"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Deixem lá ver se bem percebemos... O pressuposto de que a dívida pública, que em 2011 estava em 110% do PIB, poderia ser insustentável, levou a que os custos do país no seu próprio financiamento disparassem [vulgo "especulação"] e obrigassem a um pedido de assistência financeira externa [vulgo "chamar a troika"], hoje, em 2015, com a dívida pública em 130% do PIB, ela passa, como por artes mágicas, a ser sustentável se... não descambar por via das dúvidas das agências de notação financeira quanto ao futuro Governo de Portugal [ler "votem coligação Portugal Á Frente"] já que a estabilidade das taxas de juro foi conseguida por via da entrada de investidores amaricanos [BCE é sigla para doença animal, tipo BSE, vacas loucas e assim].
Teixeira dos Santos ontem já tinha deixado cair que «“é tempo de o Governo e os partidos, em especial o PSD, se entenderem quanto a isto: há que executar as medidas necessárias”» e hoje os jornais fazem primeira página com José Sócrates e Pedro Passos Coelho. Não sei se era bem isto que o líder do PSD desejava: apanhar o caminho minado e armadilhado e ver o seu nome associado ao “odioso” da questão. Seja como for é uma boa prova de fogo e vamos ver o que é que o homem vale agora que a política está de volta.