"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Excessivo em Portugal é o salário mínimo nacional, o subsídio de desemprego - no valor a pagar e na duração temporal, a contratação colectiva de trabalho, as indemnizações a pagar por despedimento, o imposto a pagar pelas empresas, a protecção social aos cidadãos. Nos 90s até havia uma banda, os Excesso, cujo nome era precisamente inspirado nisto.
António Horta-Osório, que é pago ao "peso de Cristiano Ronaldo", que é mais que ao "peso do ouro", para despedir pessoas em levas de 15 mil de cada vez, na Universidade [cof, cof] de Verão do PSD a falar em melhorar o nível de vida das pessoas.
Eram mais, muito mais, honesto terem convidado o Patrick Bateman de American Psycho para discursar.
Receber 1,035 milhões de libras (1,2 milhões de euros) por ano, bónus e prémios não incluídos, para liquidar 15 mil postos de trabalho, é stressante e motivo mais que justificado para uma baixa médica. Trabalhar num banco, de segunda a sexta com meia hora de almoço e duas e mais horas não remuneradas para além do horário legal de trabalho, para garantir no final do mês um salário que dê à justa para pagar as contas, e não aguentar o ritmo, é de manhoso e calaceiro e motivo mais que suficiente para ser despedido com justa causa pela next big thing da gestão.