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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Não, senhor Presidente

por josé simões, em 05.04.21

 

Michael Dantas.jpg

 

 

O "que nos lembra como somos frágeis e como é importante levar a sério esta pandemia do nosso descontentamento" é a morte de um familiar, de um amigo, de um ente chegado, a morte de alguém que nos viu crescer, a morte de alguém que sempre vimos enquanto crescíamos, em tamanho e como cidadãos, a morte de alguém com quem brincámos na rua, a morte de alguém com quem partilhámos momentos bons, momentos menos bons e momentos maus, a morte de alguém com quem dividimos espaço físico, em casa ou no emprego, a morte de alguém que quando era preciso estava cá, que quando era preciso estávamos lá.

 

Não, senhor Presidente, não é a morte do presidente da câmara de Viseu "que nos lembra como somos frágeis e como é importante levar a sério esta pandemia do nosso descontentamento", quanto muito a si, de certeza à família do malogrado e circulo mais chegado.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

|| De Cascos de Rolha para Alguidares de Baixo

por josé simões, em 07.08.12

 

 

 

Não seria nada de especial, tudo absolutamente normal, não se desse o caso de ser [n]um Governo que, a bem da badalada mobilidade social, não vê impedimento de maior a que um cidadão vá todos os dias trabalhar para 50 ou mais quilómetros de casa, de Cascos de Rolha para Alguidares de Baixo, a ganhar o salário mínimo nacional e com os transportes e a alimentação às suas custas [não incluindo na equação o factor família], tudo por causa da competitividade da economia e dos custos do trabalho:

 

«O Estado gasta mensalmente 15.800 euros com o subsídio de alojamento que é pago aos membros do governo (e chefes de gabinete) que têm a residência de origem a mais de 100 quilómetros de Lisboa.»

 

[Imagem]