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Pode, e deve, fazer agora novo comunicado a explicar, ao povo ignaro que adora explicações comparativas, porque é que as condolências a um "incendiário" falecido em combate são públicas e mais rápidas que a própria sombra, e as condolências aos bombeiros mortos em missão são "discretas e sérias".
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Ver Teresa Leal Coelho, vice-presidente do PSD, elogiar António Borges com a mesma convicção com que elogiou Vale Azevedo, de cuja direcção fez parte no SL Benfica. Cada qual que tire as suas conclusões.
Roubar aos pobres para dar aos ricos, podia ser o epitáfio, gravado na pedra mármore por cima da bandeira das quinas.
[Imagem de "Nosferatu, Eine Symphonie Des Grauens"]
"a Europa tem estado a pôr a casa em ordem, algo que os Estados Unidos ainda precisam fazer"
"admitiu a existência de problemas, como o crescimento da taxa de desemprego, mas […] a situação podia ser "rapidamente" ultrapassada se "fosse mudado o ambiente dominado pela regulação e a ideia de que é preciso proteger o empregador do funcionário e o funcionário do empregador".
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Receber 300 mil euros do Estado para desmantelar o Estado nos intervalos de aparecer na comunicação social a dizer umas patetices.
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Um imbecil, contratado por outro imbecil, ambos pagos com o dinheiro dos contribuintes, mais cedo ou mais tarde o resultado só pode ser este.
[Jogando em antecipação, e como forma de poupar saliva e chatices aos Passos Coelhos deste mundo, o "roupa lavada" não consta no anúncio…]
"Houve quem beneficiasse muito com esta política e não foram os mais pobres."
[Imagem "A Clown in the Hagenbeck at Wallace Circus", autor desconhecido]
"Somos um país dominado por interesses fortíssimos" diz o ilustre que recebe do Estado português qualquer coisa como 300 mil euros anuais, "para a equipa inteira, evidentemente", para desmontar, desmantelar e repartir o Estado português por interesses fortíssimos, com o argumento de que o país é dominado por "interesses fortíssimos".
E um pouco de respeito pela inteligência dos co-cidadãos?
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A essência da acção governativa da maioria PSD-CDS/ PP, a sua razão de ser, numa pergunta 'venenosa' no último parágrafo do artigo de João Marcelino, hoje no Diário de Notícias:
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Ou será antes o partido com paredes de vidro? Adiante. A "pujança", o "dinamismo", a capacidade de "inovação" e o "empreendedorismo", permitem ao BES viver sempre acima das nossas possibilidades aparecer sempre ligado a tudo o que é negócio. Há aqui um padrão.
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Não perceber nada de marinhagem e tomar o partido do capitão William Bligh, mesmo depois de ter cortado a ração de água à tripulação. Não se morde a quem nos dá de comer - mesmo que esse comer seja tirado da boca de outros, aprendia-se na escola no tempo do excelentíssimo senhor António Mendo de Castel-Branco do Amaral Osório Borges:
"não se muda de timoneiro a meio da tempestade"
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Post-Scriptum: Curiosamente Bounty traduzido dá qualquer coisa como Recompensa…
…Ou continua a ser pago principescamente pelos impostos dos contribuinte para fazer o trabalho sujo de um ministro não nomeado e que escapa ao escrutínio dos cidadãos?
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O ministro sombra encarregue de desmantelar, e repartir, o Estado pela elite político-empresarial da área do Governo:
"Há sempre interesses estabelecidos a opor-se"
[Imagem de Neil Krug, New Religion series]
O que o ex-presidente do PSD e comentador televisivo e Conselheiro de Estado Marcelo Rebelo de Sousa não disse foi que a administração da RTP se pronunciou sobre um cenário, lançado para cima da mesa pelo exemplo acabado do que é a concessão de um serviço público a uma entidade privada, António Borges, prontamente desmentido por ministros do próprio Governo e por um dos partidos da oposição, o CDS/PP, como se de uma decisão, um facto consumado se tratasse, não entrando com isso em "choque" com a tutela e, como neste país ainda há, oficialmente, liberdade de expressão, a demissão nem sequer deve ser equacionada, nem pela administração da RTP nem pelo Governo. Não disse porque não lhe convém ou porque não sabe do que fala.
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O excelentíssimo senhor, comentador e conselheiro de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa disse, no domingo à noite na televisão, aquilo que todos os comentadores, profissionais e amadores, da esquerda à direita, têm vindo a dizer nos jornais, nas televisões, nas rádios, nos blogues desde quinta-feira, que a "solução Borges" para a RTP havia sido previamente concertada com o ministro da Propaganda, Miguel Relvas, introduzindo-lhe, pensa, uma pitada de credibilidade, uma nuance, algo que nunca poderá ser confirmado, mas que também nunca ninguém se atreverá irá questionar: "revelou ter sabido que".
O excelentíssimo senhor, comentador e conselheiro de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, na era da internet, da TV cabo, do Twitter, do Facebook, trata os espectadores, em particular, e os portugueses, em geral, como se ainda estivessem no tempo em que o Expresso ia para as rotativas na sexta-feira de manhã, para estar, no domingo à tarde, à venda em Bragança. E pagam-lhe para isso.
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Era útil saber em que andar do edifício trabalhava António Borges quando estava na Goldman Sachs. Para nos situarmos e para termos a noção do quão ridículos e subservientes somos na idolatria pelo dotôr, pela mediocridade, e no prazer masoquista de nos colocarmos sempre no pedestal do podium abaixo da medalha de bronze.
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