"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Pelo que me é dado a perceber «o mundo mudou» na perspectiva de que os “amaricanos” estão inibidos – e bem – de fazer, como no passado, golpadas no seu “front yard”, directamente como no Panamá e em Granada, ou por interposta pessoa, como no Chile na Argentina ou no Uruguai, por exemplo. O pelouro das golpadas foi entregue ao vereador Hugo Chávez que já colocou «os militares venezuelanos em alerta» e ameaça fazer tudo o que tiver de fazer «para que Manuel Zelaya seja restituído ao seu cargo"».
“O Prémio Nobel da Economia Joseph Stiglitz disse na quarta-feira em Caracas que a decisão do Presidente venezuelano, Hugo Chávez, de criar um banco regional de empréstimos será benéfica para a América do Sul.
(…)
Stiglitz, que venceu o Prémio Nobel da Economia em 2001, criticou também os acordos comerciais dos Estados Unidos com a Colômbia e outros países.
«Isso está a minar a cooperação andina e faz parte da estratégia americana de dividir para conquistar, uma estratégia para tentar conseguir o máximo de lucros para as empresas americanas, deixando pouco para os países em desenvolvimento», disse.”
Os tempos mudaram, e, com eles mudaram os métodos. Deixou de ser ética e politicamente aceitável incentivar e suportar ditaduras militares como forma de tirar dividendos no plano económico, apesar da justificação ter sido sempre política: o mal menor na luta contra o comunismo. No entanto a ideia base objectiva mantém-se imutável. O capitalismo – aqui na acepção económica do termo – vestiu novas roupagens: liberalização dos mercados e competitividade. Qualquer semelhança com o que aqui foi escrito, e que potenciou o aparecimento de Ches e Castros é, obviamente pura coincidência…
Pois é caro Daniel, por muito que lhe custe admitir, eu é que tinha razão. Perder tempo a discutir bigodes… (Segue-se um palavrão terminado em ssseee).