||| "Não estamos a pedir mais dinheiro", diz ela
Reestruturar a dívida através duma extensão das maturidades e uma redução dos montantes e juros não pode ser, nunca em tempo algum, porque isso era reconhecer o fracasso, e o desastre para a economia e para o país, que foi este programa de ajustamento, ainda para mais alavancado pelo "ir além da troika". A opção é empurrar o problema lá mais para a frente, a mui famosa "herança que deixamos às gerações vindouras", martelada ad nauseam pelo Governo. Não é uma reestruturação da dívida, isso não, que isto é tudo gente séria e as dívidas são para serem pagas na íntegra, doa a quem doer e "aguenta! aguenta!". É "só" passar o problema para o Governo que se seguir e que vai ter de se haver com um aumento dos juros e o agravamento das necessidades de financiamento. Quem vier que se desenmerde que estes meninos têm de ficar bem na fotografia.
"Não estamos a pedir mais dinheiro", diz ela. Pois não, os mercados é que nos vão pedir mais dinheiro quando derem pela chico-espertice e os as taxas de juro recomeçarem a galgar barreiras.
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