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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Diplomacia

por josé simões, em 05.04.07

Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes, foi em viagem à Síria contra a vontade da administração Bush. Ficou com as orelhas a arder. A Casa Branca acusa-a de prejudicar a estratégia diplomática do país e de boicotar os esforços para isolar o regime de Damasco.

No final da visita, anunciou que o Presidente Bachar al-Assad lhe dissera estar disponível para relançar o processo de paz com Israel, depois de ter recebido das mãos de Pelosi uma mensagem do israelita Ehud Olmert, manifestando idêntica disponibilidade.

 

Entretanto, Mahmud Ahmadinejad, o louco que governa o Irão, contra vontade sua e pressionado pelos moderados do regime, libertou os 15 soldados “nossos” que os Guardas Revolucionários haviam raptado.

Segundo a Sky News a Síria e o Qatar desempenharam um papel-chave na resolução da crise. “A Síria exerceu uma espécie de diplomacia tranquila para resolver este problema e encorajar o diálogo entre as duas partes”; quem o diz é Walid al-Moallem, ministro dos Negócios Estrangeiros de Damasco.

 

Alguém ainda se recorda do que dizia o relatório Baker?

Holocausto (III) - A conferência de Teerão (gato escondido com o rabo de fora)

por josé simões, em 12.12.06

No seguimento dos posts anteriores (Holocausto e Holocausto II – o negacionismo), recebi algumas mensagens de leitores; umas chamavam a minha atenção para o facto de eu me estar a cingir única e somente aos 6 milhões de judeus assassinados, outros, por existirem ou terem existido mais totalitarismos igualmente sanguinários à face da terra.

 

Para esses e/ ou futuros leitores impõem-se um esclarecimento.

Não está em causa, nem nunca esteve da minha parte que o numero de mortos pela barbárie nazi é muito mais superior a 6 milhões (só em território da então União Soviética estimam-se 10 milhões de mortos), nem tão pouco foi, é ou será intenção minha, branquear ou esconder qualquer outro totalitarismo, com a “peneira” do nazismo.

Não existem totalitarismo bons, seja qual for a sua cor.

 

A questão aqui era a “conferência” negacionista e revisionista de Teerão, onde tema em debate é “esclarecer” se houve ou não holocausto; e nessa ordem de ideias restringi os posts à (falsa) questão judaica.

 

Agora se me permitem, e até porque me é impossível responder uma-a-uma às mensagens recebidas, não era minha intenção encaminhar os leitores para uma conclusão que a meu ver me parece óbvia, mas o teor das mensagens e dos comentários recebidos, levam-me a crer que grassa por aí muita inocência nas mentes de muito boa gente (e isto sem qualquer intenção ofensiva).

 

O que me parece óbvio é que o objectivo primordial e subjacente à “conferência” de Teerão, é o direito à existência do Estado de Israel, e não qualquer outro como o Holocausto.

 

Gato escondido com o rabo de fora.

 

Ahmadinejad – o louco que governa o Irão – que nunca escondeu publicamente e em discursos que gostaria de ver Israel varrido do mapa, convoca através do seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, uma “conferencia” de supostos “sábios” que vão desde um dirigente da Ku Klux Klan até membros da Naturei Karta (fundamentalistas judeus que rejeitam a existência do estado de Israel por motivos Bíblicos), para assim cientificamente legitimar os seus intentos.

 

Nessa medida é que é muito importante fazer um “rewind” na nossa história recente (afinal Auschwitz foi há pouco mais de 60 anos…), para que o “filme” não seja reposto em exibição.

 

No início da década de 20 do século passado, quando se começaram a delinear as bases teóricas nas quais iriam assentar as politicas nazis para a “questão judaica”, Alfred Rosenberg escreveu:

 

 “Um judeu é aquele cujos pais, por qualquer dos lados, são nacionalmente judeus. Qualquer pessoa que tenha um marido ou mulher judeus é, doravante, um judeu”.

 

Temos assim que para efeitos da solução para a “questão judaica” o leque abria-se dos cerca de 600 mil praticantes ao nível do religioso, para uma cifra na ordem dos 6 milhões que com base nessa premissa, por motivos de “sangue” na sua ascendência, descendência ou laços matrimoniais eram aí incluídos.

 

O primeiro passo estava dado e a propaganda pela batuta de Joseph Goebbels fez o resto.

 

Em 1944 num livro de instrução da Wehrmacht era possível ler-se:

 

 “Quem acredita na possibilidade de melhorar o parasita (por exemplo, o piolho)? Quem acredita que existe uma maneira de chegar a acordo com um parasita? Apenas temos a escolha entre sermos devorados pelo parasita ou destruí-lo. O JUDEU DEVE SER ANIQUILADO SEMPRE QUE O ENCONTREMOS!”

 

O derradeiro passo era agora dado, reduzir um ser humano, não só pelo credo religioso mas também pela consanguinidade, à escala de parasita. Literalmente, pois a solução para a eliminação do problema passava pela utilização de um produto originalmente criado para a desparatização, o Zyklon-B.

 

(Pelo meio temos toda a questão jurídico-legal nazi, que abordarei noutra altura.)

 

A questão agora dá um “salto em frente”.

Questionar com base em premissas “científicas” a existência do Holocausto, mais a “capa” da questão palestiniana, para pôr em causa a existência do estado de Israel.

 

Desde tenra idade que ouço dizer “uma imagem vale mais que mil palavras”, como tal peço a vossa atenção para as seguinte imagens:

 

 

Em cima à esquerda, foto de comício do Partido Nazi no Pavilhão dos Desportos de Berlim em 1935, subordinado ao tema: "os judeus são o nosso infortúnio".

 

Em cima à direita, Joshep Goebbels ministro para a Educação do Povo e Propaganda efectuando um discursso.

 

Em baixo, Sinagoga de Berlim em chamas na Noite de Cristal.

 

Agora com um exercício de imaginação, substituímos o comício pela conferência, Goebbels por Ahmadinejad e a mesquita pelo Estado de Israel…