"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Deve ler-se: "e não convém ir além de meados do século passado", até Teerão em 28 de Novembro e 1 de Dezembro de 1943, quando Ioseb 'O Pai dos Povos' Džuğashvili, em encontro extra-conferência, propôs a Reza 'Rei dos Reis' Pahlavi o estacionamentos de divisões de tanques T-34, acompanhados dos respectivos oficiais, em território Persa. A Estaline não chegava a Polónia, a Checoslováquia, a Roménia e os estados bálticos numa bandeja, queria mais.
Foi diplomaticamente declinado pelo Xá e o resto é História. E estas análises, convenientemente simplistas, da repartição do mundo no pós-guerra criam convenientes hiatos na História.
O enésimo comunicado do PCP sobre a atribuição do Prémio Nobel da Paz 2010 a Liu Xiaobo sem nunca referir as razões por que está preso ou sequer que é um preso político. É obra!
Só o crescimento do PIB falha: de uns grandes 2, 2% para uns míseros 9, 6%.
Obviamente que os «novos patamares de concentração do capital e de exploração dos trabalhadores (…) o trabalho precário e sem direitos ou o fosso cada vez maior entre ricos e pobres» não são para aqui chamados nem têm nada a ver com isso…
E já nem falo na argumentação que “exige” o desarmamento e a liquidação das armas nucleares ao Japão e o “proíbe” de uma «autonomia militar» a pretexto de uma alegada «corrida aos armamentos», não se aplicar, por exemplo, aos fascistas venezuelanos.
Infelizmente já estamos todos habituados a estes exercícios circenses nas páginas do órgão oficial dos comunistas portugueses…
(Na imagem Leopold's Underwood Typewriter, 1924, via Chicago Tribune)
Como é sabido o governo de Babrak Karmal não era fantoche, nem fantoche era o governo de Mohammed Najibullah. Nem fantoches, nem ao serviço do KGB e do imperialismo internacionalismo soviético.
Nem a revolução de Khomeini e o choque petrolífero que se lhe seguiu foram factores a levar em conta na invasão intervenção soviética no Afeganistão, a pedido do governo fantoche legítimo.
Os talibans não nasceram como resposta ao programa de reformas do governo fantoche legítimo afegão, ao choque com os valores culturais e com o Islão, e à invasão intervenção soviética: os talibans foram inventados pelos “amaricanos” e pela CIA para destruir a revolução democrática e popular de Abril.
Enquanto durou a invasão intervenção a pedido do governo fantoche legítimo o cultivo e o tráfico de droga foram completamente erradicados e os milhares de soldados junkies do exército vermelho de regresso a casa em 1988 são uma invenção dos “amaricanos” e da CIA.
(Na imagem Afghan refugee children, seen on swings in a refugee camp on the outskirt of Islamabad, Pakistan, Thursday, Nov. 13, 2008 de Emilio Morenatti via Associated Press)
Esta gente é para levar a sério? Pensam que Somos todos demasiadamente estúpidos e incultos para não sabermos nada de nada de democracia, liberdade, liberdade de expressão e liberdade de decisão, desenvolvimento económico e bem-estar social?
Escolhi dois parágrafos ao acaso, mas lá dentro há mais, muito mais, para todos os gostos e opiniões. E nem falta a inevitável referência à "democracia" na Coreia:
Os “amanhãs que cantam” agora também disponíveis na Costa Oeste. Na próxima embaixada aos partidos irmãos, o camarada Albano Nunes pode optar por um clima mais ameno que o chinês, e desfrutar do sol nas California Beaches. Com um pouco de sorte, encontrar a Pamela Anderson de fato de banho vermelho, ou o governador Schwarzenegger nalguma perseguição Hollywoodesca. Hasta la vista, babby!