|| Minoria de Esquerda
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Podemos desancar o Ministério da Justiça e a rebaldaria que vai no Ministério da Justiça sem sermos acusados de estar a “atacar” José Sócrates e o Governo do Partido Socialista? Ou o Estado, o Governo e o PS já é tudo a mesma coisa?
(Na imagem Delta Upsilon Rough House.University of California at Berkeley circa 1915, Oliver Family Photo Collection)
(Imagem 1919, District of Columbia Jail, Harris & Ewing)
Mas a velocidade vertiginosa com que novos dados vão surgindo, as sucessivas declarações dos intervenientes, e o surgimento de sucessivos novos intervenientes, ou começam a causar rombos na minha convicção ou empurram-me para uma alternativa/ resposta ainda mais grave e mais temível: o Câncer Man existe. E o que eu quero ainda menos pensar é que o estado do Governo e do Estado é decidido na sombra. Na sombra negra.
Faço minhas as palavras de Henrique Monteiro no Expresso: «É intolerável os cidadãos permitirem o arquivamento do caso. Por favor, não o façam!»
Esteve bem, na forma, o ministro Alberto Costa ao “não reconhecer legitimidade ao Departamento de Estado norte-americano para fazer comentários sobre os direitos humanos em Portugal”, mas esteve mal, no conteúdo – não vejo a diferença entre o reparo ser feito pelo Departamento de Estado ou por uma organização como a Amnistia Internacional - ao não argumentar na base da exclusão (no relatório) de Guantánamo e do seu estatuto de terra de ninguém ou de não-lugar no que concerne aos direitos dos detidos, apesar de no preâmbulo ao relatório haver uma quase justificação: “Reconhecemos que estamos a escrever este relatório numa altura em que o nosso próprio registo e as acções que temos levado a cabo para responder aos ataques terroristas contra nós têm sido questionadas.”
Também questionável é o critério que leva à inclusão de Portugal – cujos reparos constantes no relatório são ao nível da violência policial sobre os detidos, prisões preventivas demasiado longas, más condições do sistema prisional e tráfico humano; nada que não se saiba, nada que não seja verdade – no mesmo saco onde se incluem a Tchetchenia, Darfur ou a China.