"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Da Grécia para Salvaterra de Magos, de Salvaterra de Magos para o programa eleitoral do Partido Socialista, do programa eleitoral do partido socialista para a Grécia. Paulo Portas saltitando levemente de nenúfar em nenúfar à frente de Catarina Martins e de Ana Lourenço.
"O Governo não vai fazer um corte de 600 milhões de euros nas pensões, o Governo vai fazer uma poupança de 600 milhões de euros nas pensões". "Acredite na minha palavra".
Quando João Soares, Partido Socialista, no frente-a-frente com José Eduardo Martins, PSD, no telejornal da SIC Notícias, aquele que era do Mário Crespo, proclama, ad nauseam, todos os dias que lhe pagam para lá ir que lá vai que é “um genuíno social-democrata”, assim como o seu oponente de debate e depois, a propósito da desregulação financeira e da promiscuidade entre poder político e poder económico, diz que o Gerhard Schröder e o Tony Blair e o coise e tal mas “a direita é que lixou isto tudo” e aponta para o seu oponente de debate, José Eduardo Martins, minutos antes um genuíno social-democrata, quer dizer exactamente o quê?
Quando no Frente-a-Frente do Jornal das 9 na SIC Notícias, moderado por Ana Lourenço, Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, avivava a memória de Diogo Feio, do CDS-PP, sobre as linhas vermelhas que não podiam ser pisadas, quanto mais ultrapassadas, e o irrevogável, com lugar cativo no anedotário nacional, de Paulo Portas. Não há vice-escudeiro, por mais leal que seja, que resista a tanta trampolinice e pantomina.
Alturas há em que, até para um crítico de alguns aspectos da governação de José Sócrates, como eu [o arquivo do blog está aí para o comprovar], toda a argumentação e debate de ideias, polido e civilizado, deixa de fazer sentido face à desonestidade intelectual, à baixeza moral e ética, à filha da putice do oponente.
E filha da putice é ter visto, e ouvido, Eduardo Catroga no telejornal do Mário Crespo, hoje entregue a Ana Lourenço, dizer que o PSD, de Pedro ‘não podemos diabolizar o FMI’ Coelho, com o chanceler Eduardo na negociação do memorando, não teve nada a ver com a assinatura do memorando, e que o PS queria ir além da troika com o PEC IV.
Em Portugal não há miséria, miséria miséria há na Grécia, em Portugal há em gente mal governada, anos e anos e anos a fio a viver acima das suas possibilidades. Não podemos comer bife todos os dias [nem peixe. E alguns, cada vez mais, nem pão, nem leite, nem fruta, nem nada, mas isso agora também não interessa nada]. Nem devemos ir ao rock, há que poupar o dinheiro do bilhete para as radiografias das eventuais mazelas apanhadas nas aulas de ginástica. Acabe-se com a disciplina de Educação Física na escola pública, despeçam-se os professores, é dois em um, diminui-se o número de empregos na Função Pública e, como não há mazelas daí decorrentes, deixa de ser necessária a comparticipação do Serviço Nacional de Saúde que a seguir se privatiza.
Vou fazer de conta que não reparei que entrou bem e ao ataque e a chamar os bois pelos nomes no caso PT/ Media Capital; vou fazer de conta que não ouvi colocar e bem a origem do défice no Governo de António Guterres; vou fazer de conta que a maior crise económica ao nível global dos últimos 80 anos afinal é um “terramotozinho; vou fazer de conta que não ouvi não responder à pergunta sobre a nacionalização do BPN.
Não posso é fazer de conta que não ouvi um engasganço com rateres e tudo quando tocou a falar do amigo Dias Loureiro. Não se demarcou, não teve coragem, fez de conta, e isto quer dizer muito do que aí poderá vir caso o PSD ganhe as eleições: o regresso da tralha do compadrio e amiguismo cavaquista. E isto valeu toda a entrevista. Pela minha parte estamos conversados.
«Vamos a ver se a Ana com a sua calma desarma Sócrates RT @HenriquMonteiro Sócrates dá entrevista esta quarta-feira, às 21 horas, na SIC»
Este é um RT meu a Henrique Monteiro feito na passada segunda-feira. Parece que não me enganei.
Mas quem era aquele que estava ali à frente de Ana Lourenço? Temos agora um primeiro-ministro Rohypnol? Sócrates vai-se dar mal.
Nota: curioso que entre tanto comentador e analista ninguém tenha dado importância ao “entalão” de Ana Lourenço quando fez José Sócrates admitir que haviam empresas a ser aguentadas artificialmente com apoios do Estado. O doente (a empresa) está em morte cerebral mas a família não autoriza que se desligue a máquina. E há falta de camas no hospital.
Telejornal das 21 na SIC Notícias; hoje com Ana Lourenço. Frente-a-Frente com Guilherme Silva (PSD) e Victor Ramalho (PS). Minuto da praxe. Victor Ramalho quer chamar a atenção para a fome no mundo, porque, “segundo o relatório da FAO morre uma criança a cada 30 segundos no mundo, o que significa que por minuto morrem duas crianças”. Bom de contas este Victor Ramalho.
Mais à frente referiu-se ao Bloco de Esquerda como “o Bróculo de Esquerda”. Terá sido lapsus linguae, ou é termo corrente no backstage de S. Bento?
Noutro registo, não deixa de ser interessante ver Ana Lourenço apresentar o Sexo na Cidade…”The Movie”. Do you what i mean?