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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Portugueses de bem e imigrantes bons

por josé simões, em 13.02.24

 

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Diz o Minho Digital que António Laranjo, empresário, "numa praia muito badalada – Amorosa – pelas piores razões, ligadas à exploração sexual de jovens sul-americanas", "irmão do 'Toni', como é vulgarmente conhecido," e que "já esteve detido por alegado envolvimento numa rede organizada que trazia jovens principalmente", aparece na terceira posição na lista dos candidatos pelo Chega à Assembleia da República pelo distrito de Viana do Castelo.".

 

Diz também o Minho Digital que "confrontou Elsa Abreu, presidente da Distrital do Partido de André Ventura, com a actividade empresarial que pretendia ver esclarecida do candidato a deputado, mas a dirigente, apesar de não nos parecer surpreendida nem ter pedido esclarecimentos, escusou-se a prestar declarações.". Contactado "Eduardo Teixeira, o ex-deputado do PSD que agora lidera a lista pelo Distrito às próximas eleições legislativas," ele há com cada coisa... "mas este não só não atendeu, como não devolveu a chamada.".

 

Acrescenta o Minho Digital que "quem foi rápido a contactar-nos – tudo isto num espaço de poucos minutos – foi o próprio António Laranjo. Surpreendentemente, ou talvez não, o alegado empresário, sem que nos desse tempo para o questionar e achasse justificável o interesse público em informar os leitores e eleitores, foi peremptório: «Se sair alguma notícia vou contactar o meu advogado para lhe instaurar um processo».".

 

Por fim o Minho Digital assegura que confrontou "por SMS André Ventura e Pedro Pinto, respectivamente presidente do CHEGA e ainda o responsável nacional pela conclusão da lista, que não nos responderam," concluindo que "aparentemente não havendo consequências, depreende-se que o “empresário da noite” reúne todos os critérios de selecção e confiança política dos seus dirigentes.

 

E porque é que esta notícia a envolver portugueses de bem e imigrantes bons não abre telejornais? Por o Minho ficar muito longe? Por causa da avó da Mariana Mortágua? Por medo à ameaça de instauração de processo? Por respeito pela iniciativa privada e pelo empreendedorismo numa região esquecida pela capital? Por a comunicação social que o alimentou e levou ao colo não o querer levar para a cova mesmo que a sua manutenção no prime time signifique arrastar o sistema democrático para o abismo? "Não olhem para cima"?

 

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