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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Leva o caixão forrado a notas Euro

por josé simões, em 14.07.17

 

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"Se fosse possível abria uma fábrica todos os dias" onde as pessoas trabalhassem de sol-a-sol, 7 dias por semana, 365 dias por anos, 366 nos anos bissextos, a troco de uma tigela de sopa e meio litro de tinto. Como tal não foi possível no dia a seguir encerrou uma fábrica e mandou 195 para o desemprego por antecipação à crise global que se aproximava. Vai a caminho do céu com uma agulha e um camelo e o caixão forrado a notas de Euro.

 

 

 

 

||| Em quem vota Américo Amorim?

por josé simões, em 24.01.16

 

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Em quem votou Américo Amorim nas Presidenciais de 2006 e de 2011? Em quem vai votar nas Presidenciais de 2016, o homem a quem 2 – dois – 2 milhões de pobres não superam a fortuna e que em 2009, quando já estava no Top of the Pops dos mais ricos, não teve pejo em despedir 195 a ganhar o salário mínimo nacional, por antecipação ao que a crise global iria «certamente evidenciar»? Em quem vota Américo Amorim?

 

 

 

 

||| Dos 195, a ganhar o salário mínimo nacional, e das suas famílias já ninguém se lembra

por josé simões, em 03.11.15

 

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A Corticeira Amorim anunciou «vendas recorde de 463 milhões de euros até Setembro, mais 7,7% do que no período homólogo, e um crescimento de 43% do lucro, para 41,6 milhões de euros», nove anos depois dos despedimentos por antecipação ao que a crise global iria «certamente evidenciar».


Dos 195, a ganhar o salário mínimo nacional, e das suas famílias já ninguém se lembra, o que vende jornal, assanha a inveja e faz Prós e Contras na televisão é o senhor Américo em primeiros no top of the pops dos mais ricos de Portugal.


[Imagem]

 

 

 

 

||| "Encaramos a crise como uma oportunidade"

por josé simões, em 28.11.13

 

 

 

Disse o senhor Coelho com baritonidade [de barítono, inventei agora mesmo] filosófica na Assembleia-geral da ONU em Setembro de 2011, depois de se alcandorar no poder e antes de meter mãos à obra de desmantelar o Estado e destruir a economia. E o senhor Amorim viu. O senhor Amorim que ainda "a crise global" vinha em cascos de rolhas já via oportunidades a nascer de cada vez que a caminho de casa pontapeava uma pedra da calçada e ela ia atingir alguém a caminho do trabalho. Oportunidade, por exemplo, para se livrar de 195 unidades descartáveis, porque as pessoas antes de serem pessoas são números, danos colaterais na ascensão ao n.º 1 no top of the pops do dinheiro a perder de vista. 195 unidades descartáveis, 195 danos colaterais que ganhavam o salário mínimo nacional e por isso ficaram mais pobres, confirmando as teorias dos Joões Césares das Neves e dos Camilos Lourenços e de outros que saltitam entre as televisões e os jornais e a bloga e o tuita e o feiçe coiso, de que os pobres não devem ter aumentos salariais e que o salário mínimo nacional é um disparate que só faz mal aos pobres. Trabalhassem eles de borla para o senhor Amorim e não eram despedidos, burros. E burros, que nem portas de mola enferrujadas, não conseguiram "ver no desemprego uma oportunidade para mudar de vida", como também disse o senhor Coelho, com baritonidade filosófica, na tomada de posse do Conselho para o Empreendedorismo e a Inovação em Março de 2012. E assim, e agora, das 195 unidades descartáveis, e das suas famílias, ninguém fala, e o assunto é a fortuna que o senhor Amorim soube fazer, face ao "impacto da crise global", e pelas oportunidades que conseguiu ver, e agarrar, para agarrar de novo o que já foi dele, o n.º 1 no top of the pops do dinheiro a perder de vista, cilindrando tudo e todos à sua volta.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| People are awesome

por josé simões, em 01.12.11

 

 

 

O homem mais rico de Portugal, com lugar do Top of the Pops da Forbes dos 200 mais ricos do mundo, e que despediu 195 trabalhadores a ganhar o salário mínimo para fazer face ao impacto negativo da crise global, afinal é um coração de manteiga e preocupa-se com a higiene intima das suas trabalhadoras.

 

Também as massagens foram usufruídas pelas trabalhadoras, para aliviar o stress provocado pela crise global, assim como a festa de aniversário foi para os filhos que as trabalhadoras pariram no intervalo de usarem os tampões.

 

Como se usa na net, people are awesome.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

 

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 24.08.11

 

 

 

Já dizia a avó Ilda, que nasceu era D. Manuel II El-Rei e morreu com Jorge Sampaio Presidente da República: “nunca vi ninguém ficar rico a trabalhar”.

 

"Eu não me considero rico […] Sou trabalhador"

 

[“Pelo amor de Deus, ou vocês estão mal acostumados, ou alguma coisa está acontecendo…” (*)]

 

 

 

 

 

 

|| Dos 195 despedidos e das suas famílias nem os jornais nem ninguém fala

por josé simões, em 28.07.11

 

 

 

Américo Amorim em Fevereiro de 2009 para fazer face ao «impacto negativo da crise global».

 

Américo Amorim em Julho de 2011 depois de ter feito face ao impacto negativo da crise global.

 

(Imagem de Cristina Garcia Rodero)

 

 

 

 

 

|| “Quando morrer leva o caixão forrado a notas”, vox populi

por josé simões, em 11.03.10

 

 

 

Ocupa o 212.º lugar. Não sei se subiu ou desceu no ranking. No ranking desceram de certeza 195 cidadãos e respectivas famílias. E nem estou a incluir a auto-estima.

 

(Imagem de autor desconhecido)

 

 

 

|| Shame on you!

por josé simões, em 04.11.09

 

 

 

O homem mais rico de Portugal que a meio do primeiro trimestre do ano se viu “obrigado” a despedir 200 trabalhadores «devido à gravidade da crise global» obteve no terceiro trimestre «um resultado líquido de 5,7 milhões de euros (…) mais 60,5 por cento comparando com os 3,6 milhões de euros do período homólogo de 2008».

 

Mais que certo é esta "recuperação" já reflectir o que se poupou em salários com os despedimentos de Fevereiro...

 

(Na imagem fanada no Independent, Christopher Lee em Dracula)

 

 

 

Um post “à antiga portuguesa”

por josé simões, em 03.02.09

 

Ou a famosa "ganância" referida por Obama no discurso da tomada de posse:

 

O homem com uma fortuna avaliada em 7 mil milhões de dólares despede 195 trabalhadores que ganham mensalmente no máximo dos máximos 700 euros cada, «para fazer face ao "impacto negativo da crise global"».

 

Como dizia a avó Ilda, “quando morrer leva o caixão forrado a notas.

E se calhar vai à missa todos os domingos e tem fé em Deus e essas coisas todas; digo eu.