"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Coisa verdadeiramente surpreendente é a condenação do marido de miss Swaps pelo Tribunal da Secção Criminal da Comarca de Lisboa com uma multa 15 euros diários durante oitenta dias [num total de 1 200 euros] e ainda a assumir as custas do processo, por coacção sobre o jornalista e actual director de O Jornal Económico, Filipe Alves, não ter sido notícia de primeira página nem abertura de telejornal, só merecendo uma nota de rodapé, ao pé de As Previsões da Maya, no online do campeão da transparência e da independência do jornalismo face aos poderes instalados, em geral, e ao político, em particular, desde que o particular envolva nomes ligados ao Partido Socialista.
Já se fazia um Congresso dos Jornaleiros para debater estas questões.
Ainda sou do tempo em que o Vasco Campilho, de megafone nas unhas, organizava manifs contra a asfixia democrática frente à Assembleia da República, com direito a manifesto e blog e tudo, Agora, asfixiadoassoberbado em trabalho, não há tempo para nada e a reacção aproveita para atacar as conquistas de Abril por todos os flancos.
“Tu não sabes quem eu sou. Metes a minha mulher ao barulho e podes ter a certeza que vais parar ao hospital.”
“Agora fiquei preocupado… estás avisado se metes a minha mulher ao barulho nesta história… vais parar a um hospital.”
E, pelos motivos que aqui se dão conta, seriedade era ter recusado o cargo quando lhe foi oferecido e não depois de ser badalado na comunicação social. Não é preciso conhecer Caio Júlio César, é do senso comum. Se era uma questão de bom-nome familiar a reacção é como limpar alcatrão da roupa com água da torneira.