Não, senhor Presidente
O "que nos lembra como somos frágeis e como é importante levar a sério esta pandemia do nosso descontentamento" é a morte de um familiar, de um amigo, de um ente chegado, a morte de alguém que nos viu crescer, a morte de alguém que sempre vimos enquanto crescíamos, em tamanho e como cidadãos, a morte de alguém com quem brincámos na rua, a morte de alguém com quem partilhámos momentos bons, momentos menos bons e momentos maus, a morte de alguém com quem dividimos espaço físico, em casa ou no emprego, a morte de alguém que quando era preciso estava cá, que quando era preciso estávamos lá.
Não, senhor Presidente, não é a morte do presidente da câmara de Viseu "que nos lembra como somos frágeis e como é importante levar a sério esta pandemia do nosso descontentamento", quanto muito a si, de certeza à família do malogrado e circulo mais chegado.
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