"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Como eles gostavam de dizer, de dedo esticado em todas as direcções, acusando tudo e todos os que os tinham antecedido, "a herança que vamos deixar às gerações vindouras".
"Estado já gastou 55% dos fundos da banca para travar défice de 2011"
José Luís Arnaut, chegado a presidente da assembleia-geral da ANA depois de ter assessorado juridicamente o grupo francês Vinci no processo de privatização, sobe no rating, agora para o nível "chairman", uma "solução interna natural". Já tinha currículo, mérito, aptidão e competência para exercer o cargo.
Porque a diferença entre "cortes na despesa" e "centralismo de Lisboa" são os Carlos Abreus Amorins deputados pelos partidos da maioria que suportam o Governo. Quiçá meia avenida, e em modo futeboleiro-regionaleiro…
Os terrenos do aeroporto da Portela não entram nas contas para a privatização da ANA; quem o garante é o ministro das Obras Públicas, Mário Lino. E afiança que os terrenos do actual aeroporto de Lisboa não vão ser vendidos para financiar as obras da Ota.
Qual vai ser então o destino a dar aos terrenos do actual aeroporto na Portela?
“Já falei com o presidente da autarquia, independentemente das pretensões que qualquer das partes possa ter sobre a parcela A ou B dos terrenos. É desejável que o estado e a Câmara se entendam, para que se possa desenvolver um projecto para aqueles terrenos e para a cidade”.
É a resposta dada pelo ministro Mário Lino, sem se rir e, nem sequer corar!
Sendo do domínio público a situação financeira em que se encontra a Câmara de Lisboa e, com base nos antecedentes deste Governo para situações similares, nomeadamente de José Sócrates enquanto ministro do Ambiente e o número de camas para projectos turísticos no Alqueva versus José Sócrates Primeiro-ministro e o número de camas efectivamente programado e autorizado; acrescente-se-lhe a futura linha de metropolitano projectada para servir a zona do actual aeroporto e, aqui temos um cocktail potencialmente explosivo.
Não se antevê um futuro risonho para a qualidade de vida naquela zona da capital.