública - básico, secundário e superior, democratizada e acessível a toda a população, o Serviço Nacional de Saúde, universal e tendencialmente gratuito, as autarquias democráticas - câmaras municipais e juntas de freguesia, com o investimento em equipamentos públicos e o trabalho de proximidade com os cidadãos; contabilizando nos "mais de 700 mil" as forças armadas que deixa de fora, mais os pides, legionários e restante bufaria, nos "cento e tal mil" do tempo em que era bom, o da outra senhora. Como é possível um desonesto e mal intencionado deste calibre ter assento e acento na Concertação Social e negociar políticas com governos democraticamente eleitos?

 

 

 

 

O triunfo dos porcos

por josé simões, em 16.10.18

 

 

 

O triunfo dos porcos, daqueles mesmo porcos, daqueles que fazem oinc-oinc na chafurda, é ver um senhor que tem a empresa resgatada pelo dinheiro dos impostos daqueles a que só obrigado pelo Estado paga o salário mínimo nacional, nas televisões, que o Orçamento do Estado para 2019 não é "amigo das empresas". PQP.

 

 

 

 

O senhor Saraiva

por josé simões, em 15.09.18

 

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"Lamentavelmente, desde a altura em que fiz essas declarações até hoje, ao contrário do que seria desejável para o país, e não apenas para nós, as condições têm vindo a degradar-se. A produtividade — um fator determinante para a melhoria da nossa competitividade –, tem vindo a degradar-se já desde o ano passado. De facto, os sinais não são positivos para que possamos alimentar essa esperança"

 

António Saraiva: Salário mínimo acima dos 600 euros? "Sinais não são positivos"

 

 

"A Standard & Poor's constata que os custos laborais em Portugal continuam muito abaixo da média da zona euro [...].
Os aumentos consecutivos do salário mínimo, acompanhados de medidas para compensar em parte os custos dos empregadores, dificilmente enfraqueceram a competitividade dos produtos e serviços portugueses."

 

S&P diz que subida do salário mínimo não enfraqueceu competitividade

 

 

Os Antónios Saraivas desta vida tal e qual eles são e a gostarem deles próprios.

 

 

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O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 11.09.18

 

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António Saraiva, secretário-geral do sindicato dos patrões, atarefado que anda a despedir, vender património e pedir ajuda ao Estado, que é como quem diz, a pedir ajuda ao dinheiro dos impostos dos trabalhadores colaboradores que despede com quem rescinde amigavelmente contrato depois de meses a pagar baixos salários com remunerações justas e consignadas em Lei e no Código do Trabalho, nem sequer deu pelo mui popular ditado 'amaricano' "you pay peanuts you get monkeys" e já tem uma 'next big thing' em mente, se calhar para levar à concertação social onde o senhor Silva da UGT vai assinar de cruz.

 

a promoção da produtividade deve ser a prioridade da política económica

 

[Gráfico]

 

 

 

 

Antigamente "industriais" e "agrários", hoje "empresários"

por josé simões, em 06.09.18

 

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Quando vos disserem que em Portugal temos de trabalhar o dobro das horas dos alemães para produzir a mesma coisa, que a baixa produtividade é um entrave ao crescimento económico, à criação de riqueza e ao desenvolvimento do país, o item que impede Portugal dar definitivamente o salto para o pelotão da frente das economias mais desenvolvidas da Europa, por culpa dos trabalhadores que em França, no Luxemburgo, na Alemanha, na Suíça, na Bélgica, em Inglaterra, nos Estados Unidos, em qualquer sítio do mundo para onde emigrem, são considerados os melhores trabalhadores do mundo, lembrem-se disto:

 

 

"Patrão dos patrões despediu e também aderiu ao PER"

 

A Metalúrgica Luso-Italiana, de António Saraiva, presidente da CIP, recorreu ao PER. Promoveu um despedimento colectivo, vai vender as instalações fabris em Arruda dos Vinhos e promete pagar o que deve em 10 anos

 

 

 

"Tribunal decreta "liquidação e encerramento" da Associação Industrial do Minho"

 

O Tribunal de Vila Nova de Famalicão decretou hoje a "liquidação e encerramento" da Associação Industrial do Minho (AIMinho) depois de a assembleia de credores ter rejeitado um plano para recuperar a instituição da insolvência

 

 

Um tempo houve onde onde os pantomineiros fura-vidas eram agrupados por categorias consoante o ramo da actividade económica a que se dedicavam: ou industriais ou agrários. Depois, com a revolução de Abril, a coisa democratizou-se e e o termo "empresário" tornou tudo mais abrangente e ao mesmo tempo inócuo.

 

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Dar um chouriço a quem lhes der um porco

por josé simões, em 27.06.18

 

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Como todos os Governos anteriores a este, António Costa descartou-se e passou o ónus do aumento do Salário Mínimo Nacional para a Concertação Social, uma espécie de "câmara alta" do Parlamento, não eleita, inventada por Mário Soares nos 80's com o intuito de esvaziar o poder negocial aos sindicatos, ler "CGTP", depois de ter inventado a meias com Sá Carneiro um sindicato, a UGT, para assinar de cruz tudo o que convinha aos patrões. Os patrões que fazem o barulho da praxe só para não se dizer que aceitam calados e assinam a contragosto os aumentos do salário mínimo negociados como grandes vitórias da UGT e sempre em troca de uma retirada qualquer de um direito ou de uma garantia, de uma mexida no Código do Trabalho em prol da rigidez patronal, uma facada qualquer na contratação colectiva, em nome dos amanhãs que cantam no crescimento económico e da riqueza nacional. Desde então tem sido sempre a descer para o lado do trabalho na exacta proporção em que a riqueza aumenta para o lado do capital. Agora, de repente e sem que nada o fizesse prever, os patrões vêm de esmola esticada propor para 2019 um aumento do Salário Mínimo Nacional acima do previsto e do proposto pelo Governo, na garantia da manutenção das "alterações que desejamos produzir ao nível da melhoria dos factores de produção", e só estas aspas são todo um programa. E se o PS, como António Costa disse há bem pouco tempo, "está onde sempre esteve", a coisa vai ser decidida em sede de Concertação Social com mais uma grande vitória negocial da UGT e com os resultados na linha do que têm sido desde que Torres Couto apareceu, a preto-e-branco na televisão do Estado, de cálice de vinho do Porto erguido a brindar com Cavaco Silva.

Isto nem de propósito na semana em que Banksi pintou mais um mural em França [na imagem].

 

 

 

 

Para quem se governa

por josé simões, em 28.12.17

 

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Bastou meia legislatura, 2 - dois - 2 anos, com a economia e o emprego a crescerem, as exportações no sentido ascendente, todas as metas a serem cumpridas e o país a sair do lixo das agências de notação financeira, tudo acompanhado pelo aumento tímido do salário mínimo nacional e de uma tímida reposição de direitos, abaixo dos níveis pré-troika, nada comparável ao que existia em 2011, já de si muito minguado por sucessivas revisões do Código do Trabalho, sempre em beneficio da rigidez patronal e que, ainda assim, permitiu o crescimento e a consolidação de grupos como o Jerónimo Martins, a Sonae, a Corticeira Amorim, a Portugal Telecom, a EDP, por exemplo, para o chefe do sindicato dos patrões desatar a rezar pelo regresso do PSD, do velho novo PSD. E isto, além da medalha que o senhor Saraiva coloca ao peito da esquerda, diz mais sobre os patrões que temos, antes "agrários" e "industriais", consoante a área de actividade, agora "empresários", o termo mais abrangente a toda a classe de trafulhas, do que sobre o invocado e desejado PSD.

 

Entrevista António Saraiva

 

O novo PSD devia libertar o Governo da dependência que tem da esquerda

 

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"You pay peanuts you get monkeys"

por josé simões, em 06.12.17

 

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O senhor Saraiva não acredita no capitalismo, o que, vindo do presidente de uma confederação de patrões, industriais, não deixa de ser surpreendente. Ou o senhor Saraiva acredita no capitalismo mas não sabe o que é o capitalismo - a versão bondosa, o que, vindo do presidente de uma confederação de patrões, industriais, não deixa de ser menos surpreendente. O senhor Saraiva e os associados do sindicato a que preside. Caso contrário saberiam que o capitalismo funciona e prospera quando as pessoas têm dinheiro no bolso para gastar, à farta, e não quando chegam ao dia 15 do mês a contar os dias que faltam para o dia 30.

 

O senhor Saraiva quer fazer depender o aumento do salário mínimo nacional do aumento da produtividade, na mesma linha de pensamento do falecido senhor Azevedo, sem perceber as razões que levam a que os melhores trabalhadores do mundo em França, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Luxemburgo, não sejam lá grande espingarda aqui, em Portugal.

 

O senhor Saraiva, que veio fazer o elogio fúnebre do senhor Azevedo como o independente que não queria saber do Estado para nada e quase desprezava o poder político, um exemplo a seguir por todos os empresários, passados, presentes e futuros, quer o apoio do Estado para os associados do sindicato a que preside, seja ele pelo corte de feriados, pela diminuição dos dias de férias, pela baixa do preço da hora extra, pelas indemnizações a pagar por despedimento, pela baixa do IRC, pelos estágios pagos, não interessa, o que importa é que o Estado entre, que se dane a independência exemplar do senhor Azevedo.

 

O senhor Saraiva, que não acredita no capitalismo, ou que se acredita não sabe o que é o capitalismo, nunca foi à América, a pátria do capitalismo, nem sequer alguma vez falou com 'amaricanos' que lhe explicassem a velha máxima capitalista "You pay peanuts you get monkeys".

 

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O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 20.11.17

 

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Quando tocou a eliminar feriados e dias de férias, sem qualquer compensação salarial para os trabalhadores, não veio daí grande mal para as "confederações patronais"; quando tocou em a baixar o preço da hora extra, os dias de férias e as indemnizações por despedimento, em nome da criação de emprego que nunca aconteceu, não veio daí grande mal para as "confederações patronais"; já baixar a mais-valia aos patrões e accionistas é que não pode ser, a menos que se baixem os impostos às "confederações patronais" de modo a pôr os contribuintes, e os trabalhadores que auferem o salário mínimo nacional, a pagar o aumento do salário mínimo nacional que as "confederações patronais não podem aumentar nem pagar.

 

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De onde menos se espera sai um comunista

por josé simões, em 18.02.17

 

EL MARTILLO Y LA HOZ. Campesino extremeño en el v

 

 

Esta dívida tem que ser gerível. O problema é que temos uma enorme e pesada mochila às costas, chamada dívida pública, a par de outra, que é a dívida privada. Temos que tratar da dívida privada, reestruturando empresas, capitalizando-as, dando-lhes tempo, tornando viáveis as que são viáveis, mas que têm estruturas financeiras debilitadas neste momento, aliviando o [crédito] malparado da banca simultaneamente, e a dívida pública, que tem o peso de juros que estamos a pagar e tem que ser gerida

 

[Imagem "El Martillo y la Hoz, Campesino extremeño en el verano de 1936", Martín Santos Yubero]

 

 

 

 

A "conjuntura"

por josé simões, em 14.11.16

 

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As pessoas, qualquer que seja a idade que tenham, que façam um exercício de memória e tentem lembrar-se qual a vez em que foi preciso arrancar, a ferros, um aumento salarial, um aumento do salário mínimo, um aumento do subsídio de refeição, um migalha que tenha sido, que não tenham levado como resposta-argumento-justificação um "a conjuntura...", "isto está mau...", "a crise..." e, mais recentemente, em período do economês sem mestre dos tempos modernos, com a "produtividade indexada" e as "contrapartidas do Estado", a chico-espertice de pôr o próprio trabalhador que vai receber a esmola a subsidiar o patrão que a vai dar, a contragosto.


Pensem numa data, só uma, qualquer que tenha sido.


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